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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/08/2008 | Internacional
Brasileiro morto em acidente aéreo estava em lua-de-mel
O Itamaraty confirmou nesta quinta-feira que o brasileiro Ronaldo Gomes da Silva está entre as vítimas do acidente com o avião MD-82 da companhia Spanair, ocorrido ontem no aeroporto de Barajas, em Madri (Espanha). Outras 152 pessoas morreram na tragédia.

Silva estava em viagem de lua-de-mel com a mulher, a espanhola Yanina Celisdibowsky, que também morreu no acidente. Em entrevista à Globonews TV, a irmã do brasileiro Rosana Gomes da Silva disse que a família está muito chocada e que ainda não sabe se vai processar a Spanair.

O brasileiro era natural de Ourilândia do Norte (PA) e morava em Londres, na Inglaterra, junto com o irmão Rodinaldo. Foi na capital britânica que Silva conheceu a mulher. Rodinaldo embarcou nesta quinta-feira a Madri para reconhecer o corpo de Silva.

Investigação - As investigações para determinar as causas e as responsabilidades da tragédia começaram nesta quinta-feira. Segundo o governo espanhol, a comissão designada para cuidar do caso atuará com a maior agilidade possível, uma vez que as caixas pretas já foram encontradas.

Quanto à identificação das vítimas, a ministra espanhola do Desenvolvimento, Magdalena Alvarez, informou que serão necessários dois dias para que os corpos sejam reconhecidos. Alguns casos devem demorar um pouco mais, pois será necessário a realização de exame de DNA.

Nesta quinta, a BKA (polícia criminal alemã) anunciou o envio de uma equipe para ajudar as autoridades espanholas nos trabalhos de identificação. O grupo já participou de outros 16 acidentes e das tsunamis na Ásia em dezembro de 2004.

Sobrevivente - Uma das 19 sobreviventes da tragédia, a médica Ligia Palomino, concedeu entrevista nesta quinta-feira ao jornal El País e contou o que viu. "Quando levantei a cabeça, só vi corpos espalhados por todos os lados, em meio à fumaça". E acrescentou: "ouvi um ruído horrível e saí correndo".

Palomino perdeu a consciência por um período e só despertou depois da explosão dos tanques de combustível do avião. A médica teve queimaduras e cortes superficiais no rosto e foi operada por causa de uma fratura do fêmur esquerdo.

O avião, da companhia espanhola Spanair, viajava com 172 pessoas a bordo, entre elas dez tripulantes.

Entenda a tragédia - O avião estava em fase de decolagem às 14h45 locais (9h45 de Brasília) rumo a Las Palmas, no arquipélago espanhol das Canárias, quando um dos motores pegou fogo, segundo a imprensa espanhola. A aeronave saiu da pista e se partiu, com o fogo se propagando em todo o aparelho.

O avião efetuava um vôo em 'code-share' com a companhia alemã Lufthsansa, que declarou que quatro dos passageiros registrados neste vôo tinham saído da Alemanha.

O modelo McDonnell Douglas 82 é um aparelho antigo, ainda muito utilizado em todo o mundo. A construtora americana Boeing, que comprou a McDonnell Douglas em 1997, se disse pronta para "fornecer assistência técnica" aos investigadores.

Dezenas de parentes de vítimas chegaram na tarde de quarta-feira ao aeroporto de Madri. Muitos outros, aflitos, aguardavam notícias no aeroporto de Las Palmas.

A Spanair disponibilizou um número de emergência para as famílias e os amigos dos passageiros: 00 34 800 400 200. A Cruz Vermelha instalou uma célula de apoio psicológico em Madri.

Por Diário Online - Agências
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