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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/08/2011 | Saúde e Ciência
Cardiologista avalia árbitros no 2º Doutorado da Medicina ABC
Cardiologista e coordenador do Núcleo de Saúde no Esporte da Faculdade de Medicina do ABC (NSE-FMABC), Dr. Marcelo Ferreira é o segundo doutor formado pelo programa de Doutorado em Ciências da Saúde da FMABC. O médico acaba de ser aprovado pelo trabalho “Risco de doença cardiovascular em árbitros de futebol de campo”.

Embora baixa, a taxa de mortalidade entre futebolistas causa grande impacto em toda sociedade. O objetivo do trabalho foi estudar o risco cardiovascular de árbitros profissionais de futebol e descrever sua frequência considerando grupos etários menores e maiores do que 35 anos de idade. Também relaciona dois índices – Framingham e PROCAM – na comparação do risco cardiovascular. Para isso, foram avaliados 50 árbitros de alta performance da Federação Paulista de Futebol, submetidos a exames clínicos e laboratoriais no NSE-FMABC.

Entre os principais resultados, o risco para doenças coronárias foi estatisticamente superior nos árbitros com mais de 35 anos. Valores antropométricos, de pressão arterial, das variáveis bioquímicas e ergoespirométricas apresentaram-se dentro dos padrões de normalidade. O escore de Framingham foi considerado bom marcador para fatores de risco relacionados à idade e mais fiel do que o de PROCAM.

Prevenção fundamental: Entre os anos de 1966 e 2004 foram relatados 1.101 casos de morte súbita de atletas com idades inferiores a 35 anos, das quais 90% decorrentes de doenças cardiovasculares. A morte súbita cardíaca em esporte é definida como a que ocorre durante a realização de atividade física ou até uma hora após o término. A cardiomiopatia hipertrófica é a principal causa relacionada aos exercícios em jovens atletas, responsável por cerca de metade dos óbitos. Destaca-se também a morte súbita nesse público por causas não-cardíacas, entre as quais utilização de esteróides anabólicos, fibroses e necroses focais no miocárdio, aterosclerose coronária acelerada e infarto agudo do miocárdio, além de aneurismas cerebrais, traumas, hipertermia, abuso de álcool e drogas ilícitas como maconha e cocaína, entre outras.

De acordo com Dr. Marcelo Ferreira, para salvaguardar a saúde dos atletas e obter melhores resultados é fundamental a verificação das condições de saúde e padrões físicos antes da participação em competições esportivas. “Com base nos resultados das avaliações pré-participação é possível planejar e determinar estratégias preventivas, a fim de direcionar os atletas aos esportes com maior segurança e proporcionar melhores performances”, garante o mais novo doutor da FMABC, que teve como orientador o professor de Fisiologia da faculdade, Dr. Luiz Carlos de Abreu.

A prevenção da morte súbita deve ser feita por meio de avaliação clínica detalhada, com anamnese dirigida, exames laboratoriais, teste ergométrico, ecocardiograma e radiografia de tórax, bem como com exames específicos e até mesmo procedimentos invasivos, quando necessários.

Destaque na área científica

Inaugurado em 2010, o Doutorado em Ciências da Saúde da FMABC já contabiliza duas teses defendidas – ambas da Cardiologia. O primeiro doutor da instituição é Dr. Andrés Ricardo Pérez-Riera, que em 11 de maio último apresentou o trabalho “O Vectorcardiograma do Padrão Brugada Tipo 1: Estudo Comparativo com Vectorcardiogramas de Sujeitos Hígidos Portadores de Bloqueio Incompleto e Completo do Ramo Direito”.

O destaque da produção científica da disciplina é fruto de política de incentivo à pesquisa adotada pelo professor Titular, Dr. Celso Ferreira, que se despede da cadeira neste 2011 após 23 anos dedicados à Cardiologia da FMABC.

Graduado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo em 1961, Dr. Celso Ferreira traz no currículo Doutorado em Medicina e Livre Docência em Cardiologia também pela EPM-UNIFESP. É professor Titular da disciplina de Cardiologia da Medicina ABC desde 1988, membro da Câmara Técnica de Cardiologia do Conselho Regional de Medicina e do Conselho Consultivo do Hospital Israelita Albert Einstein – instituição na qual também participou da criação e organização da Faculdade de Enfermagem, da qual foi professor e Diretor. Orienta teses de Mestrado na FMABC e de Doutorado na EPM-UNIFESP, com atuação principal nas áreas de hipertensão arterial, insuficiência coronária, hipertrofia miocárdica, insuficiência cardíaca e proteção miocárdica. Criou o Setor de Cardiopatia Hipertensiva e o Laboratório de Cardiologia Experimental da UNIFESP. Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão e da Diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC/FUNCOR), Dr. Celso é autor do livro Cardiologia Clínica e escreveu capítulos para outras cinco publicações do segmento.

Por Informações à Imprensa com Eduardo Nascimento - Comunicação Fundação do ABC
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