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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/08/2016 | Esportes
Brasil pega Rússia na semi, e Serginho recomenda: "Enfiar o pau no saque"
Integrante da seleção que levou virada na final de Londres 2012, líbero afirma que sacar com inteligência será arma para jogar os gigantes no chão na corrida pelo ouro

Por mais que tente, Serginho não consegue até hoje entender a reviravolta naquele jogo contra a Rússia na final olímpica de Londres 2012. O Brasil estava com a medalha de ouro nas mãos e viu Muserskiy dar início a uma improvável reação. Quatro anos depois, as equipes vão se reencontrar. Não numa decisão, mas por um lugar nela. O líbero vai estar em quadra novamente. O gigante de 2,18m, não. Foi cortado às vésperas do embarque para o Rio, com uma lesão. Para o confronto desta sexta-feira, às 22h15, no Maracanãzinho, ele tem a receita.

- O que eu lembro é que perdi dos caras (risos). Não jogamos bem e perdemos. Agora é uma outra situação. É pressão o tempo inteiro, mas a gente está calejado a jogar numa situação dessas contra uma equipe difícil. A Rússia tem tradição gigantesca, é um adversário alto, não vai dar para ir por cima deles no ataque. Não adianta querer medir forças com os caras porque vamos perder. Eles são mais fortes do que a gente. Parece que os 2,00m deles são bem mais altos do que os nossos (risos). O que nós vamos ter que fazer é jogar vôlei. Não adianta querer brigar com os caras porque a gente vai apanhar, não tem jeito, eles são grandes. Vai ser um jogo de paciência - afirmou Serginho.

Saber sacar com inteligência também será fundamental de acordo com o campeão olímpico.

- É enfiar o pau no saque. Se for no jeito, vamos no flutuado. Porque eles são grandes e é mais difícil ir para o chão, entendeu? (risos). Vamos tentar jogar os caras no chão. Temos que saber jogar. Fazer o ponto.

Bernardinho e Bruninho endossam as palavras do líbero. Acreditam que os russos perderam muito com a ausência de Muserskiy. Ainda assim, o estilo de jogar é semelhante ao daquele time de Londres.

- Eles foram sufocados pela Argentina, mas deram uma crescida ao longo da competição. É um time forte, de peso, lúcido, paciente. Tem o Tetyukhin (ponteiro de 40 anos), um jogador incrível, que equilibra a recepção. Egor Kliuka salta bem. Então, não temos que enfrentar. Temos que ser inteligentes. Está tudo aqui (aponta para a cabeça). A partir de agora que tiver controle mental vai ter a vantagem - afirmou o técnico.

WALLACE, O DESAFOGO DO TIME

Mesmo que a seleção esteja sofrendo com problemas físicos (primeiro Maurício Souza, depois Lucarelli e Lipe), Serginho diz que quem entrar precisa dar conta do recado.

- Cada um tem uma função dentro da seleção, tem que estar pronto. E quem entra tem que resolver a situação. Com o Maurício Borges, às vezes, as pessoas não têm paciência porque ele tem que fazer uma função que o Murilo fazia, que Giba fazia. É um cara que tem que fazer todos os fundamentos bem. É muito difícil. E o moleque está jogando bem. O Wallace é o desafogo do time. Ele sabe que na hora de resolver o pepino é com ele. Na hora que estão sacando lá é comigo. Mas na hora que eu levanto a bola o problema é dele - brincou Serginho.
O Wallace é o desafogo do time. Ele sabe que na hora de resolver o pepino é com ele Serginho.

A dupla tem funcionado bem. E comunga do mesmo desejo. Quer porque quer, o ouro que escapou no ciclo passado. Serginho espera que a sua segunda despedida da seleção seja no alto do pódio.

- Eu fui muito confiante para a final de Londres. Fui com convicção e infelizmente ela não veio, mas eu saí do ginásio de cabeça erguida, aceitando o resultado porque nós perdemos a medalha. A Rússia foi e conquistou. Então, a gente fez tudo o que deveria ser feito naquele momento e eles foram mais capazes do que nós. Não tivemos a tranquilidade de entender o jogo naquele momento e nisso os russos ganharam. O que passava na minha cabeça era total decepção. Foi muito decepcionante, foi frustrante perder da maneira como nós perdemos. A reviravolta daquele jogo é algo inexplicável. Perdemos para um voleibol bem jogado.

Por Danielle Rocha, Rio de Janeiro - G1
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