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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/12/2016 | Economia
Carne suína é opção para ceia de Natal
Carne suína é opção para ceia de Natal Foto: Denis Maciel/DGABC
Foto: Denis Maciel/DGABC
O típico chester assado na noite natalina pode perder espaço para o tender nas mesas das famílias do Grande ABC neste ano, para aquelas que preferem a carne de porco. Na comparação entre os dois produtos, a ave ainda é mais barata que o famoso ‘bolinha’, mas, nesta temporada, o chester surgiu mais caro nas prateleiras dos supermercados da região, enquanto que o tender nunca esteve tão acessível ao consumidor desde 2011. É o que aponta pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André)

O quilo do chester é comercializado a R$ 15,98, em média. Já o do tender é encontrado a R$ 27,16. Em 2015, para se ter ideia, o frango custava R$ 14,41, e de lá para cá encareceu 10,91%. A carne de porco, por sua vez, saía por R$ 31,45 e, neste ano, está 13,63% mais barata. “As aves, em geral, ficaram mais caras ao longo de 2016. É um produto que sente bastante as influências da inflação, até por conta da demanda, que não diminui”, diz o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto.

A cesta de Natal apurada pela Craisa considera nove itens tradicionais das festas de fim de ano, como panetone, uva-passa e carnes. A pesquisa aponta que o conjunto deles está 4,61% mais caro em comparação a 2015 – passando de R$ 162,41 para R$ 169,90 (R$ 7,49 a mais). A alta, porém, representa menos da metade da inflação do ano passado (10,67%, conforme o IPCA), reflexo da economia em recessão, que fez com que os índices de desemprego disparassem, a renda em circulação diminuísse e, o consumo, fosse retraído.

Também ficou mais acessível em relação ao ano passado o espumante Cereser 660 ml, com valor médio 10,83% menor. Nesta temporada é possível comprá-lo por R$ 9,09, ante os R$ 10,20 desembolsados há 12 meses. Segundo De Benedetto, as quedas nos valores são explicadas pelo aumento crescente de concorrentes nos supermercados. “Quanto maior o número de marcas diferentes, menores serão os preços praticados, para atrair os consumidores. Além disso, estamos vivendo momento em que as pessoas estão poupando suas rendas, outras desempregadas. Isso reduz o consumo e, consequentemente, diminui os valores”, comenta.

Na outra ponta, bacalhau e peru encareceram 27,22% e 13,94%, respectivamente. O engenheiro da Craisa explica que ambos são ainda considerados produtos mais elitizados, e o consumo ainda é pequeno, o que resulta em pouca oferta, responsável por pressionar os preços, que se mantêm elevados nas prateleiras, em média R$ 45,44 o quilo do bacalhau e R$ 15,11 o do peru.

O bolo natalino, que também marca presença nas mesas nesse período de festas, apresentou pequena elevação de 5,45% entre um ano e outro, o que o manteve praticamente estável, de R$ 14,92 para R$ 15,74.

EM SEIS ANOS - Na comparação com o início da pesquisa, em 2011, o preço da cesta da Natal encareceu 40,63% – aumento de R$ 49,09 para o bolso dos consumidores do Grande ABC. No entanto, a evolução dos custos empatou com a da inflação no período, que foi de 40,6%.

Nessa mesma base de comparação, o tender volta ao destaque, se firmando como diferencial para o jantar da ceia de Natal. Há seis anos, o quilo era vendido por R$ 29,54 e, agora, a R$ 27,16.

Kits natalinos variam de R$ 29,90 a R$ 189,90

Ao percorrer supermercados da região é fácil encontrar nas prateleiras cestas de Natal, a exemplo das marcas Bauducco e Visconti. Os valores variam bastante, pois depende do número de itens; quanto mais produtos, mais caras elas ficam. Os preços variam entre R$ 29,90 e R$ 189,90, em média, conforme apuração do Diário.

Entre os itens, alguns estão presentes em quase todas as cestas, caso de vidro de azeitona verde, bolachas recheadas, pote de maionese, macarrão, panetone de frutas cristalizadas, gelatina, figo em lata, geleias, salgadinhos, pacote de uva-passa e bombons.

A maioria das cestas tem, no mínimo, 12 itens. Quanto mais onerosas as cestas, mais produtos de alto valor agregado elas possuem. As mais básicas são marcadas por itens de primeira necessidade.

Alguns mercados também acabam colocando à venda cestas básicas que não têm caráter natalino. Essas saem, em média, a R$ 44,69.

A aposentada Nilda Vivan Trazzi, 78 anos, de Santo André, sempre compra uma cesta natalina para dar de presente para a diarista que limpa sua casa. “É um agrado. Não vêm muitas coisas, mas já ajuda um pouco. Além disso, às vezes, sai mais em conta do que comprar os mesmos produtos separadamente. Neste ano paguei R$ 69,90, com quase 20 itens. O preço é bom, mas precisei pesquisar bastante entre os mercados do meu bairro.”

Por Tauana Marin - Diário do Grande ABC
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