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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/09/2007 | Setecidades
Caminhão invade posto e mata mulher
Um caminhão carregado com 25 toneladas de bobinas de alumínio ficou sem freio na manhã de segunda-feira, entrou em um posto de combustíveis e causou a morte de Iolanda Regina Benatti, 43 anos.

A gerente do estabelecimento havia acabado de chegar no escritório, por volta das 10h, quando o veículo invadiu o local, na Avenida Robert Kennedy, na região do bairro Planalto, em São Bernardo. O caminhão estava a uma velocidade aproximada de 100 km/h. O motorista Lorenzo Benine, 46, ficou gravemente ferido.

O caminhão só parou depois de atravessar 5 metros de paredes de concreto do escritório, que fica no fundo do pátio. A gerente morreu na hora.

O motorista Benini foi resgatado inconsciente das ferragens da cabine e levado de helicóptero para o Hospital Santa Marcelina, na zona Leste de São Paulo. Ele teve traumatismos de crânio e face e sua coluna foi lesionada. Neurocirurgiões acompanham seu quadro.

Desgovernado - Testemunhas do acidente afirmam que o motorista tentou dar a partida com o veículo em movimento. Ele não teria conseguido e o caminhão cruzou desgovernado um trecho de aproximadamente um quilômetro até o posto.

“Depois da batida, o ajudante (do caminhoneiro) chegou correndo e disse que tinha tirado o calço da roda para que o motorista desse a partida no tranco”, diz Leonardo Teixeira, 25 anos, dono do lava-rápido do posto.

O caminhão ganhou velocidade na ladeira da Avenida Dom Jaime de Barros Câmara e seguiu em linha reta. Com o motor desligado, o sistema de freios e a direção hidráulica não teriam funcionado, o que inviabilizou qualquer tentativa de manobra.

Por sorte, nenhum carro passava pelo cruzamento da Dom Jaime Câmara com a Kennedy no momento em que o caminhão avançou em direção ao posto.

Em agosto, acidente deixou seis feridos e um morto em Diadema

Há menos de um mês, no dia 6 de agosto, um caminhão desgovernado invadiu a calçada da Avenida Presidente Kennedy, em Diadema, e atropelou seis pessoas. Uma delas morreu.

O corpo da professora Eunice Claudino do Nascimento Oliveira, 45 anos, teve que ser reconstituído no IML (Instituto Médico-Legal) para que pudesse ser sepultado.

Antes de atropelar os pedestres que passavam pela rua, uma EcoEsport, um ônibus e outro caminhão foram atingidos. O motorista conseguiu desviar de um posto de combustíveis e invadiu uma loja de artigos para marcenaria.

O acidente só não foi mais grave porque era horário do almoço e a loja estava quase vazia. O motorista do caminhão, Luiz Mendonça dos Santos, 42 anos, foi indiciado nos artigos 302 e 303 do Código Brasileiro de Trânsito, por homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo – quando não há intenção de cometer o crime. Se for condenado, pode pegar até nove anos de prisão.

"A sensação era de que estava tendo um terremoto"

Pessoas que estavam no posto dizem ter visto o caminhão desgovernado se aproximar e, mesmo assim, se assustaram com o impacto do veículo na parede do escritório.

“Foi um barulho muito forte. A sensação era de que estava tendo um terremoto”, disse Leonardo Teixeira, 25 anos, dono do lava-rápido do posto. Pouco antes, ele havia tirado da frente do escritório o carro do pai de seu sócio.

Outro que escapou por pouco foi o pedreiro Evandro Soares Gomes, 41, que instalava acessórios, como toalheiros e suportes para papel-higiênico no banheiro, localizado ao lado do escritório.

Poeirão - Teve o barulho e logo em seguida subiu um poeirão. Achei que isso aqui estava desabando”, afirma Gomes. Ele conseguiu escapar por um buraco aberto na parede.

Da Avenida Robert Kennedy, Danilo Garcia, 22, dono de uma transportadora, viu quando o caminhão descia desgovernado a Avenida D. Jaime de Barros Câmara em direção ao posto. “O motorista buzinava feito louco. Sabia que não ia conseguir parar.”

"Gritei o nome dela, mas ninguém respondeu"

A frentista Kátia Aparecida de Siqueira, 41 anos, escapou por pouco do acidente que matou sua chefe, a gerente Iolanda Regina Benatti, 43, na manhã de segunda-feira.

As duas haviam acabado de conversar no escritório. Kátia pegou alguns documentos das mãos de Iolanda e saiu da sala. A frentista foi a última pessoa a vê-la com vida.

Logo depois, Iolanda se trancou no escritório e foi arrastada pelo caminhão desgovernado. “Fiquei desesperada, gritando seu nome, mas ninguém respondia”, diz.

Funcionários do posto e pedestres foram os primeiros a revirar os escombros em busca de Iolanda antes da chegada do Corpo de Bombeiros, cinco minutos após o acidente.

O primeiro a ser resgatado foi o motorista do caminhão. Ele estava preso às ferragens retorcidas da cabine e a operação durou 40 minutos.

O corpo de Iolanda só foi encontrado duas horas depois. Familiares que acompanhavam o trabalho dos bombeiros entraram em choque ao receberem a notícia.

Enquanto as equipes vasculhavam os escombros, o marido de Iolanda chegou a se ajoelhar no asfalto da Avenida Robert Kennedy. Abatido, ele deixou o local sem conversar com a imprensa.

Por Rodrigo Cipriano - Diário do Grande ABC / Foto: Fernanda Borges
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