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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/01/2008 | Política
Campanha em São Bernardo está indefinida
A dez meses das eleições, pouco se sabe sobre a delineação da campanha à sucessão municipal de São Bernardo. Ainda que se afirme a tendência de polarização entre o PSB – grupo que governa a cidade há dez anos – e o PT, o quadro não começou a se desenhar já que o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, sequer anunciou sua candidatura.

Mas a decisão petista não é a única que interfere na análise do desfecho político durante o ano eleitoral. Outros fatos mal resolvidos no PPS, a chamada terceira via, e no próprio PTB, que apóia o nome de Marinho a prefeito, também podem mudar o rumo da campanha.

Mesmo com a conquista de dois importantes aliados, o ex-prefeito Tito Costa e o vice José Roberto de Mello, o presidente do diretório petebista, o deputado Frank Aguiar, afirma que não há chance de o partido lançar candidato próprio. “Hoje, o desejo do partido é unir-se ao PT, mas ainda é cedo para falar sobre o assunto”, despista.

A indecisão pode comprometer o futuro da legenda. O primeiro indício de desentendimento já é visível no comportamento do ex-governista Tito Costa, que anunciou o desejo de lançar candidatura própria. Segundo ele, “a proximidade com os petistas só ocorreria caso houvesse segundo turno.”

Na opinião de Frank, a possível pluralização dificultaria o pleito. “Sabemos que brigar com a máquina é desleal, portanto, é mais conveniente se aliar ao candidato (da oposição) com maior possibilidade de ganhar, do que simplesmente entrar no jogo para atrapalhar”, disse, em entrevista concedida ao Diário em novembro.

Terceira via - Ex-secretário de Obras e presidente do diretório municipal do PPS, Otávio Manente também nega a possibilidade de união com o grupo governista. Nem mesmo o bom relacionamento que ele diz ter com o prefeito William Dib (PSB) o faz pensar em uma futura coligação. “Não haverá negociação com o governo.”

Enquanto não decide quem será o candidato do partido a prefeito e vice, o arquiteto insiste na idéia da independência partidária. “Temos candidato próprio, mas ainda não definimos se será Otávio ou Alex (seu filho). Qualquer definição agora seria antecipada. Só em abril, após as pesquisas, anunciaremos os nomes”, enfatiza.

Força governista - Único com candidatura consolidada, o ex-prefeito Maurício Soares não subestima os adversários. Diferentemente do prefeito, que acredita na “vitória fácil” do governista, o candidato é cauteloso ao comentar a probabilidade do segundo turno.

“Ouso discordar do prefeito, será uma campanha acirrada”, analisa. Mesmo afirmando a eventual polarização com os petistas, ele evita o assunto. “O PT se apresenta como principal concorrente, mas não podemos afirmar nada, porque tudo indica a existência de mais candidaturas.”

Mas nem mesmo a ameaça de uma possível aliança entre o PTB, o PPS e o PT intimida Maurício. “É verdade que o PT tem tido mais êxito na atração de legendas, no entanto, apenas nós temos uma definição. Não vejo esta certeza nos outros partidos”, conclui.

Para cientista político, Maurício Soares é o favorito

Mesmo sem a divulgação de pesquisas sobre a eleição do próximo ano em São Bernardo, uma análise prematura favorece o candidato da situação Maurício Soares (PSB). A credibilidade que o governista teria conquistado entre a população são-bernardense é apontada pelo cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas, como a principal arma na luta pela sucessão municipal.

Para o especialista, Maurício é capaz de vencer o pleito no primeiro turno caso a movimentação da oposição continue tímida. “Ele já passou por quase três governos e ainda mantém prestígio entre o eleitorado. Isso significa que sua imagem está consolidada.”

Mesmo considerando a trajetória do PT no município, o cientista destaca que a legenda perdeu força na cidade nos últimos anos, um problema que pode comprometer o resultado da eleição. “Quando Maurício saiu do partido levou parte dos eleitores com ele”, considera.

Coligação - Na opinião de Teixeira, a formação de alianças partidárias seria a melhor alternativa para garantir uma eleição disputada, no entanto, até o momento, a oposição não definiu as coligações.

“Partidos como o PPS e o PTB são coadjuvantes na história. É preciso lembrar que na última eleição, por exemplo, houve polarização com o PT e a legenda sofreu uma derrota vergonhosa (à época William Dib conquistou 76,3% dos votos válidos contra o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho)”, afirma.

Segundo ele, o voto está atrelado muito mais à confiabilidade na pessoa do que no partido. “A leitura que deve ser feita é com relação à liderança partidária. Hoje, a força política de São Bernardo está na Prefeitura”, finaliza.

Por Rita Donato - Diário do Grande ABC
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