DATA DA PUBLICAÇÃO 13/05/2011 | Saúde e Ciência
Cardiologia inaugura o Doutorado da Faculdade de Medicina do ABC
A Faculdade de Medicina do ABC conquistou duas importantes marcas nesta semana, ao ter apresentada a primeira tese de seu programa de Doutorado e em tempo recorde. O título número 1 de doutor pela FMABC foi concedido um ano após implantação do programa em 2010, quando geralmente o pesquisador tem até quatro anos para defender seu trabalho, e versou sobre um paradigma consolidado na área de cardiologia, que é a Síndrome de Brugada.
O primeiro “doutor em Ciências da Saúde” pela Medicina ABC é o cardiologista Andrés Ricardo Pérez-Riera, argentino radicado há muitos anos no Brasil e chefe da Eletrocardiografia da faculdade, que teve como orientador o professor Titular de Cardiologia da FMABC, Dr. Celso Ferreira. A tese defendida na área de Proteção Miocárdia se debruçou em estudo sobre modificações que ocorrem na contração do coração e que marcam uma série de moléstias.
A síndrome de Brugada consiste na apresentação de eletro e vectorcardiograma com aspecto diferenciado acompanhado de palpitações graves que conduzem à morte súbita. A tese de Doutorado do Dr. Pérez-Riera, desenvolvida com os dois métodos, demonstrou pelo vectorcardiograma (um eletro tridimensional) que o traçado eletrocardiográfico não está associado ao bloqueio completo do ramo direito do coração, como defendido pelo professor Brugada quando descreveu a síndrome. Dr. Andrés Ricardo Pérez-Rieira derruba, assim, um paradigma da literatura médica mundial (segundo a Fundação Brugada, em 1992 os irmãos Brugada descreveram a síndrome que atingia geralmente homens adultos sem problemas cardíacos estruturais, mas que apresentavam taquicardias e fibrilação ventricular seguida de parada cardíaca. Trata-se de uma arritmia que faz com os ventrículos batam tão rapidamente que podem impedir que o sangue seja bombeado eficientemente pelo corpo. Quando isso ocorre, o indivíduo desmaia e pode morrer em alguns minutos se o ritmo do coração não for restabelecido).
O título da tese do Dr. Andrés Ricardo Perez-Rieira é “O Vectorcardiograma do Padrão Brugada Tipo 1: Estudo Comparativo com Vectorcardiogramas de Sujeitos Hígidos Portadores de Bloqueio Incompleto e Completo do Ramo Direito”. Compuseram a banca examinadora os doutores Braulio Luna Filho e Japy Angeline Oliveira Filho, ambos da Unifesp-Escola Paulista de Medicina, além de Caio Parente Barbosa, Luiz Carlos de Abreu e Augusto Hiroshi Uchida, da FMABC. A defesa ocorreu na manhã de 11 de maio último no Auditório Home Doctor do Instituto de Morfologia da Medicina ABC sob presidência do orientador e Titular da disciplina de Cardiologia, Dr. Celso Ferreira.
Grupo seleto: Dr. Celso Ferreira estava particularmente emocionado pela contribuição da Cardiologia ao inaugurar o Doutorado da FMABC, após 43 anos de criação da escola. Destacou que na disciplina da faculdade as titulações de mestres e doutores abrangem praticamente todos os membros. A pós-graduação Stricto Sensu em Ciências da Saúde da Medicina do ABC é inédita no ABC e foi aprovada em maio de 2010 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério da Educação, após visita dos avaliadores em setembro de 2009. Entre instituições de ensino particulares, menos de 2% em todo o país mantém programas de Doutorado – curso praticamente exclusivo de universidades públicas. No Estado, por exemplo, a única particular com Doutorado em Ciências da Saúde (área de Medicina I) era a Faculdade de Ciências Médica da Santa Casa de São Paulo.
O primeiro “doutor em Ciências da Saúde” pela Medicina ABC é o cardiologista Andrés Ricardo Pérez-Riera, argentino radicado há muitos anos no Brasil e chefe da Eletrocardiografia da faculdade, que teve como orientador o professor Titular de Cardiologia da FMABC, Dr. Celso Ferreira. A tese defendida na área de Proteção Miocárdia se debruçou em estudo sobre modificações que ocorrem na contração do coração e que marcam uma série de moléstias.
A síndrome de Brugada consiste na apresentação de eletro e vectorcardiograma com aspecto diferenciado acompanhado de palpitações graves que conduzem à morte súbita. A tese de Doutorado do Dr. Pérez-Riera, desenvolvida com os dois métodos, demonstrou pelo vectorcardiograma (um eletro tridimensional) que o traçado eletrocardiográfico não está associado ao bloqueio completo do ramo direito do coração, como defendido pelo professor Brugada quando descreveu a síndrome. Dr. Andrés Ricardo Pérez-Rieira derruba, assim, um paradigma da literatura médica mundial (segundo a Fundação Brugada, em 1992 os irmãos Brugada descreveram a síndrome que atingia geralmente homens adultos sem problemas cardíacos estruturais, mas que apresentavam taquicardias e fibrilação ventricular seguida de parada cardíaca. Trata-se de uma arritmia que faz com os ventrículos batam tão rapidamente que podem impedir que o sangue seja bombeado eficientemente pelo corpo. Quando isso ocorre, o indivíduo desmaia e pode morrer em alguns minutos se o ritmo do coração não for restabelecido).
O título da tese do Dr. Andrés Ricardo Perez-Rieira é “O Vectorcardiograma do Padrão Brugada Tipo 1: Estudo Comparativo com Vectorcardiogramas de Sujeitos Hígidos Portadores de Bloqueio Incompleto e Completo do Ramo Direito”. Compuseram a banca examinadora os doutores Braulio Luna Filho e Japy Angeline Oliveira Filho, ambos da Unifesp-Escola Paulista de Medicina, além de Caio Parente Barbosa, Luiz Carlos de Abreu e Augusto Hiroshi Uchida, da FMABC. A defesa ocorreu na manhã de 11 de maio último no Auditório Home Doctor do Instituto de Morfologia da Medicina ABC sob presidência do orientador e Titular da disciplina de Cardiologia, Dr. Celso Ferreira.
Grupo seleto: Dr. Celso Ferreira estava particularmente emocionado pela contribuição da Cardiologia ao inaugurar o Doutorado da FMABC, após 43 anos de criação da escola. Destacou que na disciplina da faculdade as titulações de mestres e doutores abrangem praticamente todos os membros. A pós-graduação Stricto Sensu em Ciências da Saúde da Medicina do ABC é inédita no ABC e foi aprovada em maio de 2010 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério da Educação, após visita dos avaliadores em setembro de 2009. Entre instituições de ensino particulares, menos de 2% em todo o país mantém programas de Doutorado – curso praticamente exclusivo de universidades públicas. No Estado, por exemplo, a única particular com Doutorado em Ciências da Saúde (área de Medicina I) era a Faculdade de Ciências Médica da Santa Casa de São Paulo.
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