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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/11/2009 | Setecidades
Bronzeamento acabou na Região
Centros estéticos do ABCD têm cumprido a resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que proíbe o uso de equipamentos de bronzeamento artificial. Sem se identificar, a reportagem do ABCD MAIOR ligou para 15 clínicas da Região para marcar uma sessão, mas foi informada por todas que o procedimento não poderia ser feito. A determinação, válida desde 11 de novembro, foi definida após os aparelhos destinados a este fim pararem na lista de fatores que comprovadamente provocam câncer feita pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês). As câmaras de emissão de radiação ultravioleta usadas em terapias médicas continuam liberadas.

Apesar de cumprirem a determinação, os atendentes lamentam. Afinal, nesta época do ano o bronzeamento artificial era o carro-chefe das clínicas e a maior fonte de renda. A proprietária de uma clínica estética de Santo André, que não quis se identificar, disse que a proibição pegou todo mundo de surpresa. “Nosso maior ganho financeiro no fim do ano vem do bronzeamento artificial. Havíamos alugado uma máquina mais moderna e não sei nem como farei para pagar.” A comerciante disse que sabe dos malefícios da prática, mas acha que não justifica a proibição. “As pessoas devem ter informação e livre arbítrio para decidirem o que querem fazer. Por que não proíbem o cigarro?”, argumentou.

A multa para quem descumprir a determinação é de, no mínimo, R$ 2 mil. O valor muda de acordo com o tamanho da clínica. O presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, compara uma sessão de 45 minutos ao equivalente a oito horas sob sol forte, em relação à UV (Radiação Ultravioleta). “Seria uma contradição a agência permitir o uso de um equipamento que é associado ao aparecimento de tipos agressivos de câncer de pele”, afirmou.

Para a médica Daniela Presente Taniguchi, professora de dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC, o bronzeamento artificial alerta o perigo sobre esse tipo de comportamento: “O bronzeamento é, na verdade, a produção de melanina que nosso organismo usa para se proteger da radiação UV (Ultravioleta)”. O efeito acumulativo da exposição da pele aos UV causa alterações no DNA, que podem levar ao câncer.

Daniela explica que a vermelhidão que aparece depois de um dia no sol é uma inflamação na pele. Que, por causar ardência, faz com que nos protejamos mais. Aí mora o perigo do bronzeamento artificial, pois por não sentir os efeitos nocivos, as pessoas abusam cada vez mais. “O câncer de pele tem tido incidência cada vez maior em jovens, isso mostra a falta de moderação e consciência.”

Para usuários, proibição é radical

Para usuários das camas de bronzeamento artificial, a proibição foi uma medida radical. “Ficar branquela é péssimo. Mas não vou apelar para laje”, disse assistente social Marina Paiva, 26 anos, que era adepta da prática. “Ser bronzeada há muito se tornou sinônimo de beleza e, na correria do dia-dia, ir à praia todo fim de semana é quase uma missão impossível. Prefiro o bronzeamento artificial porque julgo ser a única maneira rápida e cômoda de me bronzear.” Apesar disso, Marina afirma que não vai tentar driblar a proibição. “Não vou contrariar, afinal eles (Anvisa) têm embasamento técnico para implementar a medida.”

A advogada Maria Fernanda Oliveira, 26, afirmou que sabe dos malefícios do bronzeamento, mas afirmou que o faria mesmo assim. “Sei que faz mal, mas ainda assim faria. Já fui ao dermatologista e ela me proibiu, pois tenho uma coleção de pintas.” Mesmo com os precoces sinais causados pelo bronzeamento, Maria Fernanda não pretende parar de tomar sol e sempre que vai à praia procura aproveitar o máximo para ficar com a cor do verão.

Por Marina Bastos - ABCD Maior
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