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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/09/2007 | Geral
Casa de alto padrão era laboratório de droga
Por fora, um belo sobrado no bairro de alto padrão Nova Petrópolis. em São Bernardo. Por dentro, um autêntico laboratório de drogas, funcionando em esquema de fábrica e que distribuía entorpecentes principalmente para o Jardim Lavínia e Divinéia. Segundo a polícia, o laboratório movimentava, por mês, cerca de R$ 1 milhão com a distribuição de 50 kg das drogas, principalmente cocaína.

Dentro da residência, na Rua Luiz Vertemartti, policiais da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de São Bernardo encontraram quinta-feira aproximadamente 100 kg de droga, entre cocaína, maconha e crack.

Quatro pessoas foram presas, sendo três da mesma família. Foram detidos Altair Alves dos Santos, 41 anos, apontado como o chefe do laboratório, seu irmão Eli Alves dos Santos, 31, e seu filho, Diego Marcos dos Santos, 21. Um adolescente de 17 anos, que já tinha passagem pela Dise por tráfico, também foi detido com o grupo.

Além das drogas, a polícia apreendeu diversos produtos químicos utilizados para batizar os entorpecentes, como bicarbonato de sódio, monitol, lidocaína, acetona e amoníaco, entre outros.

Várias balanças de precisão também foram achadas, bem como uma prensa usava para formatar os tijolos de maconha. De acordo com a polícia, o grupo alugava a casa por R$ 1.200 por mês e ocupava o local havia dois anos. Durante quase todo esse período, o laboratório funcionava de maneira discreta, sem despertar a atenção dos vizinhos. Entretanto, nos últimos dias, um morador estranhou a chegada de muitos marmitex na casa e avisou a polícia.

“Havia a suspeita de que se tratava de um cativeiro. No início da semana, montamos campana no local e verificamos o que realmente ocorria lá”, afirmou o delegado seccional de São Bernardo, Marco Antônio de Paula Santos.

No início da tarde de quinta-feira, os policiais entraram na casa e fizeram o flagrante. O laboratório foi montado especialmente na parte de baixo da casa. Muitos quilos de maconha estavam guardados na geladeira.

Vizinhos ficaram perplexos com a descoberta

A descoberta do laboratório de drogas montado dentro da casa de alto padrão deixou os vizinhos perplexos.

“Moro aqui há 37 anos e nunca pensei que, em uma casa ao lado da minha, pudesse abrigar traficantes que lidam com drogas o dia inteiro. Estou de queixo caído”, afirmou o funcionário público José Luís Monteiro de Toledo, 52 anos.

“Tenho certeza de que quase todos os vizinhos aqui não desconfiavam de nada. Os moradores do sobrado só saíam de casa em um Meriva e uma picape S-10 com os vidros escuros. Não tinham muito contato com a gente, mas também nunca percebemos nada mais grave”, disse Toledo.

A dona de casa Maria da Conceição Souza, 45 anos, moradora de um prédio próximo, só estranhava a lavagem de panos brancos durante a noite, usado para armazenar as drogas.

“Às vezes eu via pela janela. Jamais imaginei que pudesse ter relação com o tráfico. Foi uma surpresa muito grande”, disse.

Por Luciano Cavenagui - Diário do Grande ABC / Foto: Google Imagem
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