DATA DA PUBLICAÇÃO 10/01/2008 | Cidade
Cão abandonado em sacada é resgatado
A Organização Não-Governamental Clube dos Vira-Latas, de Ribeirão Pires, conseguiu resgatar ontem um cachorro que teria ficado cinco dias preso em uma sacada de apartamento no Condomínio Barão de Mauá, no Parque São Vicente, em Mauá, durante o feriado de Ano-Novo.
Vizinhos do dono do cão chegaram a fazer um boletim de ocorrência por conta do abandono – que é crime segundo o artigo 32 da Lei Federal 9.605/98, que trata de crimes ambientais – no 1º Distrito Policial de Mauá.
Os vizinhos alegam que o cão ficou exposto na sacada sem água e nem comida entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro. “O pessoal tentava jogar comida, mas elas se misturavam às fezes do cachorro”, disse o síndico do prédio, Carlos Pires. A sacada tem área de 1 m².
O resgate ocorreu de forma pacífica. A diretora da ONG, Andréa Brock, esteve no condomínio e explicou ao dono do cachorro, o operador de Máquina Willian de Jesus Pereira, sobre a existência do BO e as conseqüências que um inquérito sobre o caso resultariam (a pena pode chegar a até um ano de prisão).
“Quando for chamada para depor, vou dizer que o cão foi entregue para nós. Mas vou dizer também que ele estava confinado em um espaço inadequado, sem higiene. Além disso, ele apresentou medo do dono. Quando abriu a sacada para nos entregar o cão, o animal se escondeu na casinha dele, características de animal que sofre agressões. Não posso negar esses maus-tratos”, disse Andréa.
O animal, um vira-lata de 6 meses, chamava-se Thor. Os integrantes da ONG decidiram mudar o nome dele para André. “Thor vinha de tortura. Agora ele terá vida nova”, disse Andréa.
O dono do cão rebateu todas as denúncias. Disse que passeava com o cão, que o vacinava e dava banho dia sim, dia não. Sobre o abandono, Pereira disse ter se ausentado do prédio apenas por um dia. “Vendi meu carro. Os vizinhos acharam que eu não estava em casa porque o carro não estava na garagem. Mas eu só viajei por um dia”, garante.
Nas férias, há mais 50% de animais nas ruas
A ONG (Organização Não-Governamental) Clube dos Vira-Latas cuida atualmente de 460 animais. Em novembro, antes das férias de fim de ano, eram 310.
O aumento de quase 50% na população de cães atendidas pela ONG cresceu, segundo a diretora Andréa Brock, justamente por conta das férias. “As pessoas vão viajar e abandonam os animais na rua. Recebemos 60 filhotes em um único dia”, diz.
A ONG cuida de todo tipo de cão que sofreu maus-tratos. “Recebemos uma cachorra na semana passada que tinha sofrido abuso sexual. Quatro operários de uma obra de Ribeirão Pires estavam estuprando a cachorrinha. Agora, ela tem medo de qualquer ser humano. Só nesse flagrante, gastamos R$ 2.800 em cirurgias para salvá-la”, conta Andréa.
A ONG só sacrifica animais caso não haja nenhuma chance de salvá-los. “Cães velhos que são abandonados entram em depressão profunda. Eles se recusam a comer. Muitos deles acabam morrendo”, diz a diretora.
Financeiramente, esta é a pior época do ano para organizações de defesa de animais. Isso porque os custos sobem muito. “Nossos custos aumentam 50%. E os doadores também vão viajar e esquecem de contribuir”, afirma Andréa.
Vizinhos do dono do cão chegaram a fazer um boletim de ocorrência por conta do abandono – que é crime segundo o artigo 32 da Lei Federal 9.605/98, que trata de crimes ambientais – no 1º Distrito Policial de Mauá.
Os vizinhos alegam que o cão ficou exposto na sacada sem água e nem comida entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro. “O pessoal tentava jogar comida, mas elas se misturavam às fezes do cachorro”, disse o síndico do prédio, Carlos Pires. A sacada tem área de 1 m².
O resgate ocorreu de forma pacífica. A diretora da ONG, Andréa Brock, esteve no condomínio e explicou ao dono do cachorro, o operador de Máquina Willian de Jesus Pereira, sobre a existência do BO e as conseqüências que um inquérito sobre o caso resultariam (a pena pode chegar a até um ano de prisão).
“Quando for chamada para depor, vou dizer que o cão foi entregue para nós. Mas vou dizer também que ele estava confinado em um espaço inadequado, sem higiene. Além disso, ele apresentou medo do dono. Quando abriu a sacada para nos entregar o cão, o animal se escondeu na casinha dele, características de animal que sofre agressões. Não posso negar esses maus-tratos”, disse Andréa.
O animal, um vira-lata de 6 meses, chamava-se Thor. Os integrantes da ONG decidiram mudar o nome dele para André. “Thor vinha de tortura. Agora ele terá vida nova”, disse Andréa.
O dono do cão rebateu todas as denúncias. Disse que passeava com o cão, que o vacinava e dava banho dia sim, dia não. Sobre o abandono, Pereira disse ter se ausentado do prédio apenas por um dia. “Vendi meu carro. Os vizinhos acharam que eu não estava em casa porque o carro não estava na garagem. Mas eu só viajei por um dia”, garante.
Nas férias, há mais 50% de animais nas ruas
A ONG (Organização Não-Governamental) Clube dos Vira-Latas cuida atualmente de 460 animais. Em novembro, antes das férias de fim de ano, eram 310.
O aumento de quase 50% na população de cães atendidas pela ONG cresceu, segundo a diretora Andréa Brock, justamente por conta das férias. “As pessoas vão viajar e abandonam os animais na rua. Recebemos 60 filhotes em um único dia”, diz.
A ONG cuida de todo tipo de cão que sofreu maus-tratos. “Recebemos uma cachorra na semana passada que tinha sofrido abuso sexual. Quatro operários de uma obra de Ribeirão Pires estavam estuprando a cachorrinha. Agora, ela tem medo de qualquer ser humano. Só nesse flagrante, gastamos R$ 2.800 em cirurgias para salvá-la”, conta Andréa.
A ONG só sacrifica animais caso não haja nenhuma chance de salvá-los. “Cães velhos que são abandonados entram em depressão profunda. Eles se recusam a comer. Muitos deles acabam morrendo”, diz a diretora.
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