NOTÍCIA ANTERIOR
Lavrador invade o Palácio do Planalto e pede para falar com Lula
PRÓXIMA NOTÍCIA
Conselho de Ética analisará nova representação contra Renan
DATA DA PUBLICAÇÃO 21/09/2007 | Política
Caso Renan: briga entre PMDB e Mercadante racha a base aliada
A insistência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de permanecer no cargo mesmo com a ‘avalanche’ de denúncias que correm contra ele no Congresso Nacional, rachou a base aliada do governo federal na Casa.

Nesta quarta-feira, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) não compareceu a sessão do plenário para votar a indicação de Luiz Antonio Pagot para a direção do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), feita pela própria presidência da República.

Além do petista, os senadores do DEM e do PSDB também não comparecerem a sessão, o que esvaziou o plenário e deixou o Senado sem quorum suficiente para votar a indicação de Pagot pelo segundo dia consecutivo.

Em protesto contra a permanência de Renan na presidência, os partidos de oposição já estavam bloqueando a pauta de votações do plenário, mas a atitude de Mercadante surpreendeu a todos, já que ele faz parte da base de sustentação do governo e por isso não teria interesse em obstruir as sessões e prejudicar o processo legislativo.

Por isso, senadores do PMDB encararam a atitude do parlamentar paulista como uma ‘provocação’, já que ele também defende o afastamento de Renan. Os peemedebistas acusam Mercadante de ter contribuído com a estratégia da oposição de bloquear a pauta de votações do plenário.

‘Por baixo dos panos’, neste momento o Palácio do Planalto também pressiona o presidente do Senado para que ele abandone sua cadeira. O principal temor do Executivo é que a ‘teimosia’ de Renan atrapalhe do andamento da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga até 2011 a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), imposto com prazo de extinção previsto para o fim deste ano.

Por enquanto, a proposta tramita na Câmara, mas em breve deve chegar ao Senado. A oposição já se colocou publicamente contra a manutenção do tributo, considerado essencial pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manter o equilíbrio das contas públicas. Neste cenário de ‘guerra política’, a presença de Renan poderia ser um agravante para complicar ainda mais a situação da CPMF.

Defesa - O senador Aloizio Mercadante, por sua vez, se defendeu dos ataques feitos pelos peemedebistas e disse que só abandonou a sessão porque percebeu, de antemão, que ela não teria quorum suficiente para votar nada.

Além disso, de acordo com o petista, o próprio PMDB contribuiu para manter a pauta do plenário obstruída ao não colocar em votação a PEC que acaba com o voto secreto em qualquer tipo de sessão realizada no Congresso Nacional, proposta que já foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Esta era uma das exigências feitas pela oposição para liberar a pauta.

Na semana passada, em uma sessão secreta e com votação fechada, Renan Calheiros foi absolvido pelo plenário do Senado da acusação de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.

Na sessão, Mercadante se absteve e não votou nem contra nem a favor do presidente do Senado. Apesar de a abstenção dele ter ajudado a salvar o mandato de Renan, os aliados do parlamentar alagoano agora o consideram como um ‘inimigo’.

Processos - Renan Calheiros ainda terá que se defender de mais três acusações que correm contra ele no Conselho de Ética, que estuda se o parlamentar será julgado separadamente em cada uma das denúncias ou se todas serão juntadas em uma só.

Na primeira delas, Renan Calheiros é acusado de ter revertido uma dívida de cerca de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e com a Receita Federal. Em troca, a cervejaria teria comprado uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.

Na segunda, o peemedebista é suspeito de ter utilizado ‘laranjas’ para adquirir meios de comunicação no Estado de Alagoas. Segundo os parlamentares, esta acusação é mais grave do que a primeira, já que nela existem mais provas que podem complicar a vida do presidente do Senado.

Já na terceira, ele é acusado de ter participado de um esquema de arrecadação de propina em ministérios comandados pelo PMDB.

Por Diário Online
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Política
25/09/2018 | Bolsonaro inicia dieta branda e faz caminhada fora do quarto, diz boletim
21/09/2018 | Bolsonaro diz nunca ter cogitado volta da CPMF e fixa postagem no seu Twitter
20/09/2018 | Ibope: Em São Paulo, Bolsonaro se isola com 30% das intenções de voto
As mais lidas de Política
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7716 dias no ar.