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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/04/2010 | Educação
Brasil tem 37 mil pessoas estudando em hospitais
Os alunos em tratamento de saúde podem terminar os estudos mesmo afastados da escola, internados ou não em hospitais.

Lições de casa, aulas e provas podem ser realizadas no leito, caso o estudante esteja hospitalizado, ou em casa, se não puder frequentar seu colégio.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que define as regras de ensino do país, determina desde 1996 a atividade das chamadas classes hospitalares – salas de aula nas clínicas e nos postos de saúde.

Em 2008, 37.247 pessoas em todo o Brasil foram matriculadas em 1.570 classes desse tipo, segundo o MEC (Ministério da Educação). O Nordeste é a região campeã, com 20.858 alunos-pacientes. Os dados são os mais atualizados disponíveis.

Os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo possuem, juntos, 16 clínicas com atendimento escolar. O número de salas de aula, entretanto, é maior, já que o mesmo hospital pode ter mais de uma classe.

A capital paulista abriga 20 classes hospitalares; já o interior tem 13, segundo dados da Secretaria do Estado da Educação.

Como são as aulas

As aulas são dadas por professores de escolas estaduais ou municipais, dependendo de onde o jovem estuda. Uma pedagoga faz o primeiro contato com a família assim que o estudante chega ao hospital, para saber o colégio e o ano em que ele está matriculado.

Uma parceria é fechada entre os novos educadores do hospital e os professores convencionais, em conjunto com os novos estudos do paciente.

As aulas são individuais e não passam de 40 minutos, em média – tudo depende do estado físico e emocional do aluno. O currículo é flexível, ou seja, não é necessário cumprir todas as matérias do calendário regular.

As notas obtidas durante o tempo de internação são enviadas à escola junto com observações sobre a saúde do estudante. As disciplinas assistidas longe das cadeiras do colégio possuem o mesmo valor no currículo do que as convencionais.

Rosemary Hilário, uma das 12 professoras da escola Schwester Heine, que fica dentro do hospital A.C. Camargo, em São Paulo, ressalta a importância da continuidade dos estudos pelos pacientes.

- Estudar não é uma obrigação, é um direito. Não é porque o aluno está doente que ele deve ficar afastado do conhecimento. Aprender faz a criança se sentir viva, autora de sua vida, apesar da doença.

A equipe de educadores da clínica, situada no bairro da Liberdade (região central de SP), faz 11 mil atendimentos por ano, para cerca de 700 pacientes. Eles atuam no hospital desde 1987.

Garota com câncer

Joyce Monteiro, 12, soube que tinha câncer nos ossos após sofrer uma fratura, durante um jogo de handebol. A demora para a recuperação intrigou os médicos, que pediram novos exames.

Internada desde setembro de 2009, a garota – que é de Belém do Pará – repetiu a sexta série do ensino básico porque sua escola não tinha informações da existência das classes hospitalares.

- Com 20 alunos na sala [como era antes de vir para a clínica], é mais complicado tirar dúvidas.

Por Camila de Oliveira, do R7
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