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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/06/2008 | Internacional
Brasil ganha tanto com Obama quanto com McCain
Barack Obama ou John McCain? Quem será o melhor presidente para as relações bilaterais Estados Unidos-Brasil?

O democrata tem a vantagem quando se trata das agendas trabalhista, ambiental e dos direitos humanos e o republicano, nas relações comerciais. Entretanto, independentemente do vencedor, especialistas ouvidos pelo Diário acreditam que ambos terão ótimas relações com o País, pois sabem que o Brasil se tornou um importante ator político e econômico mundial.

Rodrigo Cintra, professor do curso de Relações Internacionais da ESPM, acredita que o Brasil tende a ganhar mais com John McCain, que já disse publicamente sua pretensão de retirar parte dos subsídios do etanol e que defenderá a entrada do país no G8 e no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), duas grandes questões da política externa brasileira.

"Obama tem uma visão um pouco mais da liderança americana, de recuperar a centralidade que o país tinha em termos morais. McCain é mais estratégico. Já disse que admira a atuação do Brasil no Haiti e coloca o País como um possível líder militar no continente."

Democrata - O embaixador Sérgio Amaral, diretor do Centro de Estudos Americanos da Faap, acredita que ainda é cedo para discutir qual candidato será melhor, já que a segunda fase da campanha eleitoral está apenas começando nos EUA e o que se conhece dos programas ainda é assunto de generalidades.

Mas afirma que o Brasil tem mais afinidade com o candidato democrata. "Pelas questões do multilateralismo, as agendas ambientais, dos direitos humanos e devido a uma postura menos concentrada no terrorismo", afirma.

Para a pesquisadora associada do NUPRI-USP, Denilde Holzhacker, a candidatura de Obama é mais promissora porque poderá aumentar o diálogo do governo americano na agenda internacional e regional.

Na sua avaliação, o democrata tem um discurso convergente ao do Brasil sobre a necessidade do mundo de combater a pobreza e aumentar o desenvolvimento. "Um presidente americano sensível a estes temas na agenda internacional poderia beneficiar a posição brasileira no cenário internacional", avalia.

Consenso - O consenso entre os especialistas recai sobre a posição de destaque que hoje o Brasil ocupa no cenário mundial. "Qualquer um dos dois precisará ter um tratamento diferenciado com o Brasil, que será uma potência importante nos próximos anos. Nós temos potencial hidrelétrico, terras agriculturáveis e fontes de matriz energética", diz Rodrigo Cintra.

Para o embaixador Sérgio Amaral, o Brasil vem conquistando uma posição de destaque nas últimas décadas, por conta da estabilização da situação econômica e de uma política internacional mais ativa. "O Brasil se sobressai na América Latina pela credencial democrática, pela economia, pelos compromissos nas áreas de Direitos Humanos e meio ambiente. Isso faz com que tenha um peso maior", diz.

Republicano teve "affair" com modelo brasileira em 1957

John McCain, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, tem ótimas recordações do Brasil. Em seu livro de memórias Faith of My Fathers, publicado em 1999, o senador pelo Arizona relatou um romance que teve com uma modelo brasileira em junho de 1957.

O affair de McCain, que na época era um recém-formado da Academia Naval dos Estados Unidos, começou após o marinheiro ter atracado no porto do Rio de Janeiro para seu primeiro treinamento em águas estrangeiras, a bordo do destróier USS Hunt.

O jovem e seus amigos ganharam nove dias de folga na Cidade Maravilhosa e em uma festa no Morro da Urca, o marinheiro conheceu uma modelo carioca, que morava perto do Pão de Açúcar.

McCain e a jovem, cujo nome ele não revelou em Faith of My Fathers, viveram um tórrido romance de nove dias. De acordo com o senador, ela dirigia um Mercedes de porta retrátil quando lhe buscava, o que sempre chamava a atenção de todos os colegas marinheiros.

Os dois voltaram a se encontrar no mesmo ano, quando John McCain tirou uma licença e retornou ao Rio. Mas segundo o senador, o romance não resistiu à distância e terminou antes do final do ano de 1957.

Propostas de candidatos para a América Latina são distintas

Além do Brasil, Obama e McCain também já declararam como pretendem lidar com outros países da América Latina, como Cuba e Venezuela. As propostas são radicalmente distintas.

O candidato democrata disse que deseja ter um diálogo mais aberto com esses países, considerados inimigos pelo governo de George W. Bush. Em relação à Cuba, Obama declarou que tem intenção de manter uma "diplomacia direta com o governo cubano", mas com a condição de que isso venha a impulsionar a liberdade na ilha.

Prometeu ainda suspender imediatamente as restrições de viagens e envios de remessas de dinheiro a Cuba para os cubano-americanos.

Sobre a Venezuela, o senador pelo Illinois declarou que está aberto a dialogar com o governo venezuelano e que considera Hugo Chávez uma "ameaça administrável".

Já o republicano John McCain prometeu dar continuidade ao embargo norte-americano contra Cuba, até que o governo comunista liberte prisioneiros políticos, conceda liberdades básicas a sua população e marque eleições diretas.

Em relação à Venezuela, McCain afirmou que irá trabalhar para que o país não tome o mesmo caminho do fracasso de Cuba. Disse que antes de se reunir com Chávez, o venezuelano terá de parar de insultar o presidente dos EUA.

Por Adriana Mompean - Diário do Grande ABC
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