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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/03/2011 | Economia
Brasil deve apoiar aumento do número de empresas
A comitiva do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que desembarca neste sábado (19) no Brasil, vai contar com representantes de cerca de 60 empresas norte-americanas. Todos em busca de oportunidades de negócios nos setores de infraestrutura e energia, segundo informou a Câmara Americana de Comércio (American Chamber of Commerce - Amcham).

Segundo o presidente da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior), Roberto Segatto, é vantajoso para o Brasil aumentar a presença de empresas americanas no país.

- As empresas que se instalassem aqui poderiam trazer equipamentos de alta tecnologia com isenção de imposto, por exemplo. Produzir lá está mais caro que produzir no Brasil.

Para ele, a iniciativa pode servir de exemplo para futuros acordos com outros países.
O vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, também defende estímulos para a entrada de capital estrangeiro.

- Capital não tem pátria, capital estrangeiro é sempre bem vindo. Gera emprego, gera impostos e também gera divisas. Todo investimento no país é interessante.

Em 2010, os Estados Unidos ocuparam a quarta posição no rol do investimento estrangeiro direto no país, segundo dados do Banco Central. Ingressaram no país cerca de US$ 6,2 bilhões (R$ 10,4 bilhões hoje). Aumento de 26,5% sobre o ano anterior, quando entraram menos de US$ 5 bilhões (R$ 8,3 bilhões). Os Estados Unidos ficaram atrás de Luxemburgo, Países Baixos e Suíça. Luxemburgo, um dos menores países da Europa, com menos de meio milhão de habitantes, remeteu ao Brasil US$ 8,6 bilhões (R$ 14,4 bilhões) no mesmo período.

Castro também destacou que os empresários estrangeiros precisam gastar no país.

- O Brasil é muito caro para se investir. Hoje a taxa de câmbio torna isso caro. Além disso, temos taxa de juros elevada e tributo alto - disse.
Para reverter o quadro é preciso despertar o interesse das companhias internacionais.

- O mercado interno atrai muito, se [o investidor estrangeiro] pensar nisso vai esquecer todos esses fatores.

No sentido inverso, os EUA são o segundo país no qual o Brasil investe diretamente, perdendo apenas para Ilhas Cayman - conhecidas como um paraíso fiscal do Caribe, onde algumas fortunas de origem duvidosa buscam o anonimato. Em 2010, o Brasil enviou cerca de US$ 3,7 bilhões (R$ 6,2 bilhões na cotação atual), contra US$ 1,7 bilhão (R$ 2,8 bilhões) remetidos no ano anterior. As Ilhas Cayman ocupam a primeira posição, receberam US$ 11,6 bilhões (R$ 19,4 bilhões) do Brasil.

O Brasil pode fortalecer o investimento estrangeiro com as obras de infraestrutura relacionadas à exploração de petróleo e gás no pré-sal, às obras da segunda fase do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), à Copa de 2014, às Olimpíadas de 2016, além de investimentos na área de biocombustíveis.

O vice-presidente da AEB defende a tese de que a visita de Obama ao Brasil é mais proveitosa para os EUA. “Quem toma a iniciativa de visitar o país tem mais interesse. É importante para eles mostrarem prestígio com o Brasil”, finalizou.

Por R7 - Agência Brasil
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