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DATA DA PUBLICAÇÃO 01/10/2014 | Cidade
Brasil endurece no 1º quarto, mas cai para a França e está fora do Mundial
Mesmo sem jogar bem, vice-campeãs olímpicas derrotam a seleção brasileira por 61 a 48 e agora encaram os Estados Unidos; jogo marca despedida de Adrianinha

No treino antes de enfrentar a França, o técnico da seleção brasileira, Luiz Augusto Zanon, chamou Érika num canto e disse que ela poderia fazer história se vencesse a atual vice-campeã olímpica e europeia. Afinal, a brasileira não tem mais tantos anos de carreira, e este poderia ser o seu último Mundial. A pivô do Atlanta Dream, da WNBA, entendeu o recado, mas, na hora de colocar em prática, esbarrou outra vez no nervosismo e não apresentou o seu melhor basquete, que a fez se tornar uma das melhores do mundo. Mesmo com uma atuação bem abaixo do esperado, as europeias fizeram do jogo coletivo o diferencial e dominaram as brasileiras - levando um susto apenas no primeiro quarto (12 a 10). Com tranquilidade, a França venceu por 61 a 48 e avançou às quartas de final na Turquia.

A cestinha do duelo foi a francesa Sandrine Gruda, com 17 pontos. A melhor brasileira foi Érika, com 11 pontos anotados e seis rebotes. Na próxima fase, as europeias terão pela frente a forte seleção americana, pentacampeã olímpica e dona de oito títulos mundiais em 16 edições. O confronto será na próxima sexta-feira, às 15h15 (de Brasília). Os outros duelos definidos das quartas de final são: Austrália x Canadá e Espanha x China. Turquia aguarda o vencedor de Sérvia x Cuba.

A partida marcou a despedida de Adrianinha da seleção brasileira, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Sydney 2000 e com quatro mundiais no currículo. Emocionadas, as jogadoras choraram e abraçaram a armadora de 35 anos, tida como uma das principais referências no processo de renovação que vem sendo implantado há um ano e meio no time verde e amarelo.

O técnico Zanon se mostrou orgulhoso da seleção, no entanto, reconheceu os pontos fracos do time e apontou os erros de ataque como o principal problema.

- Sem dúvida poderíamos ter ido mais longe. Mas queria agradecer a essas meninas, esse amadurecimento precoce e do outro lado da Europa, com uma diferença de conceito absurda. Do lado técnico, elas podem dar mais. O início inseguro trouxe incerteza, e o contato físico foi tirando elas do jogo. O ataque vem sendo o nosso grande problema. Os chutes de três, lances livres e a bola interna não estão caindo. Precisamos corrigir isso. O jogo de basquete feminino no Brasil tem outra intensidade. Ainda não temos maturidade em jogos internacionais. Se trabalharmos nessa intensidade, essa geração vai crescer muito. Estão de parabéns - disse Zanon.

O jogo

O Brasil entrou nervoso, desperdiçando muitos arremessos. No banco, Zanon demonstrava irritação. Gomis, Ciak e Gruda colocaram a França na frente: 6 a 1. Jogo truncado, e faltas para ambos os lados. Adrianinha armava boas jogadas, Erika brigava pelos rebotes, mas as brasileiras continuavam falhando na pontaria. Clarissa puxou a reação. Após uma bandeja, Tati sofreu falta e deixou tudo igual: 6 a 6. Érika recebeu bom passe no garrafão e fez mais dois, virando: 8 a 6. Um grupo de torcedores franceses apoiava o time na arena quase vazia: “Allez les Bleus! (vamos, Azuis!)”. A disputa era acirrada, com trocas de vantagens. Gruda, que já tinha ficado com três rebotes, acertou uma cesta de dois pontos para deixar as europeias à frente no fim do primeiro quarto: 12 a 10.

As francesas voltaram melhor para o segundo quarto e colocaram seis pontos de vantagem após contra-ataque de Salagnac: 16 a 10. A pontaria do Brasil falhava sucessivamente, o que rendeu um aproveitamento de apenas 11% nas tentativas para dois pontos (2/19). A França, por sua vez, tinha 39% (7/18). Na linha dos três, Adrianinha acertou uma bela cesta e manteve o time no jogo. Dumerc distribuía assistências preciosas, enquanto Ciak se destacava nos rebotes. Com a mão quente, Gruda acertou dois arremessos seguidos e ampliou: 22 a 13.

Melhores em quadra, as francesas elevaram o nível do jogo, com pouquíssimas faltas, ao contrário das brasileiras. Érika cometeu falta em Ciak. Ela converteu os dois lances livres e pressionou ainda mais as rivais. A estrela da WNBA foi substituída por Nádia, sua companheira no Atlanta Dream, que diminuiu com uma bandeja. Em seguida, mais erros nos arremessos. Irritado, Zanon exagerou nas reclamações, e o Brasil levou falta técnica. Skrela não errou os lances livres e ampliou: 26 a 15, indo para o intervalo com uma vantagem de 11 pontos.

Antes do início do segundo tempo, Zanon avisou: "Não temos mais desculpas, temos que jogar". No entanto, a defesa do Brasil não encaixava, e o aproveitamento continuava ruim - nos lances livres e nos arremessos de dois e três pontos. Apesar de encontrar muitos espaços, a França também falhava na pontaria (41% de aproveitamento nas cestas de dois pontos e 33% nas de três), para a sorte das brasileiras. Mesmo não fazendo a sua melhor partida, as europeias iam aumentando a vantagem aos poucos. Após uma bola chorada de Lardy, fizeram 39 a 26. Joice entrou bem e incomodou com uma marcação cerrada. Cata-Chitiga ampliou, mas a resposta de Clarissa foi imediata. Gruda anotou o seu 15º ponto após um passe açucarado de Dumerc, que surpreendentemente ainda não havia anotado. As vice-campeãs olímpicas foram para o último quarto confortáveis no placar: 45 a 30.

Uma outra bronca de Zanon deu uma injeção de ânimo nas brasileiras, que não deixaram as francesas deslancharem no último quarto. Dumerc pontuou pela primeira vez com uma bela cesta de três. Como resposta, Tainá fez duas cestas seguidas e manteve o time vivo na disputa: 54 a 43. O equilíbrio dava o tom da partida. Após converter dois lances livres, Érika acertou uma bandeja, mas Dumerc tratou de jogar um balde de água fria com um arremesso de dois: 58 a 46. As francesas tinham dificuldades de infiltrar, e Tainá acabou cometendo falta em Skrela, que não desperdiçou a chance e acertou os dois lances livres: 61 a 48, a 38 segundos para o estourar do cronômetro. As brasileiras não desistiram e tentaram ainda reagir, mas não deu. Assim, a França selou a vitória e garantiu a viagem para Istambul.

Por Carol FontesDireto de Ancara, Turquia - G1
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