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DATA DA PUBLICAÇÃO 21/02/2011 | Internacional
Brasileiros na Líbia estão ''assustados e nervosos'' com confrontos, diz embaixador
Um grupo de cem funcionários brasileiros da construtora Queiroz Galvão ainda aguardava resgate, na tarde deste domingo (20), da cidade de Benghazi, centro dos protestos da oposição que já causaram a morte de mais de cem pessoas na Líbia, segundo a ONG Human Rights Watch.

Não há um número oficial de baixas causadas pelo conflito, por isso a cifra mais usada é a do grupo, que informou hoje temer um massacre no país governado há mais de 40 anos por Muammar Gaddafi. Human Rights Watch não confirma, mas cita que o número de mortos pode subir em breve, pois alguns manifestantes já avaliam que cerca de 200 pessoas tenham sido assassinadas na região.

Os brasileiros devem chegar ainda hoje à capital do país, Trípoli, onde a situação está mais tranquila. Até 18h15 (13h15 em Brasília), porém, a autorização do governo local para a saída ainda não havia sido liberada. Assim que chegarem, os brasileiros poderão, se quiser, retornar ao Brasil ou enviar suas famílias de volta para o país em voos comerciais pagos pela empresa.

Segundo informou ao R7, o embaixador do Brasil na capital Trípoli, George Ney de Souza Fernandes, não há brasileiros mortos, feridos ou desaparecidos, embora estejam todos “assustados e nervosos” com o conflito armado entre opositores e milícias de Gaddafi.

Só hoje, após quatro dias de manifestações, a construtora conseguiu fretar um avião comercial para retirar os brasileiros da cidade.

Mas a embaixada ainda trabalhava para que a autorização de pouso e decolagem fosse liberada pelos militares, que tomaram o pequeno aeroporto da cidade. Fernandes esteve no local neste sábado (19) e comentou que a instalação está bastante movimentada.

O embaixador diz ter ouvido relatos de vários brasileiros sobre rajadas constantes de metralhadoras próximas a suas residências, o que os deixou bastante apreensivos.

- Ele ouviu muitas rajadas de metralhadora, foi um negócio seguido, intenso e prolongado. Tão prolongado, que ele me disse que se aquilo fosse feito na direção do povo, tinha exterminado a população de Benghazi inteira.

Ainda ontem, Fernandes conversou duas vezes, por telefone, com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota. Ele pediu um balanço das ações da embaixada e das empresas brasileiras que operam no país, bem como reforço no apoio aos funcionários.

Na avaliação da embaixada, os protestos de opositores históricos a Gaddafi no país são um movimento restrito e que não deve terminar na queda do regime, como já ocorreu na Tunísia e no Egito neste ano.

- Por enquanto, não vemos motivo nenhum para planos de retirada da Líbia. É uma coisa localizada em Benghazi.

Em Trípoli, os brasileiros devem receber hospedagem e, segundo a embaixada, todos terão opção de voltar ao Brasil ou enviar suas famílias. A situação foi descrita como “absolutamente tranquila” na capital, de onde saem normalmente voos comerciais para capitais da Europa.

Por Renan Ramalho, do R7, em Brasília
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