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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/10/2009 | Esportes
Brasil se despede hoje em ritmo de samba diante da Venezuela
Já assegurado no Mundial de 2010 na África do Sul, o Brasil despede-se hoje das eliminatórias diante da Venezuela, que também só cumpre tabela. Ou melhor: o rival tem remotíssimas chances de chegar à repescagem. Se o duelo sugere cenas desinteressantes, há um raro estímulo para que a seleção do técnico Dunga se imponha, às 19h (horário de Brasília), no Estádio Morenão, em Mato Grosso-MS, ao vivo na Globo, Band e SporTV: evitar o segundo tropeço consecutivo - algo que serviria só para manchar o ranking dos pentacampeões, como aconteceu contra os bolivianos.

Agora, o que vale é a festa e samba no pé. Os torcedores não estão nem aí para os pouquíssimos ingredientes disponíveis ao público. Um sinal de tanta euforia ficou bem caracterizado na invasão de ontem às arquibancadas na hora de um simples treinamento. O policiamento precisou retirar os fãs mais exaltados.

É como se a recente lição em La Paz valesse como alerta para impedir mais uma ferida no orgulho nacional. A julgar pela escalação observada nos trabalhos de ontem, não se vê nenhum sintoma de relaxamento na frente do fragilizado adversário.

Tanto é que Dunga pretende utilizar a força máxima, especialmente o meia Kaká e o atacante Luís Fabiano, que reassumem duas posições importantes no atual sistema ofensivo de um comandante antes contestado, mas que silenciou os críticos ao conquistar a Copa América e a Copa das Confederações, além de mandar o Brasil ao Mundial. No total, são 34 vitórias, dez empates e cinco derrotas.

O experiente Gilberto Silva irá ditar o ritmo no meio-campo. Elano é uma das prováveis novidades no setor, que talvez mostre Lucas como um dos coadjuvantes. Pelo menos, ele correu ontem como titular e pode substituir Daniel Alves (suspenso, a exemplo de Josué). Diego Souza e Adriano devem retornar ao banco de reservas.

Dunga repete o argumento de que o Brasil é sempre exigido. Detalhe, segundo ele, que projeta uma equipe bastante competitiva. "Quero que a gente mostre muita seriedade. A cobrança também é nossa", avisa Dunga, que teme um dos obstáculos: o piso irregular do Morenão, que pode atrapalhar o toque de bola.

Por Nelson Cilo - Diário do Grande ABC / Com Agências
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