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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/12/2011 | Saúde e Ciência
Cara de medo ou de vergonha tem razão biológica, diz estudo
Arregalar os olhos de medo e torcer o nariz de desgosto não são apenas formas de expressar sensações, de acordo com cientistas da Universidade de Oregon, EUA, e de British Columbia, Canadá.

Segundo eles, a expressão facial de emoções, além de ser uma forma de comunicação não verbal, tem razão biológica e evolutiva, preparando o organismo para possíveis armadilhas do ambiente.

"Arregalar os olhos aumenta o campo visual e a velocidade do movimento do globo ocular, permitindo identificar melhor objetos que estejam em volta", escrevem os autores em artigo publicado na revista "Current in Psychological Science", publicada neste mês. Em situações ameaçadoras, como o ataque de um predador, essa capacidade pode ser determinante para a sobrevivência.

Charles Darwin (1809-1882), pai da teoria da evolução, foi o primeiro a escrever sobre o tema, sugerindo que algumas expressões comuns aos humanos eram compartilhadas por animais. Os chimpanzés e outros macacos, por exemplo, inflam o peito para demonstrar orgulho, de acordo com os pesquisadores.

Mais tarde, na década de 1960, estudos mostraram que muitas fisionomias significavam a mesma coisa para culturas diferentes. "Se elas são universalmente conhecidas é porque têm um papel fisiológico e comunicativo e não são apenas construídas culturalmente", argumentam Azim Shariff e Jessica Tracy, autores do artigo.

O trabalho reúne resultados de diversas pesquisas que procuraram desvendar a função de cada tipo de expressão, entre elas medo, surpresa, desgosto, vergonha e orgulho.

De acordo com os estudos, quando uma pessoa não gosta de algo, aquela cara de nojo com o nariz "torcido" e os dentes cerrados é uma forma de inibir o paladar e o olfato, afastando o risco de contato com venenos ou contaminantes.

Já inflar o peito de orgulho aumentaria a produção de testosterona e a capacidade pulmonar, deixando qualquer pessoa mais preparada para interagir socialmente.

No entanto, os autores admitem que são necessárias mais pesquisas para identificar a explicação biológica para fisionomias comuns, como raiva, tristeza e felicidade.

E ressalvam que a teoria das expressões faciais é controversa cientificamente. "Embora os resultados sugiram que há funções fisiológicas, o principal objetivo de expressar emoções na vida contemporânea é a comunicação rápida e não verbal."

Por Juliana Vines, de São Paulo - Folha Online
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