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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/11/2015 | Turismo
Caribe para todos
Passados exatos dez anos do furacão Wilma, que devastou a orla de Cancún, em 2005, parece que nunca sequer um temporal voltou para aquelas bandas. De um azul hipnótico, que se exibe em tons degradês, a primeira reação – mesmo para quem já debutou em águas caribenhas, daqueles que visitam a mais popular das praias do Estado de Quintana Roo, no México – é a contemplação. Dá vontade de ficar ali por seguidos minutos apenas admirando tal beleza singular e agradecendo por tamanhas perfeição e sorte.

O local é tão abençoado que o furacão Patricia, classificado como o mais perigoso da história no fim de outubro, exatamente quando em 2005 o Wilma se formou, ameaçou o lado oposto do país, a Costa Oeste, banhada pelo Oceano Pacífico, no balneário de Puerto Vallarta, mas se reduziu a tempestade tropical quando chegou ao continente.

Vale lembrar que Cancún foi escolhida pelo eterno Chaves, ou Chespirito, como era conhecido em terras mexicanas, Roberto Gómez Bolaños, para viver até os 85 anos, quando morreu, em novembro do ano passado. Sua viúva, a Dona Florinda, Florinda Meza, ainda mora na cidade.

DEMOCRÁTICA
Cancún é verdadeira camaleoa. Multifacetada, dispõe de larga oferta de passeios e cultura. É, definitivamente, um destino a ser visitado por muitas vezes, tamanha a diversidade de opções de entretenimento, descanso e conhecimento. É ideal para receber tanto quem vai com amigos, como com o namorado(a) ou marido/mulher, com a família inteira ou com crianças. Ou seja, é cenário para romance, para despedida de solteiro, para badalação e também para curtir com pais e filhos.

Quando o assunto é hospedagem, é mestre em hotéis de alto luxo que fazem qualquer turista esquecer dos problemas e, inclusive, o rumo de casa. Especialmente aqueles all-inclusive (com comidas e bebidas inclusos). Na zona hoteleira, concentram-se 152 empreendimentos. Seguramente, no entanto, há também no Centro da cidade, mais afastado da orla, alternativas mais econômicas. Na hora de escolher um hotel para chamar de seu, vale se atentar ao tipo de mar que procura. A região hoteleira fica em área insular, com 22 quilômetros de praias, separada do continente pela Lagoa de Nichupté, em formato de sete. Se o turista busca por águas calmas, como imensa piscina natural, o lugar é mais ao Norte, na barra superior do sete. Agora, se não se importa com um mar mais agitado e gosta de ondas, o ideal é mais ao Sul, por toda a base do sete – quanto mais para baixo, mais bravo ele é, tanto que geralmente estão hasteadas as bandeirinhas amarela ou vermelha.

Toda a área dos hotéis é composta por restaurantes – que vão do italiano, passando pelo de frutos do mar, ao típico mexicano e até portenho – com vista privilegiada para a lagoa, de onde se pode apreciar pôr do sol inesquecível, shoppings e lojas de conveniência. Portentosa, Cancún lembra, e muito, a norte-americana Miami. Mas com muita pimenta, frijoles, guacamole e tequila. Tanto que a maioria dos visitantes é dos Estados Unidos e, não à toa, em praticamente todos os comércios e serviços são aceitos dólares. Os passeios, inclusive, costumam divulgar seus preços apenas na moeda da terra do Tio Sam.

SUBAQUÁTICO
Quem sempre teve vontade de ver o mar caribenho debaixo d’agua, tem a chance de apreciá-lo mesmo que sem molhar um fio de cabelo. A empresa Aquaworld oferece essa experiência a partir de seu submarino por US$ 40 (cerca de R$ 160, considerando o dólar a R$ 4) – US$ 20 (R$ 80) para crianças. É ideal para crianças, idosos e adultos que não querem se aventurar a nado. Inclusive, é possível avistar sete das 400 esculturas que integram o Musa (Museu Subaquático de Arte de Cancún). E também arrecifes de coral, peixes e tartarugas. Para aqueles que enjoam com facilidade, é interessante levar algum medicamento para prevenir o mal-estar e desfrutar melhor do passeio.

Quem tiver curiosidade de conhecer o submarino, mas não descarta o snorkel pela região de Punta Nizuc para conhecer 16 esculturas do Musa – incluindo as belíssimas Entendimento e Última Ceia – o combo sai por US$ 60 (R$ 240) – US$ 30 (R$ 120) para as crianças a partir dos 5 anos. Porém, é preciso ter fôlego. O passeio leva cerca de uma hora e se dá em alto-mar. Então, dependendo do dia, as ondas e a correnteza, com a qual se tem de nadar contra, estão mais fortes. Mas se o condicionamento físico não for dos melhores, o guia dá uma mãozinha com a boia que ele mesmo puxa. É daquelas experiências que se leva para a vida toda.

Hotel permite que hóspede libere tartarugas
Imagine, em meio a visitas a cenários paradisíacos e ao deslumbre com as instalações do hotel, passar durante a viagem por experiência renovadora que emociona e faz agradecer muito pela oportunidade. Assim é ajudar na liberação das tartaruguinhas que acabaram de sair de seus ovos.

O Paradisus Cancún Resorts, do grupo Meliá, possui desde 2007 área de preservação em que os animais, embora vivam em águas distantes a muitas léguas do Caribe, a cada 15 anos voltam ali para fazer a desova, pois foi onde nasceram. Elizabeth Jimenez, coordenadora de sustentabilidade do hotel, explica que é preciso soltá-las a um metro do mar para que gravem na memória o tamanho de areia, a temperatura ambiente, a salinidade, a temperatura da água e as correntes oceânicas e, então, retornem quando atingirem a maturidade sexual.

Só neste ano foram geradas quase 15 mil tartaruguinhas ali. Considerando que ainda há 20 ninhos em período de incubação e cada um possui de 80 a 180 ovos, ainda nascerão de 1.600 a 3.600 bichinhos. “A época de reprodução das tartarugas marinhas que visitam o nosso Caribe vai de maio a outubro. Durante esse período de desova, as fêmeas só vêm em terra durante a noite para colocar seus ovos. As espécies que chegam até nós são as tartarugas branca, cabeçuda, de Hawksbill e do couro, sendo a branca a mais abundante”, conta Elizabeth. O tempo de desova é de uma hora e meia. O de incubação, dois meses – neste ano, devido ao forte calor levou um mês e meio –, e uma vez chocado o ninho, os filhotes são liberados.

A partir do que o resort chama de life enriching experience (algo como experiência enriquecedora da vida), os hóspedes podem participar, sem pagar nada por isso, do ato de soltura das tartarugas – o que ocorre apenas em uma semana, entre maio e outubro. Em outras duas é permitido aos funcionários levarem familiares para liberá-las. “A participação do hóspede é vital para aumentar a consciência sobre a proteção dessas tartarugas que estão em perigo por seu principal predador: o ser humano”, assinala a coordenadora.

Francamente, não há nada mais comovente. Segurar aquela criaturinha em suas mãos, olhar nos olhinhos dela, fazer um carinho, perceber sua ânsia por cair na água e auxiliá-la nesse processo são algo mágico. E melhor ainda é fazê-lo mais de uma vez – se der sorte de estar num grupo pequeno (são permitidas até 40 pessoas), é possível liberar umas sete tartaruguinhas. Algumas, inclusive, tentam voltar para a areia quando a onda bate, mas é só reposicioná-las que elas vão livremente, mar adentro. Neste momento não se permite fotografar com flash e, inclusive, as luzes no entorno são apagadas, pois isso pode confundí-las e estimulá-las a voltarem para a praia, o que comprometerá sua sobrevivência. É mesmo um momento de curtir a emoção de estar ali, dando um empurrãozinho para que elas iniciem um ciclo de vida que, muitas vezes, passa dos 100 anos. O reencontro com os quelônios, já ‘adolescentes’, será em outubro de 2030, quando eles retornarão para reproduzir sua espécie.

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário Online
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