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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/03/2009 | Turismo
Calor e receptividade na capital do Mato Grosso do Sul
Uma família de capivaras passeia tranquila pelo gramado extenso, no fim de tarde de um dia de semana qualquer. Os moradores caminham com a mesma calma por alamedas arborizadas ao pôr do sol. É assim que Campo Grande mostra-se ao visitante recém-chegado, aquele que imaginou na cidade apenas um ponto de transferência até o Pantanal.

Mas a capital do Mato Grosso do Sul ambiciona ser mais do que chão de passagem. Não se contenta somente em abrir as portas para a natureza exuberante das árvores cheias de pássaros, rios repletos de peixes e córregos serpenteando entre milhares de jacarés de um rincão exótico, mas ao mesmo tempo tão familiar, no interior do Brasil.

A cidade grande com seus quase 800 mil habitantes desafia a lógica dos aglomerados urbanos convencionais. Consegue sugerir um clima interiorano, despojado de formalidades ou tempo contado para se viver em paz.

A vastidão do terreno plano, com leves ondulações, serve de prancheta para que as pistas largas, divididas por longos canteiros, levem de um canto ao outro. Da região central à aldeia urbana. Do Parque das Nações Indígenas ao campus da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, local onde foi construído o Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, que almeja receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Não há trânsito carregado nem congestionamentos.

O ar é quente, abafado, proporcional ao clima caloroso com que o visitante é recebido. Não há meias-palavras, nem cerimônia. Há mesa farta de comidas típicas, que nem são tão estranhas assim ao morador das grandes regiões metropolitanas do País. O ‘exotismo'', aqui, é a fartura com que o bife de picanha se estende no prato ou o filé de pintado ‘nada'' entre pedaços de guariroba (uma espécie de palmito).

Sim, a culinária é simples e agradavelmente saborosa em Campo Grande. E a impressão de quem a vê pelo retrovisor, já se distanciando em meio à poeira, é de que servir os aperitivos daquilo que se conhecerá mais adiante, lá nas planícies alagadas, é questão de honra para quem tem a alma pantaneira. E isso sobra na capital do Mato Grosso do Sul.

O repórter viajou a convite da Prefeitura de Campo Grande.

Parques na metrópole

Campo Grande faz questão de trazer para mais próximo de seus moradores o que nem tão longe assim está. São vários os parques que tornam a cidade agradável, aconchegante em sua simplicidade.

O Parque das Nações Indígenas tem 119 hectares e é considerado o maior do mundo em perímetro urbano. As pessoas que por lá passeiam no fim de tarde encontram uma infraestrutura completa, com banheiros, lanchonetes, quadras e pátio para esportes radicais.

Quem faz sucesso entre os visitantes, porém, é a pista de caminhada, com quatro quilômetros de extensão. É por lá que casais de namorados, amigos e famílias passeiam de forma despreocupada.

Como moldura, a flora que cerca o lugar. Os gramados e árvores ornamentais compõem aproximadamente 70% da vegetação. O restante são espécies preservadas, como jenipapo, mangueira e aroeira.

Todo parque tem seu lago, e o das Nações Indígenas não é diferente. O espelho d''água ali é abastecido pelo Córrego Prosa e reflete os últimos raios do sol, que se esconde vagarosamente atrás dos edifícios da Cidade Morena, antes de a noite chegar.

Os moradores e visitantes têm à disposição pelo menos uma dezena de espaços públicos arborizados onde encontram sossego e tranquilidade. O Parque dos Poderes, o Anhanduí e o Ayrton Senna são outros onde também se pode ver de perto a fauna local em harmonia com a vegetação nativa.

Gastronomia é farta e de muitos sabores

É na simplicidade que se sustenta a gastronomia de Campo Grande, prato cheio para quem gosta de pouca formalidade e muitos sabores.

A população local deixa a fama dos pampas de lado e exalta o churrasco pantaneiro como o melhor do Brasil. E ele, de fato, pode ser saboreado em todos os cantos da cidade, de restaurantes que oferecem uma ‘rusticidade requintada'' à casa de conhecidos. Certo é que a carne servida na cidade entusiasma qualquer aficionado pelo espeto sobre o carvão em brasa.

Das pastagens aos rios, o que alimenta a curiosidade de quem passeia por Campo Grande é o tempero forte, que quer deixar a sua marca registrada. A fama construída a partir do sabor dos peixes locais é merecida, e o pintado reina absoluto nas mesas dos restaurantes. Frito, assado, em postas, ao molho, empanado e até em forma de um inusitado pastel, recheado por queijo. É difícil se contentar com pouco.

Campo Grande também tem a sopa paraguaia, aquela que não se come de colher. Apesar do nome, é uma torta salgada, à base de milho e bem condimentada por cebola e pimenta. Pode-se provar a qualquer hora do dia, e alguns pedaços já dão o peso e o sabor de uma boa refeição.

A influência oriental vem de um macarrão servido em cumbuca, misturado a legumes, carne, omelete e shoyo. Não é o yakissoba. É o sobá, que chegou à cidade com os imigrantes japoneses de Okinawa. É encontrado por todos os lugares na capital e servido com fartura. Como tudo em Campo Grande.

Por William Cardoso - Diário do Grande ABC / Enviado a Mato Grosso do Sul
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