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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/12/2012 | Cidade
Capela da Santa Casa de Mauá Abriga Raros Afrescos de Artista Romeno
Hospital precisa de verba para sua restauração

A capela da Santa Casa de Mauá, localizada em Mauá, no ABC Paulista, abriga raros afrescos do pintor Emeric Marcier, artista plástico romeno, refugiado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, a instituição precisa de verba para garantir a manutenção e conservação dessa preciosidade cultural.

São 23 afrescos de Emeric Marcier, alguns pintados a óleo e outros em têmpera. Os painéis ocupam todas as paredes e o teto da capela, cujo trabalho levou dois anos para ser concluído. Ele começou a pintar a capela em 1943 e no conjunto de afrescos, o artista representou passagens bíblicas, entre elas, a ascensão de Jesus Cristo, a Torre de Babel, os sacrifícios ao bezerro de ouro e a divisão do Mar Vermelho. Marcier dizia que a capela não tinha arquitetura, mas o complexo da Santa Casa é um dos poucos exemplares com influência da arquitetura gótica na cidade de Mauá.

Com o passar do tempo, as obras já necessitaram de duas restaurações, a do teto, em 2010 e das paredes, em 1995, mas, mesmo com todos os cuidados destinados à conservação desse patrimônio, é necessária manutenção preventiva constante. De acordo com o diretor superintendente Harry Horst Walendy, essa conservação constante, quase que uma restauração permanente, tem custo elevado e precisa ser realizada por profissionais especializados e habilitados em restaurações de obras de arte.

“Iniciaremos uma campanha voltada exclusivamente para a restauração da nossa capela, um espaço utilizado pelos pacientes e pela comunidade local, que sedia semanalmente missa aos enfermos”, explica Walendy.

Os interessados em colaborar com a campanha podem fazer doação de recursos materiais ou financeiros, entrando em contato com o hospital pelo telefone (11) 2198-8309 para obter informações sobre a conta específica da campanha e receber o respectivo recibo de doação e o diploma de “Amigo da Santa Casa de Mauá”.

Sobre o artista: Emeric Marcier nasceu em 1916, em Cluj, fronteira com a Hungria. Concluiu os estudos na Escola de Belas Artes Brera, de Milão, em 1938. Veio ao Brasil no início da década de 40, casando-se com a filha de um brigadeiro. De acordo com o livro autobiográfico Deportado para a Vida, residia no Rio de Janeiro havia três anos quando foi convidado a decorar a igrejinha. Em princípio recusou a proposta de trabalhar gratuitamente para os padres. Casado e com dois filhos, a arte era seu sustento.

Um tempo depois decidiu aceitar. Uma das condições impostas foi a retirada dos vitrais da capela para que houvesse mais espaço para os painéis. Marcier pintava dia e noite, mas preferia o trabalho noturno, iluminado apenas por velas. Após a guerra e com o início da ditadura brasileira, Marcier dividiu-se entre Brasil e França e em 1990 faleceu em Paris, aos 94 anos.

Sobre o Hospital: Com 46 anos de fundação, a Santa Casa de Mauá é um dos poucos hospitais da região do Grande ABC que possui UTI neonatal e seus índices de infecção hospitalar estão abaixo da média brasileira. Possui 6 mil metros quadrados de área construída, ambulatório de especialidades, centro de hemodiálise, radiologia, tomografia e laboratório de análises clínicas.

Por PMM - Redação
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