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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2016 | Setecidades
Canil em São Caetano é acusado de vender cães vira-latas como de raça
Canil em São Caetano é acusado de vender cães vira-latas como de raça Vítima pagou R$ 1 mil por um cachorro da raça boxer, mas no lugar recebeu um cão de raça indefinida; diante da situação, abriu boletim de ocorrência no 1º DP de Mauá. Foto: Rodrigo Pinto
Vítima pagou R$ 1 mil por um cachorro da raça boxer, mas no lugar recebeu um cão de raça indefinida; diante da situação, abriu boletim de ocorrência no 1º DP de Mauá. Foto: Rodrigo Pinto
Vítimas do ABCD e da Região Metropolitana de São Paulo conheceram local pela internet

O Canil Agnes, em São Caetano, é acusado de usar a internet para enganar clientes na venda de filhotes. De acordo com vítimas ouvidas pelo ABCD MAIOR, o site mostra fotos de filhotes de raça e garante que os animais são vermifugados (tomaram medicamento para matar vermes) e vacinados. No entanto, após a compra e pagamento do filhote, o estabelecimento entrega cães de raça diferente da escolhida, muitas vezes, de raça indefinida, sem vacinação e os cuidados básicos contra vermes. O proprietário do canil nega todas as acusações.

Uma das vítimas, que pediu para não ser identificada, abriu B.O (Boletim de Ocorrência) no 1º DP (Distrito Policial) de Mauá contra o proprietário do estabelecimento, Arnaldo Loureiro, 51 anos. A vítima comprou um cachorro da raça boxer por R$ 1 mil no canil Agnes. Após alguns dias, percebeu que o cão não se parecia com o da foto do anúncio e que não tinha características específicas de um boxer.

Conforme a vítima, ao entrar em contato com o canil para que o proprietário apresentasse uma posição sobre a situação, Loureiro continuava a confirmar que o cão era boxer puro. “Assim que comecei a reparar as diferenças levei o cachorro ao veterinário, onde foi atestado que o cão era de raça indefinida”, afirmou. Procurado, Loureiro alega que em 20 anos de experiência na venda de cães são apenas nove os casos que apresentaram algum tipo de problema. “Tenho um advogado que está cuidando de tudo. O boxer é puro, tenho o pedigree da mãe e do pai do cão”, garantiu.

OUTRO CANIL

Outra pessoa que passou por problemas com o canil de Loureiro foi a dona de casa Rosa Maria, 58 anos, que mora em Guarulhos. Há três anos, a filha de Maria pagou R$ 1,6 mil por dois cães, porém na época o canil de Loureiro se chamava Vitória e era em São Bernardo. Um dos cachorros foi vendido como sendo da raça collie e outro como maltês. Após não receber nenhum dos dois, Maria entrou em contato com o canil, que disse não ter realizado a entrega devido a uma contaminação na ninhada.

De acordo com Maria, o canil se recusou a devolver o dinheiro e enviou outro cão, que seria da raça shih tzu, uma das mais caras do mercado. Após o primeiro banho, Maria percebeu que a cor do cachorro estava mudando. Ao levar o cachorro ao veterinário, foi atestado que o cão era vira-lata e tinha sido tingido de preto, o que causou infecções na pele do animal. O cachorro morreu depois por causa das infecções.

“Chegamos a processar no Pequenas Causas. Ganhamos, mas ele não pagou. Depois o caso foi indeferido porque o canil não estava em nome dele (Arnaldo Loureiro)”, revelou Maria.
Vítimas também acusam canil de maltratar animais

Outra vítima do suposto golpe da venda de filhotes do canil foi um casal do Interior de São Paulo, que também preferiu não se identificar. Na época o casal veio até São Bernardo, ao canil Vitória, antigo comércio de Arnaldo Loureiro, para comprar dois cães da raça pastor alemão.

Assim que os cachorros começaram a crescer, o casal desconfiou que algo estava errado, pois os cães pareciam fracos. Ao levar os animais ao veterinário foi constatado que os peludos eram vira-latas e que não tinham tido o tratamento básico contra vermes. “Quero que ele seja punido não só por enganar as pessoas, mas também por maltratar os animais”, explicou um dos donos dos pastores alemães.

O responsável pelo canil deixou claro que em todos os casos foi apresentada alguma forma de tentar resolver os problemas. “Tem gente que age de ma fé. Em todos esses casos eu me ofereci para devolver o dinheiro ou entregar um cachorro de outra ninhada. Já vendi mais de 300 filhotes. Geralmente o cliente já se apega sentimentalmente ao cachorro e não quer realizar a troca”, defendeu-se.

Por Diego Brito - ABCD Maior
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