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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/02/2014 | Economia
Calor não impacta nos preços de frutas na região
Calor não impacta nos preços de frutas na região Foto: Orlando Filho/DGABC
Foto: Orlando Filho/DGABC
As frutas se destacaram em meio ao grupo de produtos hortifrúti e não inflacionaram devido ao calor intenso – que vem castigando a produção de verduras desde o início de janeiro. Pelo contrário, na região elas chegaram a ficar até 19% mais baratas.

Na maior distribuidora de produtos agropecuários da Grande São Paulo, a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o preço médio das frutas, durante a primeira quinzena deste mês, ficou estável em relação à média de janeiro, destacou o economista Josmar Macedo.

Talvez pela diferença de estrutura das plantas desses produtos, ressaltou Macedo, elas não apresentaram degradação como as verduras, que na Ceagesp registraram alta média de 40%, e os legumes, que encareceram nas primeiras semanas de fevereiro 20%.

A alface, conforme publicou o Diário na edição de sábado, dia 15, gerou prejuízos aos produtores e encareceu 100%. Isso ocorreu porque folhas sofreram queimaduras com o sol intenso e a terra, superaquecida, matou a raiz da folhagem, mais sensível.

Engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia de Abastecimento Integrado de Santo André), Fabio Vezzá De Benedetto lembrou ainda que o calor poderia prejudicar as frutas, principalmente no transporte e na armazenagem. Mas, conforme pesquisa da cesta básica semanal do estabelecimento, esse problema não ocorreu na região.

BANANA E LARANJA - O levantamento capta os preços em 16 supermercados do Grande ABC. O quilo da banana, por exemplo, apresentou deflação de 19%, na semana passada, em relação aos sete dias anteriores, diminuindo de R$ 2,45, em média, para R$ 1,98. E, mesmo com a volta às aulas, período em que a demanda pela fruta aumenta porque as escolas a oferecem na merenda, a oferta não foi prejudicada a ponto de encarecer o produto. Desta maneira, a tese de que o calor tem baixa influência nos preços é reforçada.

No caso da laranja, apesar do aumento da demanda, principalmente para fazer sucos da fruta, o custo também não subiu. A pesquisa da Craisa não aponta incremento de preços e deixa claro que o maior consumo durante o verão não foi o suficiente para que o item faltasse nos supermercados e, como consequência, encarecesse. O quilo da laranja na semana passada, pelo contrário, recuou 2,8%, passando de R$ 2,11 para R$ 2,05.

O levantamento regional mensura apenas os custos dos dois produtos, os mais populares entre as donas de casa.

Segundo Benedetto, o barateamento dos produtos, na média, é incentivado pela diferença de até 80% entre os valores cobrados nos supermercados. Isso se deve aos preços cobrados pelos fornecedores que, se conservam melhor as frutas, vendem em maior quantidade e, portanto, não elevam os preços. Já os que não têm essa capacidade, geram mais perdas e, pela oferta reduzida, elevam o montante cobrado.

RISCO - O engenheiro da Craisa lembrou que há a possibilidade de formação de um novo cenário de preços para as frutas. Isso porque, desde quinta-feira, dia 13, choveu todos os dias na região. E, da mesma maneira como o calor intenso tem o poder de prejudicar a oferta desses produtos, o excesso de chuvas também apresenta o mesmo risco. “Se, por exemplo, as plantações ficarem encharcadas, ou as chuvas muito fortes, como as de granizo, machucarem as frutas, pode ser que os preços subam”, disse Benedetto.

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), porém, estão previstas pancadas de chuvas até sexta-feira, dia 21, mas nada torrencial. O que não deve impactar nas plantações e, consequentemente, nos preços praticados ao consumidor.

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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