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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/12/2016 | Esportes
Brasil não vai participar da abertura das caixas-pretas da LaMia na Inglaterra
Cenipa, órgão de investigação de acidentes aéreos da FAB, terá, porém, representante acreditado e com poderes na investigação sobre queda de avião que matou 71 pessoas e time do Chapecoense.

O Brasil não irá participar do processo de abertura, degravação e leitura dos dados das caixas-pretas de voz e de dados do avião da LaMia que caiu na Colômbia em 28 de novembro, próximo a Medellín, matando 71 pessoas, entre eles jogadores do time do Chapecoense que seguiam para a final da Copa Sul-Americana, jornalistas brasileiros e parte dos tripulantes. O acidente deixou também 6 feridos (dois bolivianos e quatro brasileiros).

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) decidiu não enviar um representante para acompanhar a abertura das caixas do British Aerospace Avro RJ 85, prefixo CP-2933, de fabricação britânica em uma parceria entre a British Aerospace, BAE Systems e Avro Internacional. A informação da não presença das autoridades brasileiras neste momento foi confirmada ao G1 pelo centro de comunicação da Aeronáutica.

Apesar de não participar do momento da abertura das caixas-pretas, o Cenipa tem nesta investigação um oficial como "representante acreditado do Estado brasileiro", o que significa que o investigador brasileiro que participará da investigação terá poderes como os demais investigadores internacionais, podendo vetar pontos que não concordar sobre as decisões da apuração, requerer inspeções ou perícias, formular hipóteses e receberá todas as informações que serão retiradas e estão nos gravadores.

Segundo a FAB, o Grupo de Investigação de Acidentes e Incidentes Aéreos (Griaa) da Colômbia, órgão oficialmente responsável pela apuração da tragédia, notificou e solicitou apoio do Brasil no caso. Em seguida, a Aeronáutica enviou dois investigadores para Medéllim: um deles, que será o representante acreditado, e outro, que é psicólogo e analisará fatores humanos que poderão ter influenciado na tragédia. Este psicólogo fará entrevistas com os brasileiros sobreviventes.

A decisão de abrir as caixas-pretas na sede da empresa que produz a aeronave, em Farnborough, na Inglaterra, deve-se à fabricante ter oferecido aos investigadores colombianos a tecnologia necessária para a abertura e leitura dos dispositivos sem que haja danos na degravação.

A aeronave tinha 17 anos e 8 meses de uso e deixou de ser produzida em 2001, devido ao alto custo de manutenção e operacional por possuir 4 motores Textron Lycoming.

O time de investigadores internacionais que participará da abertura das caixas-pretas chegou à Inglaterra na quinta-feira (8), em um avião procedente de Médellin, conforme o major da reserva da Força Aérea colombiana Julio Palacios, que acompanha a apuração da tragédia.

Participam do grupo um investigador do Grupo de Investigação de Acidentes e Incidentes Aéreos (Griaa) da Colômbia, por ter sido o país onde o acidente ocorreu, um investigador da Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia (Dgac), devido à procedência da aeronave e o fato da empresa LaMia ser constituída em solo boliviano, um do órgão de investigação e segurança de transportes norte-americano, o NTSB, porque peças importantes da aeronaves são dos Estados Unidos, e um do órgão correspondente britânico (AAIB), devido à fabricação do modelo.

A Aeronáutica do Brasil foi convidada para este momento, diz o major Palácios. A falta de combustível, conhecida como "pane seca", é uma das probabilidades para a queda.

Investigações criminais
A Procuradoria Geral da República (PGR) participa de um grupo de trabalho conjunto com Ministérios Públicos da Bolívia e da Colômbia para investigar e punir os culpados pela queda do voo. As autoridades dos três países se reuniram em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, na quarta-feira (7).

O MP da Bolívia abriu investigação por homicídio culposo (sem intenção de matar). As autoridades bolivianas já apreenderam documentos da companhia aérea LaMia e conseguiram a prisão temporária de três pessoas ligadas à empresa, entre eles o gerente-geral. Dois aviões da companhia foram apreendidos.

Também será investigada a responsabilidade de servidores da Direção Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) e da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (AASANA) da Bolívia. O objetivo é saber se houve corrupção para autorizar voo da LaMia. Há indícios de que em várias viagens a empresa voou no limite da autonomia da aeronave para economizar custos.

O MP da Colômbia também abriu investigação por homicídio culposo. O órgão analisa necrópsias das vítimas fatais, informações dos primeiros respondentes do acidente e documentos médicos.

Por Tahiane Stochero - G1 São Paulo
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