DATA DA PUBLICAÇÃO 22/01/2014 | Setecidades
Casos de dengue quadruplicam na região
O número de casos de dengue contraídos no Grande ABC em 2013 foi quatro vezes maior que o registrado em 2012. No ano passado, foram computadas 197 infecções, contra 49 no mesmo período do ano anterior. Quase metade dos pacientes foi contaminada em São Bernardo. Especialistas apontam tendência de alta para 2014.
Os maiores aumentos foram observados em São Bernardo e São Caetano. Por outro lado, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não registram casos autóctones – contraídos no município – desde 2011. O número de pessoas infectadas em outras cidades – não necessariamente da região – teve alta de 192,5%, passando de 94, em 2012, para 275 no ano passado.
Os casos de contaminação importada também preocupam as autoridades de Saúde, já que o mosquito Aedes aegypti pode ser infectado ao picar uma pessoa que já possui o vírus da dengue. Dessa forma, o inseto passa a ser vetor da doença, podendo espalhá-la. Depois que o ovo é depositado, pode sobreviver por até um ano e meio até ser atingido pela água e se tornar larva.
Para o diretor do Centro Integrado de Vigilância à Saúde de São Caetano, Caio Willians Castro Júnior, o crescimento no número de casos se deve a dois fatores. “Existem ciclos da doença, com aumentos em períodos de cinco a sete anos. Isso pode ser motivado por alguma mudança no sorotipo da doença. Por esse motivo, pode haver tendência de alta para este ano.” A outra razão seria o descuido por parte da população. “Quando não há registro de casos, as pessoas acabam não acreditando no perigo.”
O responsável pelo Controle de Roedores Vetores e Animais Sinantrópicos de Santo André, Robson Oliveira Lopes, afirma que, a cada caso confirmado, é iniciada varredura no entorno da casa do paciente para que se busquem focos do mosquito, cuja proliferação se dá em recipientes com água limpa parada. “Fazemos controle em raio de mais ou menos nove quadras de onde a pessoa mora.” Lopes avalia que o Brasil passa por epidemia de “grandes proporções”, o que explicaria o aumento no total de casos na região.
Em Diadema, onde foram computadas 50 contaminações em 2013, o crescimento é impulsionado pelas características geográficas, avalia Ester Dainovskas, responsável pela Coordenadoria de Vigilância à Saúde do município. “A população é muito adensada, o que facilita a propagação do vírus.” Já a coordenadora do Controle de Vetores de Ribeirão Pires, Eliana Maciel de Góes, afirma que o fato de a cidade ter temperaturas baixas e grande área tomada por vegetação faz com que a proliferação do mosquito seja dificultada. Ela teme, entretanto, que as obras do Trecho Leste do Rodoanel possam gerar desequilíbrio ecológico e facilitar a transmissão do vírus.
Sintomas surgem entre 3 e 15 dias
Após a picada pelo mosquito Aedes aegypti infectado, os sintomas da dengue começam a surgir em prazo que varia entre três e 15 dias. A pessoa contaminada costuma apresentar febre alta, dores de cabeça, no fundo dos olhos, articulações e músculos, além de náuseas, diarreia e perda de apetite.
Segundo Robson Oliveira Lopes, responsável pelo Controle de Roedores Vetores e Animais Sinantrópicos de Santo André, o tratamento é iniciado após consulta médica e investigação por parte do especialista, já que os exames podem demorar até 15 dias para ficar prontos, dependendo da demanda do laboratório. Os diagnósticos são utilizados pelas equipes epidemiológicas para melhorar o controle da profilaxia no entorno do local de contágio.
Em alguns casos, a dengue pode evoluir parao tipo hemorrágico, versão mais grave da doença e que pode levar o paciente a óbito. Geralmente, pessoas que contraem a doença pela primeira vez têm menos chances de desenvolver a forma mais agressiva. A transição também pode ocorrer em razão de comprometimento do quadro clínico devido à baixa imunidade ou tratamento inadequado.
Os maiores aumentos foram observados em São Bernardo e São Caetano. Por outro lado, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não registram casos autóctones – contraídos no município – desde 2011. O número de pessoas infectadas em outras cidades – não necessariamente da região – teve alta de 192,5%, passando de 94, em 2012, para 275 no ano passado.
Os casos de contaminação importada também preocupam as autoridades de Saúde, já que o mosquito Aedes aegypti pode ser infectado ao picar uma pessoa que já possui o vírus da dengue. Dessa forma, o inseto passa a ser vetor da doença, podendo espalhá-la. Depois que o ovo é depositado, pode sobreviver por até um ano e meio até ser atingido pela água e se tornar larva.
Para o diretor do Centro Integrado de Vigilância à Saúde de São Caetano, Caio Willians Castro Júnior, o crescimento no número de casos se deve a dois fatores. “Existem ciclos da doença, com aumentos em períodos de cinco a sete anos. Isso pode ser motivado por alguma mudança no sorotipo da doença. Por esse motivo, pode haver tendência de alta para este ano.” A outra razão seria o descuido por parte da população. “Quando não há registro de casos, as pessoas acabam não acreditando no perigo.”
O responsável pelo Controle de Roedores Vetores e Animais Sinantrópicos de Santo André, Robson Oliveira Lopes, afirma que, a cada caso confirmado, é iniciada varredura no entorno da casa do paciente para que se busquem focos do mosquito, cuja proliferação se dá em recipientes com água limpa parada. “Fazemos controle em raio de mais ou menos nove quadras de onde a pessoa mora.” Lopes avalia que o Brasil passa por epidemia de “grandes proporções”, o que explicaria o aumento no total de casos na região.
Em Diadema, onde foram computadas 50 contaminações em 2013, o crescimento é impulsionado pelas características geográficas, avalia Ester Dainovskas, responsável pela Coordenadoria de Vigilância à Saúde do município. “A população é muito adensada, o que facilita a propagação do vírus.” Já a coordenadora do Controle de Vetores de Ribeirão Pires, Eliana Maciel de Góes, afirma que o fato de a cidade ter temperaturas baixas e grande área tomada por vegetação faz com que a proliferação do mosquito seja dificultada. Ela teme, entretanto, que as obras do Trecho Leste do Rodoanel possam gerar desequilíbrio ecológico e facilitar a transmissão do vírus.
Sintomas surgem entre 3 e 15 dias
Após a picada pelo mosquito Aedes aegypti infectado, os sintomas da dengue começam a surgir em prazo que varia entre três e 15 dias. A pessoa contaminada costuma apresentar febre alta, dores de cabeça, no fundo dos olhos, articulações e músculos, além de náuseas, diarreia e perda de apetite.
Segundo Robson Oliveira Lopes, responsável pelo Controle de Roedores Vetores e Animais Sinantrópicos de Santo André, o tratamento é iniciado após consulta médica e investigação por parte do especialista, já que os exames podem demorar até 15 dias para ficar prontos, dependendo da demanda do laboratório. Os diagnósticos são utilizados pelas equipes epidemiológicas para melhorar o controle da profilaxia no entorno do local de contágio.
Em alguns casos, a dengue pode evoluir parao tipo hemorrágico, versão mais grave da doença e que pode levar o paciente a óbito. Geralmente, pessoas que contraem a doença pela primeira vez têm menos chances de desenvolver a forma mais agressiva. A transição também pode ocorrer em razão de comprometimento do quadro clínico devido à baixa imunidade ou tratamento inadequado.
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