DATA DA PUBLICAÇÃO 26/02/2016 | Setecidades
Casas abandonadas dificultam combate ao Aedes na Região
Piscina descoberta em terreno ao lado da gráfica Romus, em São Caetano, preocupa os 40 funcionários do local; um já teve dengue. Foto: Andris Bovo
Imóveis e terrenos sem manutenção podem servir de criadouro para mosquito transmissor da dengue
A expressão “o perigo mora ao lado” nunca fez tanto sentido como agora para moradores do ABCD que convivem próximos a ambientes em condições propícias para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Em plena campanha nacional de combate ao inseto transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, não é difícil encontrar na Região imóveis abandonados que podem esconder criadouros do inseto.
Em São Caetano, funcionários da gráfica Romus, na rua Paraíba, no Centro, já perderam a conta de quantas vezes procuraram a Prefeitura para alertar sobre o imóvel ao lado. A casa, que está à venda, possui uma piscina sem qualquer cobertura nos fundos do terreno. “Vieram limpar antes do Carnaval, a piscina ficou vazia, mas como não tamparam quando chove ela enche de novo”, afirmou a assistente administrativa Tânia Mara Alimari, 40 anos.
Com a chegada do verão, Tânia notou um número maior de mosquitos no local, o que aumenta a sensação de insegurança das 40 pessoas que trabalham na gráfica. Em abril do ano passado, um dos funcionários foi diagnosticado com dengue. O operador de máquina Antônio Alves Marinho, 46, não sabe onde foi infectado, mas ressalta que todos devem fazer a sua parte. “Da minha casa eu cuido, mas e os outros?”, questionou. Procurada, a Prefeitura informou que já estavam programadas ações nos dois imóveis para esta sexta-feira (26/02).
O medo de infestação é o mesmo na vizinhança da rua Germânia, no Parque Novo Oratório, em Santo André. Um imóvel está abandonado há pelo menos oito anos, após a morte do proprietário. No terreno é fácil visualizar recipientes que acumulam água da chuva, inclusive porque o antigo dono transformou a laje em tanque para criação de peixes.
O administrador de empresas Renan Vacari, 27, tenta uma solução para o problema há dois anos. “Ficamos (com medo), por meus avós morarem sozinhos, eles são de idade e vivem com janelas e portas fechadas.” A Prefeitura informou que notificou o proprietário para adequação urgente do local e solicitou que o mesmo autorize uma vistoria ao imóvel.
Em São Bernardo, a dificuldade está na fiscalização de uma residência na rua Santiago, no Bairro Assunção. “A calha está entupida, o mato alto, o quintal está com várias poças. Fui na Rede Fácil há umas três semanas, deram um protocolo e não tive resposta até agora”, disse o analista de logística Gustavo Moraes. Recentemente, duas pessoas que moram na rua de trás do imóvel foram diagnosticadas com dengue.
A Prefeitura de São Bernardo informou que uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses esteve no local em janeiro e que não encontrou larvas do mosquito ou recipiente com água acumulada. Uma nova queixa foi registrada em fevereiro e outra equipe irá retornar ao local no início da próxima semana.
MP permite entrada forçada em imóveis
No início deste mês, o governo federal publicou MP (Medida Provisória) que permite a entrada forçada de agentes de saúde em imóveis públicos e privados abandonados. A ação é autorizada no caso de ausência de pessoa que possa permitir a entrada e a vistoria seja essencial para contenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Para isso, é necessário que o agente de saúde realize duas notificações prévias, em dias e horários alternados e marcados, em intervalo de dez dias.
No dia 12 de março está previsto o segundo ato integrado contra o Aedes no ABCD. A campanha de combate ao mosquito acontecerá na região conhecida como três divisas, no Jardim Zaíra, em Mauá, ao lado de Santo André e São Paulo. O primeiro aconteceu em 30 de janeiro nas proximidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Os casos suspeitos de dengue cresceram 9,4% entre janeiro e fevereiro na Região em comparação ao mesmo período do ano passado. Também estão sob investigação 10 notificações de zika vírus e 40 de febre chikungunya.
A expressão “o perigo mora ao lado” nunca fez tanto sentido como agora para moradores do ABCD que convivem próximos a ambientes em condições propícias para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Em plena campanha nacional de combate ao inseto transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya, não é difícil encontrar na Região imóveis abandonados que podem esconder criadouros do inseto.
Em São Caetano, funcionários da gráfica Romus, na rua Paraíba, no Centro, já perderam a conta de quantas vezes procuraram a Prefeitura para alertar sobre o imóvel ao lado. A casa, que está à venda, possui uma piscina sem qualquer cobertura nos fundos do terreno. “Vieram limpar antes do Carnaval, a piscina ficou vazia, mas como não tamparam quando chove ela enche de novo”, afirmou a assistente administrativa Tânia Mara Alimari, 40 anos.
Com a chegada do verão, Tânia notou um número maior de mosquitos no local, o que aumenta a sensação de insegurança das 40 pessoas que trabalham na gráfica. Em abril do ano passado, um dos funcionários foi diagnosticado com dengue. O operador de máquina Antônio Alves Marinho, 46, não sabe onde foi infectado, mas ressalta que todos devem fazer a sua parte. “Da minha casa eu cuido, mas e os outros?”, questionou. Procurada, a Prefeitura informou que já estavam programadas ações nos dois imóveis para esta sexta-feira (26/02).
O medo de infestação é o mesmo na vizinhança da rua Germânia, no Parque Novo Oratório, em Santo André. Um imóvel está abandonado há pelo menos oito anos, após a morte do proprietário. No terreno é fácil visualizar recipientes que acumulam água da chuva, inclusive porque o antigo dono transformou a laje em tanque para criação de peixes.
O administrador de empresas Renan Vacari, 27, tenta uma solução para o problema há dois anos. “Ficamos (com medo), por meus avós morarem sozinhos, eles são de idade e vivem com janelas e portas fechadas.” A Prefeitura informou que notificou o proprietário para adequação urgente do local e solicitou que o mesmo autorize uma vistoria ao imóvel.
Em São Bernardo, a dificuldade está na fiscalização de uma residência na rua Santiago, no Bairro Assunção. “A calha está entupida, o mato alto, o quintal está com várias poças. Fui na Rede Fácil há umas três semanas, deram um protocolo e não tive resposta até agora”, disse o analista de logística Gustavo Moraes. Recentemente, duas pessoas que moram na rua de trás do imóvel foram diagnosticadas com dengue.
A Prefeitura de São Bernardo informou que uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses esteve no local em janeiro e que não encontrou larvas do mosquito ou recipiente com água acumulada. Uma nova queixa foi registrada em fevereiro e outra equipe irá retornar ao local no início da próxima semana.
MP permite entrada forçada em imóveis
No início deste mês, o governo federal publicou MP (Medida Provisória) que permite a entrada forçada de agentes de saúde em imóveis públicos e privados abandonados. A ação é autorizada no caso de ausência de pessoa que possa permitir a entrada e a vistoria seja essencial para contenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Para isso, é necessário que o agente de saúde realize duas notificações prévias, em dias e horários alternados e marcados, em intervalo de dez dias.
No dia 12 de março está previsto o segundo ato integrado contra o Aedes no ABCD. A campanha de combate ao mosquito acontecerá na região conhecida como três divisas, no Jardim Zaíra, em Mauá, ao lado de Santo André e São Paulo. O primeiro aconteceu em 30 de janeiro nas proximidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Os casos suspeitos de dengue cresceram 9,4% entre janeiro e fevereiro na Região em comparação ao mesmo período do ano passado. Também estão sob investigação 10 notificações de zika vírus e 40 de febre chikungunya.
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