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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/05/2009 | Cidade
Câmara de Mauá aprova bonificação de 89% a médicos
A Câmara de Mauá aprovou ontem, em definitivo, a lei que concede gratificação de 89% do salário aos médicos plantonistas que trabalham na rede municipal. A matéria teve votação unânime na Casa.

A presidente do Sindicato dos Médicos de Santo André e Região, Doroti Baraniuk, comemorou a conquista. "Um médico, em clínica básica, vai para R$ 6.200. No plantão, o bônus vai para R$ 800."A Prefeitura não confirmou o número de profissionais que devem se beneficiar com a nova gratificação, nem o impacto financeiro no orçamento de Mauá.

Apesar do aumento salarial dos médicos, o Sindserv (Sindicato dos Servidores do Município de Mauá) reclama que não houve discussão com a Prefeitura. "A reunião estava marcada para ontem (anteontem), mas a Prefeitura cancelou e marcou para segunda-feira. Queremos um prazo para que esse benefício se estenda para outros profissionais da Saúde", justificou o presidente Jesomar Alves Lobo.

Segundo ele, o secretário de Governo, José Luiz Cassimiro, presidiria a reunião. "O relacionamento com a administração está muito difícil. Se a Prefeitura tivesse chamado o sindicato para discutir esse assunto antes, não haveria tanta polêmica", desabafou.

A falta de diálogo e de informações no projeto também foi alvo de críticas da oposição. "Eu desafio um parlamentar a subir na tribuna e dizer quantos profissionais receberão os benefícios e o valor do bônus", reclamou Manoel Lopes (DEM) no plenário. Apesar de rebater as críticas do parlamentar contra a administração, nenhum dos vereadores governistas atreveu-se a arriscar dizer quais os números.

Calamidade - A Secretaria de Saúde aguardava a aprovação do aumento para tentar superar as dificuldades na contratação. O setor enfrenta caos desde o fim do contrato com a Instituição Sorrindo Para a Vida, que possuía médicos terceirizados no atendimento municipal.

Com o cancelamento do convênio e sem a efetivação de um novo contrato, a Prefeitura criou 150 novas vagas celetistas (em regime de CLT) para a Saúde. Com o baixo valor salarial, teve dificuldades em suprir a defasagem do quadro.

Doroti atesta que, com a nova gratificação, a situação não deve voltar a ocorrer.

Por Paula Cabrera - Diário do Grande ABC
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