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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/04/2013 | Saúde e Ciência
Casos de leptospirose caem 23,6% na região
Casos de leptospirose caem 23,6% na região Imagem Ilustrativa. Foto: umpoucodepoesia-msframos.blogspot.com
Imagem Ilustrativa. Foto: umpoucodepoesia-msframos.blogspot.com
O número de pessoas contaminadas por leptospirose no Grande ABC caiu 23,6% entre 2011 e 2012. Dados do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do Estado indicam que 55 moradores das sete cidades tiveram a doença há dois anos, enquanto 42 contraíram a patologia no ano passado. O número de mortes passou de sete para quatro no período.

Na região, a cidade que mais teve pessoas contaminadas em 2012 foi São Bernardo. De 16 casos confirmados, houve apenas uma vítima fatal. Neste ano, quatro moradores contraíram leptospirose e um veio a óbito.

Com 12 vítimas confirmadas no ano passado, Mauá ocupa a segunda colocação entre as sete cidades. Naquele ano, um morador do município morreu devido ao problema. Já em 2013, foram confirmadas quatro contaminações, e não houve nenhum óbito.

Santo André registrou nove casos confirmados da doença no ano passado e um desde janeiro, sem nenhum óbito. Em São Caetano e Diadema, quatro pessoas foram contaminadas pela doença em 2012, sendo que na primeira cidade não houve vítima fatal e, na segunda, duas pessoas morreram. Neste ano, o número de moradores com leptospirose caiu em ambos os municípios para um e dois casos, respectivamente, sem mortes.

Apesar de o risco de contaminação pela urina de roedores ser maior na época de chuvas, por conta dos alagamentos, a leptospirose acomete a população durante o ano todo. Isso porque a região ainda concentra diversos núcleos habitacionais à beira de córregos e sem coleta de esgoto, além de locais onde há descarte irregular de lixo e entulho.

Para se proteger, moradores de áreas com risco de enchente se viram como podem. No caso da dona de casa Maria José da Silva, 52 anos, foi preciso investir na instalação de comporta para evitar que sua residência, nas imediações do córrego Taioca, no Jardim Oriental, em Santo André, seja invadida pela água oriunda das cheias. "Tem muito rato por aqui, então a gente fica preocupada e cuida para que eles não entrem em casa", garante.

Com medo da leptospirose, Maria José aconselha as filhas gêmeas - Marcela e Maria, de 12 anos - a evitarem ao máximo pisar na água das chuvas, principalmente descalças.

Especialista alerta para cuidados com ração e alimentos enlatados

Para prevenir os cerca de 250 tipos existentes de leptospirose, não basta evitar entrar em contato com a água durante a enchente. De acordo com o professor doutor em epidemiologia experimental aplicada a zoonoses do curso de Medicina Veterinária da Universidade Metodista de São Paulo, Milton Kolber, é preciso estar atento também a outros detalhes, como armazenamento de alimentos, vasilhas de água e ração dos cães e limpeza de piscinas.

Segundo ele, o ideal é armazenar qualquer tipo de alimento em local seco e limpo (isso vale também para depósitos e comércios), lançar mão de ratoeiras e raticidas nos casos de haver sinal dos roedores, além de criar o hábito de lavar latas de alimentos e bebidas antes de abri-las. "Não sabemos a condição do ambiente de onde vieram esses produtos. O armazenamento dos alimentos em locais sombreados e úmidos é ideal para a proliferação das bactérias", ressalta.

Levando em conta que os cães também podem contrair a doença e transmiti-la, é necessário lavar bem os potes de alimento dos bichos de estimação. "Apesar de não existir vacina para as pessoas, há para os cães", destaca Kolber.

O alerta do especialista é para a facilidade com que a bactéria causadora da leptospirose pode entrar em contato com o ser humano. "Ao contrário do que muita gente imagina, não é preciso ter lesões na pele para a contaminação. Basta o contato direto", enfatiza.

A doença pode trazer complicações renais, hepáticas e pulmonares que levam, inclusive, à morte.

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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