NOTÍCIA ANTERIOR
Ford contrata 100 na fábrica de São Bernardo
PRÓXIMA NOTÍCIA
Água vende mais que bebida alcoólica no verão
DATA DA PUBLICAÇÃO 19/02/2014 | Economia
Carnaval deve elevar vendas em até 20%
Carnaval deve elevar vendas em até 20% Foto: Claudinei Plaza/DGABC
Foto: Claudinei Plaza/DGABC
O Carnaval começa só no dia 1º de março, mas a procura por fantasias já começou no Grande ABC, principalmente por quem gosta de se programar ou vai viajar. As lojas especializadas em fantasias e artigos para comemorar a data esperam crescer 20% em vendas, comparando com o mesmo período do ano passado. O crescimento é projetado pelo fato de o feriado cair em março, quando as aulas já voltaram e o consumidor está menos enforcado com as contas de início de ano.

Segundo os lojistas, o movimento já é sentido, mas é esperado que aumente ainda mais na semana que vem, que antecede a comemoração. “O movimento já está 10% maior em comparação com os dias normais, mas aumenta mesmo quando chega perto da data. O brasileiro acaba deixando para se preparar na última hora”, diz Deulisse Fortes Mori, proprietária da Rainha da Pelúcia (loja que vende itens carnavalescos) e sócia da Rainha da Fantasia (que aluga), ambas em Santo André.

Quem não deixou para a última semana foi a empresária Solange Guerbali, que aproveitou o aniversário da filha para garantir a fantasia de Carnaval. “O tema da festa dela é a Branca de Neve, roupa que ela vai usar semana que vem, tanto no aniversário como na festinha da escola.”

De acordo com a proprietária da loja Micoloko, em São Caetano, Telma Gonçalves, o fato de a festa ser em março aquece as vendas. “Nós esperamos crescer 20% em relação ao ano passado, principalmente pela mudança da data. O que vende mais aqui são fantasias e artigos infantis e, quando o Carnaval acontece em fevereiro, nem todas as escolas já voltaram às aulas, ou seja, não há festinhas nem tanta preocupação com a fantasia”, declara. Além disso, as pessoas têm menos recursos para investir nos aparatos para curtir a Folia de Momo, devido às contas de início de ano.

A gerente da Max Festas de São Bernardo, Silmara Oliveira, também espera crescer 20% e está otimista com a data, apesar de já ter detectado aumento dos custos dos produtos. “Ano passado, em agosto, fizemos uma expansão na loja focando principalmente o Carnaval. O problema é a alta de preços dos fornecedores, como aconteceu nesta semana, em que recebi uma remessa de fantasias com aumento de 15%. Foi um susto. Mas pretendemos repassar o mínimo possível ao consumidor.”

CARONA NA FOLIA - Em lojas como papelarias e bazares, é comum perceber a venda de artigos para a Folia nesta época.

A papelaria Kingpel, de Santo André, é uma das que reservaram espaço nas prateleiras, normalmente ocupadas com material escolar, para máscaras, fantasias e sprays festivos. “Ainda não sentimos muito a procura para esses artigos. O movimento costuma ser mais na véspera mesmo. Vendemos fantasias infantis nesta época porque as mães que compram algum material também aproveitam e levam itens de Carnaval para os filhos”, conta a operadora de caixa da loja Gisele de Oliveira.

Conforme apurado pela reportagem do Diário, é possível montar uma fantasia por menos de R$ 15 com artigos nos centros de compras do Grande ABC. Dá para compor bustiê de havaiana (R$ 5,90), saia (R$ 6,90) e colar (R$ 1,50) pelo total de R$ 13,80.

PRINCIPAL DATA - Quem pensa que a semana é a mais aguardada por todos os lojistas se engana. Para Telma, da Micoloko, que vende e aluga, há mais movimento em outras datas do que no tradicional Carnaval. “O feriado não é nosso carro-chefe. Cerca de 30% das vendas ocorrem na época de festas juninas e no Halloween, que é no mesmo mês que o Dia das Crianças.”

Já Silmara, da Max Festas, elege a Folia de Momo como a principal data. “Hoje, contamos com 200 tipos de fantasia, que variam de R$ 30 a R$ 150 para as infantis e, no tamanho adulto, é encontrada a partir de R$ 70. Queremos que valha a pena para o consumidor comprar em vez de gastar com um aluguel.”

ALUGUEL - Para quem tem pressa e não quer demorar escolhendo uma fantasia ou não quer repetir o personagem em outra festa, o aluguel é uma alternativa.

A proprietária da Ateliart Fantasias, de São Bernardo, Elaine Eneida Gerssiano, declara que os clientes preferem o aluguel pela praticidade. Ela espera movimento 18% maior em relação à data no ano passado.

“Como eu fico perto de universidades, há mais movimentação quando há festas à fantasia das instituições, o que eleva a demanda em torno de 20%. O público é grande, a pessoa pode pegar a fantasia e devolver em três dias.” Elaine conta com acervo de 3.000 fantasias. Os preços variam de R$ 39 a R$ 389.

Além das vendas, a loja Micoloko também aposta no aluguel para manter todos os tipos de clientes. “Sentimos que muitas pessoas estão preferindo alugar, porque não sabem o que vão fazer com uma fantasia dentro do armário. Além do que, com as redes sociais, muita gente não quer ser vista em duas festas com a mesma fantasia”, avalia a proprietária Telma Gonçalves.

“É possível encontrar uma fantasia mais simples, como a de pirata, pelo menor preço. As que têm o valor mais alto são as da categoria luxo, que são importadas e vêm com corselet que modela o corpo. Mas há produtos para todos os gostos e bolsos considerando um mesmo modelo. Por exemplo, para a roupa da personagem Alice no País das Maravilhas, que é muito procurada, há cinco fantasias diferentes, de nacionais a importadas”, diz Telma.

IMPOSTOS - Quem vai curtir a Folia de Momo também vai acabar gastando bastante com os impostos embutidos nos preços de cada produto. Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), os impostos podem representar até 76,66% dos valores pagos.

A campeã de impostos é a caipirinha, bebida bastante consumida nesta época do ano. Logo em seguida vêm o chope (62,60%), a cerveja (55,60%) e a água mineral (44,55%). Ou seja, se uma garrafinha de água custar R$ 2, R$ 0,89 são tributos e o preço do item, sem eles, seria de R$ 1,11.

Até mesmo o picolé e a água de coco têm altos impostos. O primeiro tem carga tributária de 37,98% e, a segunda, de 34,13%.

As fantasias também contam com altos impostos embutidos no preço. A feita de arame, por exemplo, apesar de ter a menor carga tributária da lista, 33,91% do preço total são impostos. Uma roupa dessas que custe R$ 100, portanto, sem os impostos sairia por R$ 66,09. A fantasia de tecido tem 36,41% de tributos e, a máscara de plástico, 43,93%. Se o item for confeccionado com lantejoulas o percentual é de 42,71%.

Outros acessórios indispensáveis à festa também estão no levantamento feito pelo IBPT: o colar havaiano tem carga tributária de 45,96%; o spray de espuma, 45,94%, o apito, 34,48% e o confete, 43,83%.

Quem vai viajar e acompanhar de perto os desfiles das escolas de samba, desembolsará até 36,28% em tributos no valor do pacote que inclui a hospedagem, o ingresso e o transporte até o sambódromo.


Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7710 dias no ar.