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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/03/2014 | Internacional
Campanha ''não transe com russos'' arrecada verba para tropas da Ucrânia
Campanha ''não transe com russos'' arrecada verba para tropas da Ucrânia A brasileira Eveline (dir.) e amiga usam camiseta da campanha (Foto: Arquivo pessoal/Eveline Buchatskiy)
A brasileira Eveline (dir.) e amiga usam camiseta da campanha (Foto: Arquivo pessoal/Eveline Buchatskiy)
Segundo brasileira que vive em Kiev, ideia veio de jornalistas ucranianas.

Camiseta custa cerca de US$ 25 e dinheiro vai para o Exército ucraniano.


Um grupo de mulheres ucranianas lançou esta semana uma campanha de boicote ao sexo com russos – uma das mais inusitadas formas de protesto surgidas até agora contra o governo do presidente Vladimir Putin, que anexou a península da Crimeia a seu país.

Segundo contou ao G1 a brasileira Eveline Buchatskiy, que vive há sete anos na Ucrânia e é casada com um cidadão do país, as camisetas com os dizeres "Não dê para um russo" custam cerca de US$ 25 (R$ 57) – verba que vai para o Exército ucraniano.

"No meu caso, isso é natural, porque sou casada. Mas o boicote é parte de vários boicotes que estão sendo feitos", explica Eveline.

Além da frase em destaque, a camiseta traz impresso um trecho da obra "Katerina", do poeta ucraniano Taras Shevchenko, que este ano completou 200 anos de nascimento: "Façam amor, negras sobrancelhas, mas nāo com os russos" – segundo a tradução da brasileira.

Ação criada por jornalistas
A campanha de boicote ao sexo com russos foi criada por duas jornalistas. Segundo Eveline, em poucos dias, o sucesso da empreitada foi grande. "Acho que [a campanha] é uma mensagem de que a Ucrânia está assustada, insatisfeita, se sentindo atacada e quer se defender. Os russos têm que acordar para a agressão que fizeram. (...) Para os ucranianos é difícil absorver isso, são povos irmãos. Acho que essa é uma campanha de agressão pequena se comparada ao tamanho da agressão russa."

Katerina Venzhik, editora do site "Delo.UA" e uma das organizadoras da ação, disse ao site da revista americana "Foreign Policy" que "é besteira achar que, no contexto da ocupação militar do território, todos os homens são irmãos". A jornalista considera que "o que a Rússia está fazendo com a Ucrânia é terrível, mas o mundo vê suas ações primeiramente pelo prisma da propaganda pró-Putin."

Segundo Eveline, os boicotes a produtos da Rússia têm funcionado, com uma redução de cerca de 40% no consumo. "Acho que, se nos organizarmos, vai ficar ainda mais forte o boicote. A Ucrânia não tem o mesmo orçamento de relações públicas que os russos. A coisa é mais de cidadão pra cidadão. A gente se defende como pode. E esperamos que a comunidade internacional ajude."

Entenda a crise
A Rússia começou a mover suas tropas para a Crimeia – região ucraniana de marioria russa – após uma série de protestos ter derrubado o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, em fevereiro.

A tensão se intensificou depois de a Crimeia ter aprovado, em referendo, sua adesão à Rússia e de os dois governos terem assinado um tratado confirmando a incorporação. O Ocidente condena a anexação, e vários países já anunciaram sanções à Rússia pela tomada do território. Para saber mais sobre a crise na Crimeia.

Por Giovana Sanchez - G1, em São Paulo
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