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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/02/2014 | Economia
Cai número de pessoas que ganham o mínimo
Cai número de pessoas que ganham o mínimo Foto: Divulgação - Diário Online
Foto: Divulgação - Diário Online
A região teve queda de 17% no número de trabalhadores remunerados com um salário-mínimo, que pertencem à classe de consumo C, em dois anos. Em 2013, 85.455 moradores das sete cidades estavam nesta situação. Em 2011, 102.986 se encaixavam no grupo, ou seja, 17.531 a mais.

O resultado é visto como positivo, tendo em vista que a região manteve 40% da população dentro da classe C. E a participação dos trabalhadores que dependem de um salário-mínimo dentro deste grupo passou de 9,4%, em 2011 para 8,2% em 2013. Em resumo, mais pessoas que integram essa classe recebem hoje maior remuneração.

O resultado vai de acordo com a evolução da renda média familiar dessa classe em 2013, na comparação com 2012. Com crescimento real de 6,3%, o grupo se destacou na região com o melhor desempenho entre as demais classes de consumo. A remuneração média dos domicílios passou de R$ 2.148 para R$ 2.283.

Os dados são de cruzamento de informações da mais recente Pesquisa Socioeconômica do Inpes-USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano) com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para o gestor do Inpes-USCS, Leandro Prearo, a redução do número de trabalhadores que recebem um salário-mínimo pode ser interpretada como avanço. Isso porque, quanto mais dependência do piso salarial nacional, maior a vulnerabilidade da família, tendo em vista que pode não haver renda suficiente para sobreviver com tranquilidade.

Sua análise usa como base estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) sobre a renda mensal necessária para uma família viver com condições mínimas. Em dezembro, esse valor era de R$ 2.765,44, o que, em média, equivale a R$ 864,20 por morador nos domicílios na região. No Estado de São Paulo, o salário-mínimo paulista era de R$ 755 no ano passado.

DOMÉSTICAS -
A redução do número de empregadas domésticas mensalistas que migraram para atividades como diaristas também pode explicar a evolução da renda da classe C na região. “Muitas delas estão incluídas neste grupo”, destacou Prearo.

Segundo a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) da Fundação Seade e do Dieese, de 2011 para 2013, o número de empregadas domésticas mensalistas moradoras da região baixou de 38 mil para 33 mil. Já o grupo de diaristas saltou de 25 mil pessoas para 28 mil.

O presidente do Sindicato dos Empregados Domésticos do ABC, Jorge Ednar Francisco, diz que, depois da aprovação da Emenda Constitucional 72, que amplia o direito trabalhista das domésticas, houve duas pressões para que as trabalhadores mudassem o perfil de suas atividades. “Primeiro que muitas patroas acabaram demitindo, muitas vezes por falta de informações sobre as novas regras”, explica. E, por outro lado, revela Francisco, o valor de uma diária, do começo do ano passado até hoje, já saltou de média de R$ 80 para R$ 150, o que despertou ainda mais o interesse das trabalhadoras em pedir demissão de empregos como mensalistas para tentar elevar a renda como diaristas.

No caso da moradora de São Bernardo Severina Amélia Maciel, 55 anos, o seu antigo patrão não conseguiu manter o seu pagamento em dezembro. Ele explicou à doméstica que não teria mais renda suficiente para utilizar seus serviços, tendo em vista que ele se aposentou, conta Severina.

Hoje, divorciada e morando junto com sua filha caçula, Severina se mostra disposta a encarar o serviço de diarista. “É bem mais pesado, mas a remuneração é maior”, avalia. Porém, deixou claro a sua preferência pela atuação como mensalista. “Prefiro trabalhar de segunda-feira a sexta-feira (em uma mesma casa). Isso gera muito mais confiança com o patrão.”

O rendimento também é maior ao trabalhar com diarista porque os valores são líquidos, e não incluem o pagamento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que deve ser recolhido à parte.

EMPREGADOR - A renda média familiar da classe de consumo A teve queda real de 5,1%, passando de R$ 9.711 para R$ 9.218 de 2011 para 2013. Na avaliação de Prearo, uma das hipóteses para essa redução foi o recuo na participação de autônomos e empregadores no Grande ABC em 2013 ante 2012, como aponta a PED.

A classe B, que representa metade da população da região, teve uma alta real de 2,7% na renda, de R$ 4.327 para R$ 4.444. E o grupo formado pelas classes D e E, decréscimo de R$ 1.392 para R$ 1.383.


Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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