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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/09/2017 | Economia
Carro de leilão pode sair 30% mais barato
Carro de leilão pode sair 30% mais barato Foto de divulgação - DGABC
Foto de divulgação - DGABC
Já pensou em levar para a garagem de casa um veículo com valor cerca de 30% menor do que o preço de mercado? Parece difícil de acreditar, mas é possível adquirir carros com custos mais em ‘conta’ em leilões.

Geralmente, em eventos do tipo, é possível encontrar desde modelos com baixa quilometragem até aqueles que foram retomados pelos bancos por inadimplência no financiamento ou apreendidos nas ruas por blitz policial. Modelos sinistrados como veículos que foram perdidos em enchentes, embora sofram certa resistência por parte dos arrematantes, também não faltam.

Porém, caso alguns cuidados necessários não sejam tomados pelo interessado no arremate, a equação pode rapidamente se inverter e, o barato, acabar saindo caro.

Foi o caso do operador de produção Liu San Uae Chiang, 28 anos, morador de Mauá. Chiang conta que comprou um Montana Arena 1.4, ano 2010, por R$ 13 mil em leilão on-line realizado pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) em janeiro. Porém, quase seis meses depois descobriu que o veículo tinha passivo de R$ 12 mil, quase o valor pago por ele.

Três meses após o arremate, Chiang decidiu passar o veículo adiante. “Fiz tudo certinho, a documentação, baixa nas multas e, como nada havia constado em aberto no site deles (Detran-SP), decidi vender o carro a outra pessoa”. Conforme a Tabela Fipe, responsável por levantar os valores de mercado dos automóveis no País, o modelo valia R$ 21.035, o que significa que Chiang teve economia de 61,8%, basicamente o dobro da média, sem contar no lucro da revenda.

Recentemente, no entanto, o problema apareceu. “O atual proprietário do veículo me ligou dizendo que havia recebido comunicado de negativação de nome do Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados), além de multa no valor de R$ 1.000”, explicou Chiang. “Pelo edital do leilão, havia prazo de seis meses para que o Detran-SP desse baixa nas multas e pagamento de diária dos pátios, entre outras coisas”, complementou.

Na avaliação do CEO da Sato Leilões, Antonio Sato Junior, problemas como o de Chiang acontecem frequentemente por conta do descompasso entre os órgãos públicos. “Nesses casos, se faz necessária a desvinculação do valor do veículo para o antigo proprietário, que se dá pela Sefaz-SP (Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo) em conjunto com o Detran-SP, que muitas vezes nem se comunicam, e acabam deixando essas pessoas com o problema.”

Para o superintendente da Manheim Brasil Fernando Tuuneli, o arrematante e o atual detentor do veículo “devem verificar as condições de vendas estabelecidas no catálogo e procurar o órgão vendedor para tentar entender e resolver esse problema.”

Procurado, o Detran-SP “informa que está tomando as providências para que o valor dos débitos seja transferido novamente para o antigo proprietário, que continuará responsável por quitá-los conforme determina a legislação”. Na nota, o órgão também assinala: “o Detran-SP pede ao atual proprietário desculpas pelo transtorno”.

Até o fechamento desta edição, porém, Chiang disse que o problema não tinha sido resolvido, apenas um comunicado havia sido enviado, de que a situação seria revertida. “Além de mim, outras pessoas estão com o mesmo problema”, diz.

EDITAL - Os especialistas ressaltam a importância de se ler sempre as entrelinhas dos editais – que, embora não seja o caso do exemplo citado, há situações em que o arrematante deve arcar com o passivo do veículo.

“É fundamental ler o edital atentamente, se inteirar das condições de venda, verificar a descrição do veículo e ainda, se possível, ir ao local em que está o carro para conhecê-lo e guardar quantia de dinheiro para a participação nos lances”, orienta Sato, ao completar que, normalmente, o pagamento é feito à vista e em até 24 horas após o arremate.

Para Tuuneli, o primeiro cuidado que o comprador precisa ter é verificar o histórico da empresa leiloeira. “Busque referências na internet, pergunte a conhecidos e avalie se os parceiros da empresa são entidades conhecidas como bancos e seguradoras”, recomenda. “Assim, leilões sempre serão ótima oportunidade para quem não tem dinheiro para comprar carro zero-quilômetro.

Por Gabriel Russini - Especial para o Diário
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