DATA DA PUBLICAÇÃO 03/02/2013 | Política
Câmaras terão 70 vereadores novatos em atuação nos plenários
Legislativos oferecem cursos e materiais para consulta dos interessados, mas nem todos aproveitam
Com a retomada das sessões nas câmaras municipais da Região após o recesso, 70 vereadores estreantes – do total de 142 – vão exercer pela primeira vez na vida um cargo eletivo no Legislativo. Enquanto algumas câmaras oferecem cursos para “treinar” os novatos, outras dão suporte técnico para consulta dos interessados, mas nem todos aproveitam a oportunidade de aprender.
Este é o caso de São Bernardo, que, para preparar os estreantes, ofereceu orientações jurídicas e administrativas através de uma espécie de curso.
O convite foi feito para todos os parlamentares, mas o objetivo era mostrar principalmente o funcionamento do Legislativo para os novatos. Mesmo assim, nem todos os estreantes compareceram. Alguns novatos admitem que é normal ter dúvida e, por isso, uma preparação antes do início das atividades oficiais seria importante. É o caso dos parlamentares Reginaldo Burguês (DEM) e Rafael Demarchi (PSD). “É importante porque este é o meu primeiro mandato e não conheço as coisas dentro da Câmara. Sei do que a cidade precisa, porque tenho experiência na rua, mas estava um pouco perdido”, avaliou Burguês.
Dos 28 vereadores da Câmara de São Bernardo, 39%, ou seja, 11 parlamentares, são novatos.
Santo André
O grupo de vereadores novatos na Câmara de Santo André conseguiu fazer uma renovação no Legislativo. Dos 21 vereadores, 12 nunca assumiram oficialmente um mandato. E à frente dessa agremiação destacam-se dois parlamentares que foram com sede ao pote e podem cair nos primeiros passos. Sargento Lobo e Cosmo do Gás, ambos do PDT, estão sob a mira dos caciques pedetistas, que os acusam de infidelidade partidária. Durante a eleição para a Mesa Diretora, a dupla votou na chapa do vereador Donisete Pereira (PV), sendo que a cúpula pedetista já havia fechado acordo com o indicado do prefeito Carlos Grana (PT), o também petista Montorinho. Uma carta pedindo punição aos dois foi encaminhada à executiva estadual, que deve convocá-los a esclarecer o caso.
Em São Caetano, 11 novas caras vão configurar a Câmara. Porém, a maioria dos novos vereadores já tinha os pés na política de alguma forma, ou por meio de seus “padrinhos políticos” ou por trabalhos anteriores. O advogado Eder Xavier (PC do B), por exemplo, sempre manteve a oposição ao ex-prefeito José Auricchio Júnior (PTB) e foi defensor jurídico do empresário Antonio Cressoni, que em 2008 denunciou suposto desvio de verba na administração pública.
Outro caso de força política é o de Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato (PDT), que foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos municipal. Magali Selva Pinto (PSD) também assume pela primeira vez uma cadeira na Câmara, mas foi secretária de Educação na gestão de Auricchio. Apenas Paulo Roberto de Jesus (PMDB), o Roberto do Proerd, pode ser considerado o que menos atuou na política antes de assumir mandato. O policial militar ganhou notoriedade pelo trabalho no Programa de Resistência às Drogas.
Mauá
Em Mauá, são oito novatos na Câmara, 35% dos 23 eleitos para essa legislatura. Alguns não chegam totalmente desinformados a respeito das normas internas, pois já foram assessores de vereadores experientes. Mas, no geral, a perspectiva é de que o aprendizado só virá com a prática legislativa. O diretor-geral da Casa, Aldo Cursino, disse que uma das prioridades foi promover cursos de qualificação aos novos funcionários que vão assessorar os parlamentares.
Em Diadema, dos seis componentes da Mesa, quatro são figuras novas. Os novatos chegaram com pompa em momento de mudança na Casa. Até o momento, a maioria ainda não definiu se ocupará lugar na oposição ou base aliada ao governo - questão que vem sendo utilizada para barganhar espaço na nova administração. (Nicole Briones, Renan Fonseca, Rodrigo Bruder e Karen Marchetti)
Estreantes se impõem em Ribeirão e Rio Grande
Em Ribeirão Pires e Rio Grande, mais da metade dos parlamentares nunca havia assumido uma vaga no Legislativo. Apesar da falta de experiência, porém, os novatos chegaram querendo se impor. Nas duas cidades, os vereadores de primeira viagem se preocuparam em garantir espaço nas Mesas Diretoras desde o início.
Em Rio Grande, essa articulação foi encabeçada por Claurício Bento (DEM), que juntou outros vereadores novatos para formar um grupo para a disputa. “Tínhamos a ideia de uma chapa com novos, mas chegamos ao acordo de ceder a vaga, pelo fato de o Edvaldo Guerra (PV) ter experiência. Mas isso não significa que seremos menos atuantes; pelo contrário, tenho uma grande preocupação em trazer recursos e melhorar a qualidade de vida dos moradores de Rio Grande”, disse.
No município, dos 13 vereadores da Casa, oito são novos, sendo que sete nunca haviam sido vereadores, ou seja, 53% das cadeiras serão ocupadas por iniciantes. Um acerto garantiu a participação maciça dos novatos na chapa que venceu a disputa da Mesa Diretora, e Claurício ficou com a vaga de vice na chapa. Além disso, o acordo com o presidente eleito na Casa, Edvaldo Guerra (PV), garante um apoio ao seu nome como próximo presidente no segundo biênio.
Em Ribeirão, a articulação deu mais trabalho, isso porque eram muitos os partidos que gostariam de ter um cargo na Mesa, o que deixou alguns novatos de fora. Foi o caso de Mercedes D’Orto (PV), a vereadora mais bem votada na cidade. Para Renato Foresto (PT), que entra na Casa pela primeira vez, é preciso mostrar que os novos estão abertos à discussão e que querem fazer a diferença.
Dos 17 eleitos em Ribeirão, 10 nunca foram parlamentares, ou seja, 58% da Câmara é composta por iniciantes. Na Casa, os comentários são de que os novatos já chegaram escolhendo os gabinetes de sua preferência, fazendo pedidos e impondo sua vontade. (Fabíola Andrade)
Com a retomada das sessões nas câmaras municipais da Região após o recesso, 70 vereadores estreantes – do total de 142 – vão exercer pela primeira vez na vida um cargo eletivo no Legislativo. Enquanto algumas câmaras oferecem cursos para “treinar” os novatos, outras dão suporte técnico para consulta dos interessados, mas nem todos aproveitam a oportunidade de aprender.
Este é o caso de São Bernardo, que, para preparar os estreantes, ofereceu orientações jurídicas e administrativas através de uma espécie de curso.
O convite foi feito para todos os parlamentares, mas o objetivo era mostrar principalmente o funcionamento do Legislativo para os novatos. Mesmo assim, nem todos os estreantes compareceram. Alguns novatos admitem que é normal ter dúvida e, por isso, uma preparação antes do início das atividades oficiais seria importante. É o caso dos parlamentares Reginaldo Burguês (DEM) e Rafael Demarchi (PSD). “É importante porque este é o meu primeiro mandato e não conheço as coisas dentro da Câmara. Sei do que a cidade precisa, porque tenho experiência na rua, mas estava um pouco perdido”, avaliou Burguês.
Dos 28 vereadores da Câmara de São Bernardo, 39%, ou seja, 11 parlamentares, são novatos.
Santo André
O grupo de vereadores novatos na Câmara de Santo André conseguiu fazer uma renovação no Legislativo. Dos 21 vereadores, 12 nunca assumiram oficialmente um mandato. E à frente dessa agremiação destacam-se dois parlamentares que foram com sede ao pote e podem cair nos primeiros passos. Sargento Lobo e Cosmo do Gás, ambos do PDT, estão sob a mira dos caciques pedetistas, que os acusam de infidelidade partidária. Durante a eleição para a Mesa Diretora, a dupla votou na chapa do vereador Donisete Pereira (PV), sendo que a cúpula pedetista já havia fechado acordo com o indicado do prefeito Carlos Grana (PT), o também petista Montorinho. Uma carta pedindo punição aos dois foi encaminhada à executiva estadual, que deve convocá-los a esclarecer o caso.
Em São Caetano, 11 novas caras vão configurar a Câmara. Porém, a maioria dos novos vereadores já tinha os pés na política de alguma forma, ou por meio de seus “padrinhos políticos” ou por trabalhos anteriores. O advogado Eder Xavier (PC do B), por exemplo, sempre manteve a oposição ao ex-prefeito José Auricchio Júnior (PTB) e foi defensor jurídico do empresário Antonio Cressoni, que em 2008 denunciou suposto desvio de verba na administração pública.
Outro caso de força política é o de Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato (PDT), que foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos municipal. Magali Selva Pinto (PSD) também assume pela primeira vez uma cadeira na Câmara, mas foi secretária de Educação na gestão de Auricchio. Apenas Paulo Roberto de Jesus (PMDB), o Roberto do Proerd, pode ser considerado o que menos atuou na política antes de assumir mandato. O policial militar ganhou notoriedade pelo trabalho no Programa de Resistência às Drogas.
Mauá
Em Mauá, são oito novatos na Câmara, 35% dos 23 eleitos para essa legislatura. Alguns não chegam totalmente desinformados a respeito das normas internas, pois já foram assessores de vereadores experientes. Mas, no geral, a perspectiva é de que o aprendizado só virá com a prática legislativa. O diretor-geral da Casa, Aldo Cursino, disse que uma das prioridades foi promover cursos de qualificação aos novos funcionários que vão assessorar os parlamentares.
Em Diadema, dos seis componentes da Mesa, quatro são figuras novas. Os novatos chegaram com pompa em momento de mudança na Casa. Até o momento, a maioria ainda não definiu se ocupará lugar na oposição ou base aliada ao governo - questão que vem sendo utilizada para barganhar espaço na nova administração. (Nicole Briones, Renan Fonseca, Rodrigo Bruder e Karen Marchetti)
Estreantes se impõem em Ribeirão e Rio Grande
Em Ribeirão Pires e Rio Grande, mais da metade dos parlamentares nunca havia assumido uma vaga no Legislativo. Apesar da falta de experiência, porém, os novatos chegaram querendo se impor. Nas duas cidades, os vereadores de primeira viagem se preocuparam em garantir espaço nas Mesas Diretoras desde o início.
Em Rio Grande, essa articulação foi encabeçada por Claurício Bento (DEM), que juntou outros vereadores novatos para formar um grupo para a disputa. “Tínhamos a ideia de uma chapa com novos, mas chegamos ao acordo de ceder a vaga, pelo fato de o Edvaldo Guerra (PV) ter experiência. Mas isso não significa que seremos menos atuantes; pelo contrário, tenho uma grande preocupação em trazer recursos e melhorar a qualidade de vida dos moradores de Rio Grande”, disse.
No município, dos 13 vereadores da Casa, oito são novos, sendo que sete nunca haviam sido vereadores, ou seja, 53% das cadeiras serão ocupadas por iniciantes. Um acerto garantiu a participação maciça dos novatos na chapa que venceu a disputa da Mesa Diretora, e Claurício ficou com a vaga de vice na chapa. Além disso, o acordo com o presidente eleito na Casa, Edvaldo Guerra (PV), garante um apoio ao seu nome como próximo presidente no segundo biênio.
Em Ribeirão, a articulação deu mais trabalho, isso porque eram muitos os partidos que gostariam de ter um cargo na Mesa, o que deixou alguns novatos de fora. Foi o caso de Mercedes D’Orto (PV), a vereadora mais bem votada na cidade. Para Renato Foresto (PT), que entra na Casa pela primeira vez, é preciso mostrar que os novos estão abertos à discussão e que querem fazer a diferença.
Dos 17 eleitos em Ribeirão, 10 nunca foram parlamentares, ou seja, 58% da Câmara é composta por iniciantes. Na Casa, os comentários são de que os novatos já chegaram escolhendo os gabinetes de sua preferência, fazendo pedidos e impondo sua vontade. (Fabíola Andrade)
Assine nosso Feed RSSAs últimas | Política
25/09/2018 | Bolsonaro inicia dieta branda e faz caminhada fora do quarto, diz boletim
21/09/2018 | Bolsonaro diz nunca ter cogitado volta da CPMF e fixa postagem no seu Twitter
20/09/2018 | Ibope: Em São Paulo, Bolsonaro se isola com 30% das intenções de voto
As mais lidas de Política
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda