NOTÍCIA ANTERIOR
Primeiras ondas de tsunami chegam a cidade no litoral do Japão
PRÓXIMA NOTÍCIA
México lucra com profecia maia do ''fim do mundo''
DATA DA PUBLICAÇÃO 09/12/2012 | Internacional
Casal da realeza britânica terá de proteger intimidade do filho na era da internet
Numa ilha famosa pela profusão de tabloides sensacionalistas, o casal William e Kate terá um novo inimigo na batalha para preservar a intimidade do futuro herdeiro da coroa britânica: a internet.

O "royal baby", como está sendo chamado o filho do casal, será o primeiro candidato ao trono a nascer e crescer na era da informação em tempo real, comentada a cada instante nas mídias sociais.

O risco de superexposição preocupa pesquisadores da realeza como o escritor Hugo Vickers, autor de biografia da rainha-mãe lançada em 2005.

"Esse é o maior desafio que William e Kate devem enfrentar", disse à Folha, na terça-feira. "Vai ser um problema. Depois que a gravidez foi anunciada, mil pessoas tuitaram sobre o assunto a cada segundo. Nós vamos assistir a cada passo deste bebê, antes mesmo de ele nascer."

Para Vickers, a patrulha virtual deve aumentar a pressão sobre o casal durante a gestação e nos primeiros anos de vida do futuro rei ou rainha da Inglaterra.

"As pessoas já estão palpitando sobre várias coisas, como a escola que a criança vai frequentar. O que se espera é que eles consigam criá-la da forma mais natural possível."

"É possível que um dia o bebê ganhe uma conta no Twitter, como integrantes de outras famílias reais fora da Inglaterra. Seria uma boa forma de satisfazer essa voracidade", brinca o escritor.

Em 1952, quando Elizabeth 2ª foi coroada, as informações circulavam em volume e velocidade menores. Parte da Commonwealth, o grupo de 16 países que têm a rainha como chefe de Estado, ainda não tinha sequer acesso à TV.

O "royal baby" também será o primeiro a nascer depois da mudança que garantirá a igualdade de gêneros na sucessão real. Se Kate der à luz uma menina, ela será a futura rainha da Inglaterra, mesmo que o casal venha a ter um filho homem no futuro.

"É uma mudança sintonizada com os dias de hoje, embora a Inglaterra já tenha tido rainhas excelentes no passado", diz o escritor.

"Às vezes, é melhor ter uma mulher como chefe de Estado. Se uma rainha precisa demitir um ministro, ele tende a resistir menos, até por questão de cavalheirismo."

Como muitos especialistas, Vickers é um defensor entusiasmado da monarquia, cuja permanência é vista em alguns países como excentricidade.

"Os republicanos querem que o chefe de Estado seja eleito, mas veja a qualidade das pessoas que eles elegem", provoca.

Para o escritor, a ideia de que Deus escolhe famílias para reinar pode sobreviver ao século 21. "É um bom sistema. Mesmo que não goste do primeiro-ministro, você respeita o chefe de Estado."

Por Bernardo Mello Franco, de Londres - Folha Online
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Internacional
20/09/2018 | Buscas por desaparecidos continuam nas Filipinas após passagem do tufão Mangkhut
19/09/2018 | Noiva morre após acidente com trator durante despedida de solteira na Áustria
18/09/2018 | Justiça da África do Sul legaliza o consumo privado de maconha
As mais lidas de Internacional
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7690 dias no ar.