DATA DA PUBLICAÇÃO 10/07/2011 | Internacional
Britânicos compram última edição do jornal ''News of The World''
Com a manchete “Obrigado e adeus”, o “News of The World”, jornal mais vendido semanalmente na Grã-Bretanha, chegou às ruas pela última vez neste domingo (10), após envolvimento em um escândalo de escutas ilegais que causou repercussão em todo o mundo.
Mais conhecido por suas manchetes sensacionalistas expondo delitos dos ricos, dos famosos e da realeza, a página principal do tabloide expôs uma montagem de alguns de seus casos mais célebres ao longo de seus 168 anos de existência.
Devem chegar às bancas britânicas cerca de 5 milhões de exemplares, o dobro da tiragem normal.
Escândalo
O escândalo dos grampos telefônicos envolvendo o jornal dominical veio à tona pela primeira vez em 2006.
Nesta semana, o escândalo dos grampos voltou a assolar o jornal, com a denúncia de que um detetive que trabalhava para o tabloide teria grampeado o telefone celular de Milly Dowler, uma menina de 13 anos que desapareceu em 2002.
A manipulação das mensagens, ainda em 2002, fez a polícia e a família da adolescente de 13 anos acreditarem que ela ainda estaria viva, já que sua caixa postal continuava em atividade. O corpo foi encontrado depois.
Logo após a revelação do caso Milly Dowler, os jornais britânicos revelaram, que, em busca de histórias exclusivas, o News of the World fez escuta nos celulares de parentes de vítimas dos atentados de 7 de julho de 2005, em Londres, e de familiares de soldados britânicos mortos no Afeganistão e no Iraque.
Detenção
Na sexta-feira (8), Andy Coulson, o ex-porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e ex-editor do News of the World, foi detido em Londres, em ligação com o escândalo dos grampos.
Coulson é suspeito de ter autorizado as escutas telefônicas realizadas por repórteres do jornal e por detetives a serviço do News of The World.
O jornalista foi libertado ainda na sexta, sob fiança, após nove horas de interrogatório, em que negou ter conhecimento dos grampos.
Coulson editou o News of The World entre 2003 e 2007 e renunciou ao comando da publicação em 2007, após um de seus repórteres e um detetive terem sido condenados por grampear telefones de integrantes da família real britânica.
No início deste ano, ele renunciou ao cargo de porta-voz de David Cameron, após terem surgido novas denúncias de várias outras invasões de telefones de políticos e celebridades envolvendo jornalistas do News of The World.
Demissões
O News of The World conta com uma equipe de cerca de 200 profissionais, que provavelmente perderão seus empregos.
O Sindicato dos Jornalistas Britânicos protestou contra o fechamento do jornal, afirmando que a medida é de um ''oportunismo cínico'' e que prejudica somente jornalistas profissionais e free lancers, poupando os altos executivos do conglomerado responsável pelo tabloide.
De acordo com o sindicato, quem deveria ser demitida é Rebekah Brookes, executiva-sênior do grupo News International, o braço de jornais britânicos da News Corp e ex-editora do News of The World entre 2000 e 2003.
A executiva conta com a confiança de Rupert Murdoch, que já disse que pretende mantê-la no cargo. Em entrevista coletiva realizada nesta semana sobre o caso dos grampos, o primeiro-ministro David Cameron disse que ela deveria renunciar ao posto.
Rupert Murdoch, que mora nos Estados Unidos, deve chegar à Grã-Bretanha nesta final de semana, para administrar de perto a crise gerada pelo escândalo dos grampos.
Além de controlar alguns dos principais jornais do país, Murdoch também negocia a compra da subsidiária britânica da operadora de TV a cabo Sky. O magnata teme que o escândalo possa atrapalhar seus planos.
(*) Com informações das agências France Presse e Reuters.
Mais conhecido por suas manchetes sensacionalistas expondo delitos dos ricos, dos famosos e da realeza, a página principal do tabloide expôs uma montagem de alguns de seus casos mais célebres ao longo de seus 168 anos de existência.
Devem chegar às bancas britânicas cerca de 5 milhões de exemplares, o dobro da tiragem normal.
Escândalo
O escândalo dos grampos telefônicos envolvendo o jornal dominical veio à tona pela primeira vez em 2006.
Nesta semana, o escândalo dos grampos voltou a assolar o jornal, com a denúncia de que um detetive que trabalhava para o tabloide teria grampeado o telefone celular de Milly Dowler, uma menina de 13 anos que desapareceu em 2002.
A manipulação das mensagens, ainda em 2002, fez a polícia e a família da adolescente de 13 anos acreditarem que ela ainda estaria viva, já que sua caixa postal continuava em atividade. O corpo foi encontrado depois.
Logo após a revelação do caso Milly Dowler, os jornais britânicos revelaram, que, em busca de histórias exclusivas, o News of the World fez escuta nos celulares de parentes de vítimas dos atentados de 7 de julho de 2005, em Londres, e de familiares de soldados britânicos mortos no Afeganistão e no Iraque.
Detenção
Na sexta-feira (8), Andy Coulson, o ex-porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e ex-editor do News of the World, foi detido em Londres, em ligação com o escândalo dos grampos.
Coulson é suspeito de ter autorizado as escutas telefônicas realizadas por repórteres do jornal e por detetives a serviço do News of The World.
O jornalista foi libertado ainda na sexta, sob fiança, após nove horas de interrogatório, em que negou ter conhecimento dos grampos.
Coulson editou o News of The World entre 2003 e 2007 e renunciou ao comando da publicação em 2007, após um de seus repórteres e um detetive terem sido condenados por grampear telefones de integrantes da família real britânica.
No início deste ano, ele renunciou ao cargo de porta-voz de David Cameron, após terem surgido novas denúncias de várias outras invasões de telefones de políticos e celebridades envolvendo jornalistas do News of The World.
Demissões
O News of The World conta com uma equipe de cerca de 200 profissionais, que provavelmente perderão seus empregos.
O Sindicato dos Jornalistas Britânicos protestou contra o fechamento do jornal, afirmando que a medida é de um ''oportunismo cínico'' e que prejudica somente jornalistas profissionais e free lancers, poupando os altos executivos do conglomerado responsável pelo tabloide.
De acordo com o sindicato, quem deveria ser demitida é Rebekah Brookes, executiva-sênior do grupo News International, o braço de jornais britânicos da News Corp e ex-editora do News of The World entre 2000 e 2003.
A executiva conta com a confiança de Rupert Murdoch, que já disse que pretende mantê-la no cargo. Em entrevista coletiva realizada nesta semana sobre o caso dos grampos, o primeiro-ministro David Cameron disse que ela deveria renunciar ao posto.
Rupert Murdoch, que mora nos Estados Unidos, deve chegar à Grã-Bretanha nesta final de semana, para administrar de perto a crise gerada pelo escândalo dos grampos.
Além de controlar alguns dos principais jornais do país, Murdoch também negocia a compra da subsidiária britânica da operadora de TV a cabo Sky. O magnata teme que o escândalo possa atrapalhar seus planos.
(*) Com informações das agências France Presse e Reuters.
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