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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/10/2008 | Geral
Casal gay é expulso de festa da USP e registra queixa
Um episódio de intolerância à orientação sexual na USP ( Universidade de São Paulo) virou caso de polícia terça-feira. Os estudantes de Letras José Eduardo Góes, 18 anos, e Jarbas Rezende Lima, 25, registraram na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) um boletim de ocorrência contra o Centro Acadêmico de Veterinária por constrangimento ilegal e lesão corporal. Os rapazes foram expulsos de uma festa da entidade porque se beijavam.

No dia 10 de outubro, durante um "happy hour", como os alunos se referem à festa agitada por funk, quando meninos e meninas sobem em palcos para dançar e também se beijar, o DJ interrompeu o som por volta de 1h30, as luzes foram acessas e o casal gay, repreendido. "O DJ ficou apontando. Acredito que um casal heterossexual não teria sido tão exposto e agredido", afirma Lima. "Em segundos, um cara nos arrancou de lá", contou. A balada foi encerrada.

A Guarda Universitária foi chamada, mas, segundo os estudantes, os funcionários disseram que nada poderiam fazer. Góes e Lima, com o BO, afirmam que vão solicitar audiência na reitoria para questionar a conduta dos profissionais no trato com o público gay. A reitoria e a direção da Faculdade de Veterinária foram procuradas, mas, por causa do feriado do Dia do Servidor, comemorado ontem, não foram localizadas.

A direção do Centro Acadêmico Moacyr Rossi Nilsson informa que a festa foi interrompida porque os garotos exageraram no beijo. A entidade rebate a acusação de homofobia e diz que há estudantes homossexuais que freqüentam a entidade e nunca foram discriminados. Na semana passada, o CA procurou os rapazes para resolver o "mal-entendido", mas não foi possível acertar um horário.

O estudante de doutorado em Literatura e membro do Corsa, uma ONG LGBT, Dário Neto, lamenta o episódio. Ele acompanhou os rapazes na Decradi. "O inquérito policial agora vai avaliar o caso. Com o BO, vamos solicitar uma comissão processante na Secretaria de Justiça, com base na Lei 10.948", explica. A lei, estadual, pune administrativamente casos de homofobia.

Punição - O assessor de Defesa e Cidadania da Secretaria de Justiça, Dimitri Sales, explica que a entidade pode ser punida até com multa. "O Estado tem poder de polícia. Quando virar processo, ouviremos as partes. A secretaria forma um juízo e aplica sanção ou isenta", afirma.

Em relação ao caso da USP, ele afirma que a homofobia é estrutural no País. "O preconceito está em todos os lugares, até em espaço de produção do conhecimento. A homofobia precisa ser combatida."

Por Diário Online - AE
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