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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/03/2010 | Turismo
Carros duas portas estão longe de virar peças de museu
A popularização do automóvel no Brasil, em função do aumento da renda e do crédito disponível, fez com que o consumidor valorizasse cada vez mais o conforto. Assim, a procura por modelos duas portas caiu.

De acordo com o gerente de vendas da concessionária Automasa, em Mauá, Eduardo Reis, a procura pela versão mais simples diminuiu, em média, 10% nos últimos cinco anos.

“Por estética e praticidade, as pessoas preferem os modelos quatro portas”, afirma o gerente. A evolução do mercado brasileiro de veículos também é responsável pela mudança cultural. Como Reis lembra, quando os carros duas portas dominavam as ruas, modelos quatro portas eram sinônimos de táxi. “Antigamente, era ‘vergonhoso’ ter um carro quatro portas, porque era carro de taxista. Hoje isso é bem diferente. Aconteceu o mesmo com o carro com teto solar: quem tinha era chamado de ‘chifrudo’”, ri o gerente de vendas.

Embora tenha perdido a simpatia ao longo dos anos, os modelos duas portas estão longe do fim de linha. Essa opção mantém público fiel por duas características: portas maiores e preços menores. A gerente da concessionária Itavema Barra Funda (São Paulo), Ana Maria Junqueira, diz que vende muito carro duas portas para pessoas altas. “Para os mais altos, a posição da coluna em um carro quatro portas interfere a visão. Então, eles preferem os carros de duas portas”, explica Ana Maria. A porta maior também ajuda os “gordinhos”, de acordo com Eduardo Reis.

Chevrolet Kadett era da época quando modelo duas portas era a maioria (Foto: Divulgação) Empresas também dão preferência aos carros mais baratos para formarem suas frotas. A maior parte das vendas deste tipo de configuração é para pessoas jurídicas. “As empresas procuram os carros mais baratos e as versões mais em conta são as com duas portas”, diz Ana Maria. Segundo ela, em sua rede são vendidas 80 unidades por mês de Fiat Uno duas portas e 120 unidades de Palio.

Em média, tal configuração é R$ 1,7 mil mais barata do que a versão quatro portas. O Renault Clio é o modelo no Brasil com a menor diferença entre os dois acabamentos, a opção quatro portas é R$ 1.400 mais cara. A diferença maior é a do Gol G4, de R$ 2.459. Já a Ford trabalha somente com a configuração duas portas em seu modelo de entrada, o compacto Ford Ka.

Também pela economia, o duas portas tem um “gostinho” especial: o de ser o primeiro carro de muita gente. O gerente de vendas da Anhembi Santana (São Paulo), Rodrigo Calado, confirma que muitas das vendas são para homens ou mulheres entre 18 e 30 anos que estão atrás de seu primeiro carro.

A designer de interiores Maria Elisa de Medeiros se enquadra no perfil. Ela ganhou um Corsa duas portas da mãe em 2000 e continua com ele até hoje. “Foi meu primeiro carro e ainda é. Quando a gente foi tirar o carro do consórcio, a opção era por um duas portas e me adaptei bem. Não sinto falta de quatro portas, mas, se tivesse filhos, acho que mudaria”, afirma Maria Elisa.

O gerente da Anhembi também nota que muitos clientes procuram este tipo de automóvel para ser o segundo carro. “Ele usa o mais simples para o dia a dia e no fim de semana tira o ‘carrão’ da garagem”, observa Calado.

Por Priscila Dal Poggetto - G1, em São Paulo
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