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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/12/2010 | Educação
Brasil cumpre meta internacional de educação
O Brasil conseguiu atingir a meta que traçou para o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) de 2009. Com uma média de 401, seis pontos a mais do que planejava o MEC (Ministério da Educação) em 2009. Mesmo superando a expectativa, o país ocupa a 53ª posição no ranking mundial, que avaliou 64 países, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (7) pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Apesar da baixa classificação, o ministro da Educação, Fernando Haddad, celebrou o resultado e disse que não se pode “desprezá-lo".

- O Brasil teve a ousadia de fixar metas de qualidade. Quando você cumpre, evidentemente, você não pode desconsiderar. Porque não levar isso em consideração seria até desrespeitoso com milhões de trabalhadores em educação que tornaram esse resultado possível.

Segundo o ministro, o Brasil foi o único país participante a fixar uma meta para o Pisa, que foi de 395 pontos. Para 2021, o objetivo é alcançar 473 pontos, intenção que será formalizada no Plano Nacional de Educação para ser cumprido até 2021, que o governo está elaborando.

- O Brasil, dos países que eu conheço, foi o único que fixou metas. Isso foi muito valorizado pela comunidade internacional, porque é um ato de coragem. Não é fácil você fixar metas sobre uma variável que você não controla. Sobretudo em um país federativo como o Brasil, em que o MEC não nomeia secretários de educação nem diretor de escola.

Ainda que o desempenho do Brasil não seja dos melhores, o país ostenta a terceira posição entre os que mais melhoraram suas médias na avaliação, entre 2000 e 2009. Apenas dois países tiveram melhora mais significativa neste intervalo - Luxemburgo, na Europa (subiu 38 pontos) e Chile, na América Latina (subiu 37 pontos). O Brasil chegou a subir 33 em uma década, mais do que o triplo do México, que cresceu apenas dez pontos nesse período.

Indicador nacional

O ministro comparou o resultado do Pisa com um indicador nacional, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O índice, divulgado em julho deste ano, ficou acima da meta para a rede fundamental (da primeira à oitava série) e para o ensino médio, mas longe do obtido por países desenvolvidos.

Para Haddad, o Pisa é um reflexo da realidade traçada pelo Ideb. Segundo o ministro, seria “estranho” se o Ideb subisse e o índice internacional caísse, ou o contrário.

- Por [serem] duas medidas independentes, duas matrizes diferentes, o que o Pisa está fazendo neste momento é confirmando aquilo que nós dissemos meses atrás: nós estamos cumprindo as metas. Há muita preocupação sobre a fidelidade do Ideb, sobre o controle de aplicação da prova. No Pisa, como ele é amostral, ele acaba servindo de controle externo para a avaliação nacional.

Entenda o Pisa

Com a principal finalidade de produzir indicadores sobre a efetividade da educação dos países, o Pisa é um programa internacional que avalia estudantes de 15 anos, idade de conclusão da escolaridade básica na maioria dos países.

O programa avalia três áreas de conhecimento: leitura, matemática e ciências. Os estudantes mostraram que leem melhor, sabem fazer contas ou resolver problemas de química. Enquanto a média em português e leitura foi de 412 no Brasil, em matemática o país teve 386 pontos, 26 a menos.

O levantamento utiliza a TRI (Teoria de Resposta ao Item), uma tecnologia de questões que garante a comparação entre as provas. É a mesma fórmula usada na prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Ao todo, 470 mil estudantes foram testados - cerca de 20 mil alunos fizeram a avaliação no Brasil. Foram avaliados 64 países pela OCDE, que é formada na maioria por nações desenvolvidas, como Alemanha, Bélgica, Canadá, Austrália, Estados Unidos, Japão e outros.

Por Priscilla Mendes - R7, em Brasília
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