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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2014 | Economia
Calor faz venda de ventilador ser até 5 vezes maior que no ano passado
Em SP, clientes dizem ser difícil encontrar aparelho; lojas negam que falte.

Fabricantes contratam funcionários para aumentar a produção.


Nem varejistas nem fabricantes esperavam o calor recorde que atinge algumas cidades brasileiras neste verão, fazendo a procura por ventiladores crescer para um nível nunca antes visto, dizem as empresas. Com a falta do produto nas prateleiras, o consumidor sai da loja, literalmente, com “as mãos abanando”.

Na segunda-feira (10), o G1 percorreu cinco lojas na zona sul da capital paulista em busca do produto, esgotado em todas elas. Em uma busca pelos sites das principais redes varejistas também era difícil encontrar ventiladores disponíveis - principalmente no modelo de 110 volts, para entrega, por exemplo, na Região Metropolitana de São Paulo.
Ninguém previa (...). Lojistas
e indústrias não estavam preparados"
Giovanni Marins Cardoso,
diretor-comercial da fabricante Mondial

"Ninguém previa (...). Os varejistas e indústrias não estavam preparados para atender à grande demanda, a maior da história da região Sul e Sudeste, sendo registradas filas em lojas, aguardando a chegada dos caminhões que fazem abastecimento e, em muitos casos, disputas entre consumidores pelos produtos disponíveis", disse Giovanni Marins Cardoso, diretor-comercial. da fabricante Mondial. Segundo ele, neste ano a procura aumentou em 200% em relação à média do período.

Na última sexta-feira (7), o músico Helder Capuzzo, de 27 anos, percorreu lojas em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, em busca de um ventilador. "Está um sufoco, sem vento", disse. Depois de passar em ao menos duas lojas e não encontrar o produto, teve sorte na última tentativa. "Peguei o meu com os funcionários da loja descarregando do caminhão", declarou, satisfeito.

Na última segunda-feira (10), a maquiadora Virgina Antenucci, de 42 anos , disse que percorreu três lojas antes de “agarrar” a última unidade de ventilador portátil em um comércio na região da Vila Mariana, em São Paulo. “Eu não queria esse minúsculo, mas era o único que tinha”, disse. Ela acabou levando também um umidificador de ar, para complementar, já que não tinha o ventilador grande.

A rede de supermercados Carrefour afirmou que a categoria de climatização (que abrange ventiladores e aparelhos de ar-condicionado) apresenta recorde de venda em relação aos anos anteriores.

O Magazine Luiza informou que, em janeiro, a venda de ventilador foi cinco vezes maior se comparada ao mesmo período de 2013.

No Extra, as vendas em janeiro foram mais de quatro vezes superiores às do mesmo mês de 2012. O Walmart disse que registrou crescimento de 220% no mesmo período.

Lojas negam falta
As lojas, contudo, não assumem a falta do produto nas prateleiras. O Carrefour afirmou que, para garantir a disponibilidade, as unidades são abastecidas diariamente com as principais marcas do mercado.

O Walmart disse, contudo, que, com a alta procura, o que chega acaba no mesmo dia. “As lojas do Walmart Brasil recebem semanalmente novos lotes de ventiladores, climatizadores e ares-condicionados. Só que a demanda continua muito forte. O que chega de ventilador sai no mesmo dia, não importa a cor ou o modelo”, disse Daniel Pinheiro Santana, diretor-comercial. “O Walmart Brasil conseguiu manter o abastecimento regular das lojas”, disse.

A Nova Pontocom disse, em nota, que os sites Extra.com.br, Pontofrio.com e Casasbahia.com.br estão com os estoques abastecidos. Em diversas buscas feitas pelo G1, no entanto, vários produtos apareceram como esgotados e os únicos disponíveis eram alguns modelos de 220 volts.

A empresa disse que as três lojas na internet registraram, só na primeira semana de fevereiro, uma venda equivalente ao volume comercializado durante todo o mês de janeiro de 2013.

"Há estoque nas lojas, que podem variar de filial para filial, conforme a procura do produto. No caso do ventilador, que é o mais procurado pelos clientes, o reabastecimento na rede tem sido diário”, disse o diretor-comercial do Magazine Luiza, Fabrício Bittar Garcia.

Fábricas aumentam produção
As fabricantes, por sua vez, reforçaram os quadros de funcionários e colocaram as máquinas para trabalhar dia e noite, em sua capacidade máxima.

A Mondial informou que as vendas do produto aumentaram em 106% em janeiro sobre o mesmo mês de 2013. “Reorganizamos o complexo industrial e logístico para trabalhar na capacidade máxima, sendo que muitos departamentos estão trabalhando 24 horas por dia.”

A Cadence, que também fabrica o produto, aumentou o quadro de funcionários em 20%, atingindo 100% da capacidade produtiva da empresa, “na busca de tentar suprir a maior fatia possível dessa demanda”, disse o diretor-comercial Dirceu Brugalli.

De acordo com ele, as vendas do produto mais do que triplicaram no começo deste ano. “De modo geral, nem a indústria nem o varejo estavam preparados para suprir uma demanda tão alta e fora dos padrões tradicionais para este período”, disse.

A Arno disse que se preparou com até seis meses de antecedência na produção para entregar os produtos de acordo com as programações firmadas com os principais clientes.

“Não necessitamos fazer nenhum grande ‘ajuste de rota’. Seguimos com nosso plano produtivo e entregando produtos de acordo com programações firmadas com nossos principais clientes”, disse a gerente de produto do Grupo SEB, empresa detentora da marca Arno, Carolina Giuntoli Rozenblit.

Opções mais caras
Na falta de ventiladores, o consumidor acaba optando por alternativas. O taxista Manoel Novaes, de 50 anos, disse que tentou comprar um ventilador no final de janeiro e não encontrou. Acabou comprando um climatizador. “Por falta de opção, comprei o climatizador. Ele é mais caro, mas é melhor, solta um ar mais fresco”, opinou.

No Walmart, a comercialização de climatizador e condicionador de ar cresceu 240%. No Magazine Luiza, triplicou. No Extra, as vendas de ar-condicionado cresceram mais do que o dobro.

Por Gabriela Gasparin - G1, em São Paulo
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