DATA DA PUBLICAÇÃO 16/07/2011 | Política
Câmara quer revogar Cidade Pirelli
A Câmara de Santo André cobrará da Prefeitura estudo sobre a parceria firmada entre o município e a empresa Pirelli, em 1998, gestão do então prefeito Celso Daniel para a construção da Cidade Pirelli, na Vila Homero Thon. Como foram feitas isenções de impostos e permutas de mais de 16 mil metros quadrados de áreas, os vereadores temem que a população tenha de arcar com possíveis prejuízos, uma vez que o projeto foi abortado pela atual administração Aidan Ravin (PTB), que tem negociado um novo empreendimento encabeçado pela empresa Brookfield.
Comissão formada pelos parlamentares José Montoro Filho, o Montorinho (PT), Paulinho Serra (PSDB) e Almir Cicote (PSB) prepara nova audiência pública para discutir o assunto. Também será elaborado requerimento de informações ao Executivo sobre a questão das áreas e a renúncia fiscal. Os três vereadores defendem até a revogação da lei 7.747/23 de 23 de novembro de 1998 que institui a Operação Urbana Pirelli, caso o projeto não seja colocado em prática na íntegra.
“Não tem sentido manter a lei e os benefícios se o projeto original não será mantido”, afirmou o vereador Montorinho ao acrescentar que o Legislativo quer saber do governo Aidan se haverá continuidade da multinacional Brookfield em arcar com o compromisso assumido pela empresa Pirelli.
Paulinho Serra disse que ninguém é contra o novo projeto, mas é preciso ter mais transparência na divulgação de todos os dados e propõe a convocação do secretário de Habitação, Frederico Muraro Filho, para prestar esclarecimentos à Câmara, no início de agosto.
O vereador Cicote disse estar preocupado com eventuais prejuízos ao município por conta da renúncia fiscal já efetuada pela Prefeitura.
Novo projeto - A Brookfield comprou por R$ 50 milhões, da Pirelli, áreas que somam 45 mil m² . O projeto, que já passou por alterações, agora contará com imóveis residenciais, shopping e hotéis. Os investimentos devem girar em torno de R$ 700 milhões.
O diretor da empresa Brookfield, José de Albuquerque, informou que em um terreno de 7 mil m² serão construídas duas torres com 168 apartamentos. Em uma segunda área de 12 mil m² serão erguidas mais três torres com 480 apartamentos, sendo que em outro lote de 26 mil m² haverá um complexo comercial com shopping, além de duas torres com 350 flats e outra torre com 505 salas comerciais.
A Prefeitura e a Pirelli foram procuradas, mas até o fechamento desta edição não haviam retornado para se posicionarem sobre o assunto.
Projeto inicial previa US$ 200 mi
A Cidade Pirelli, idealizada em 1998 pelo ex-prefeito Celso Daniel (PT), morto em 2002, previa investimentos de US$ 200 milhões. O megaprojeto continha shoppings, cinemas, restaurantes, hotel, centros comerciais e um parque florestal.
A Cidade Pirelli seria o maior empreendimento na América Latina e tinha como objetivo revalorizar a área onde funcionou a antiga fábrica de cabos elétricos e telefônicos da Pirelli, cujas linhas de produção foram transferidas para Sorocaba.
Havia também uma proposta de a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) revitalizar a Parada Pirelli, com a modernização das plataformas e instalação de catracas. A parada ficava entre as estações Santo André e Capuava, mas foi desativada em junho de 2006.
A Prefeitura de Santo André gastou R$ 30 milhões na construção do viaduto Cassaquera, mas de acordo com os vereadores a responsabilidade legal seria da Pirelli e de seus parceiros. O vereador José Montoro Filho, o Montorinho (PT), também disse que a empresa seria responsável pela construção de uma passarela, além de promover transformações urbanísticas através da melhoria do sistema viário, requalificação urbana da área, valorização ambiental da região, e implantação de equipamentos púbicos, como construção de unidade escolar.
Para viabilizar o projeto, foram transferidos 16.116,69 m² em áreas públicas, entre elas a avenida Alexandre de Gusmão, entre o córrego Cassaquera e a rua Artur Friedenreich (5.388,29 m²), avenida Alexandre de Gusmão entre a avenida Capuava e a avenida Pedro Américo (7.039,75 m²) e parte da Rua Petrarca (2.181,72 m²).
A lei da Cidade Pirelli também tem artigo que obriga a Prefeitura a publicar nos atos oficiais do município, os valores arrecadados a título de contrapartida, bem como a destinação dada aos mesmos.
Comissão formada pelos parlamentares José Montoro Filho, o Montorinho (PT), Paulinho Serra (PSDB) e Almir Cicote (PSB) prepara nova audiência pública para discutir o assunto. Também será elaborado requerimento de informações ao Executivo sobre a questão das áreas e a renúncia fiscal. Os três vereadores defendem até a revogação da lei 7.747/23 de 23 de novembro de 1998 que institui a Operação Urbana Pirelli, caso o projeto não seja colocado em prática na íntegra.
“Não tem sentido manter a lei e os benefícios se o projeto original não será mantido”, afirmou o vereador Montorinho ao acrescentar que o Legislativo quer saber do governo Aidan se haverá continuidade da multinacional Brookfield em arcar com o compromisso assumido pela empresa Pirelli.
Paulinho Serra disse que ninguém é contra o novo projeto, mas é preciso ter mais transparência na divulgação de todos os dados e propõe a convocação do secretário de Habitação, Frederico Muraro Filho, para prestar esclarecimentos à Câmara, no início de agosto.
O vereador Cicote disse estar preocupado com eventuais prejuízos ao município por conta da renúncia fiscal já efetuada pela Prefeitura.
Novo projeto - A Brookfield comprou por R$ 50 milhões, da Pirelli, áreas que somam 45 mil m² . O projeto, que já passou por alterações, agora contará com imóveis residenciais, shopping e hotéis. Os investimentos devem girar em torno de R$ 700 milhões.
O diretor da empresa Brookfield, José de Albuquerque, informou que em um terreno de 7 mil m² serão construídas duas torres com 168 apartamentos. Em uma segunda área de 12 mil m² serão erguidas mais três torres com 480 apartamentos, sendo que em outro lote de 26 mil m² haverá um complexo comercial com shopping, além de duas torres com 350 flats e outra torre com 505 salas comerciais.
A Prefeitura e a Pirelli foram procuradas, mas até o fechamento desta edição não haviam retornado para se posicionarem sobre o assunto.
Projeto inicial previa US$ 200 mi
A Cidade Pirelli, idealizada em 1998 pelo ex-prefeito Celso Daniel (PT), morto em 2002, previa investimentos de US$ 200 milhões. O megaprojeto continha shoppings, cinemas, restaurantes, hotel, centros comerciais e um parque florestal.
A Cidade Pirelli seria o maior empreendimento na América Latina e tinha como objetivo revalorizar a área onde funcionou a antiga fábrica de cabos elétricos e telefônicos da Pirelli, cujas linhas de produção foram transferidas para Sorocaba.
Havia também uma proposta de a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) revitalizar a Parada Pirelli, com a modernização das plataformas e instalação de catracas. A parada ficava entre as estações Santo André e Capuava, mas foi desativada em junho de 2006.
A Prefeitura de Santo André gastou R$ 30 milhões na construção do viaduto Cassaquera, mas de acordo com os vereadores a responsabilidade legal seria da Pirelli e de seus parceiros. O vereador José Montoro Filho, o Montorinho (PT), também disse que a empresa seria responsável pela construção de uma passarela, além de promover transformações urbanísticas através da melhoria do sistema viário, requalificação urbana da área, valorização ambiental da região, e implantação de equipamentos púbicos, como construção de unidade escolar.
Para viabilizar o projeto, foram transferidos 16.116,69 m² em áreas públicas, entre elas a avenida Alexandre de Gusmão, entre o córrego Cassaquera e a rua Artur Friedenreich (5.388,29 m²), avenida Alexandre de Gusmão entre a avenida Capuava e a avenida Pedro Américo (7.039,75 m²) e parte da Rua Petrarca (2.181,72 m²).
A lei da Cidade Pirelli também tem artigo que obriga a Prefeitura a publicar nos atos oficiais do município, os valores arrecadados a título de contrapartida, bem como a destinação dada aos mesmos.
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