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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/08/2012 | Tecnologia
''Brasileiros ainda não entenderam o Netflix'', diz presidente da empresa
Reed Hastings disse ao G1 que TV na internet 'é algo muito novo'.

Pirataria e limite de download na banda larga atrapalham serviço no Brasil.


"Só tem filmes antigos", "não tem lançamentos das locadoras", "não encontro o filme que eu queria ver", "nos Estados Unidos o conteúdo é melhor". Estas são algumas das reclamações que os usuários brasileiros do Netflix fazem sobre o serviço de vídeo sob demanda, que usa a internet para levar filmes, seriados, novelas, lutas e desenhos animados para o PC, smartphone, tablet, videogame e outros dispositivos.

Para Reed Hastings, presidente da Netflix, "os brasileiros ainda não entenderam como o serviço de vídeos funciona". "Para a maioria das pessoas no mundo, a TV pela internet é uma coisa estranha. É uma ideia nova. Mas, por ser algo novo, as pessoas estão testando o Netflix e fazendo um 'boca-a-boca', o que tem sido muito bom para nós", disse o executivo em entrevista ao G1. "Leva-se alguns anos nos novos mercados que entramos para que os usuários aprendam a usar o serviço".

Hastings está no país para comemorar o primeiro aniversário do Netflix brasileiro, lançado por aqui em 5 de setembro do ano passado.

Em 12 meses de operação local, a empresa afirma ter alcançado 1 milhão de usuários na América Latina. Nos Estados Unidos, maior mercado do site de streaming, há 24 milhões de assinantes. Para Hastings, a quantidade de usuários na região ajudou a conseguir mais conteúdo e filmes exclusivos logo depois que saíram do cinema como "O Artista" e "Jogos Vorazes".

"É uma questão de dinheiro. Conseguimos filmes deste porte por conta do nosso número de usuários na América Latina, o que nos deu verba para comprar a licença destas produções", explica. "Concordo com os assinantes brasileiros. Acho que deveríamos ter todo o conteúdo [em termos de lançamento nas locadoras]. Estamos trabalhando para isso".

Hastings destaca que os problemas de fazer o Netflix crescer no Brasil estão na pirataria e nos planos de acesso à internet com download limitado. "Pense em uma quinta-feira à noite: você pode chegar em casa e assistir ao Netflix, jogar videogame, assistir TV a cabo ou aberta, assistir a um DVD pirata ou baixar um torrent. Estes são nossos concorrentes".

"Outro grande problema aqui são planos de banda larga com limite de download de 20 GB, 40 GB. Nos Estados Unidos, os limites são muito mais altos, de 300 GB, e não há limites no Reino Unido. Sei que os brasileiros não gostam disso. Quem gosta é a operadora, mas ter este limite é um problema". Hastings explicou que, como a internet fica lenta ou o usuário paga a mais caso ultrapasse este limite, a qualidade do Netflix em termos de imagem e do preço - o site conta R$ 15 por mês - fica aquém do que a empresa espera.

Sumiço de filmes
Há alguns dias, filmes e seriados presentes no Netflix continham um aviso de que teriam a licença expirada e, por isso, poderiam ser assistidos apenas até uma determinada data. Com isso, cerca de 750 filmes sairiam do catálogo do site já a partir do dia 1º de setembro, o que gerou reclamações de usuários.

Hastings explica que o Neflix trabalha com licenças de filmes por períodos e para regiões, o que faz o site ter determinados conteúdos nos EUA que não estão no Brasil e vice-versa - como é o caso de "Jogos Vorazes", presente apenas na América Latina. "Quando este contrato termina, nós renovamos, o que faz o filme nem chegar a sair do catálogo. Os usuários nem percebem".

O Netflix também estuda criar perfis diferentes para usuários da mesma conta. O objetivo é que o serviço consiga recomendar filmes referentes aos gostos de cada pessoa e evitar que, principalmente para quem tem filhos, que muitos desenhos animados apareçam nas recomendações.

Por Gustavo Petró Do G1, em São Paulo
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