DATA DA PUBLICAÇÃO 04/11/2011 | Esportes
Brasil começa mal na Copa do Mundo
Não foi legal. A seleção brasileira feminina jogou bem abaixo do que poderia e estreou com derrota na Copa do Mundo, no Japão. Perdeu para os Estados Unidos por 3 sets a 1 (25/22, 17/25, 27/25 e 25/19). O problema é que uma derrota pesa muito no sistema de disputa desse torneio: todas as seleções se enfrentam e a dona da melhor campanha fica com o título.
Ou seja, o Brasil não enfrenta mais as americanas. Para piorar, com o tropeço por 3 sets a 1, não marcou nenhum ponto. Está em sétimo lugar na classificação. Neste sábado, ainda bem que jogo é tranquilo: o adversário será o Quênia.
No início do jogo, a primeira surpresa: o técnico Zé Roberto deixou Mari no banco e começou com as ponteiras Paula Pequeno e Fernanda Garay. A opção foi técnica. As centrais foram Thaísa e Fabiana; a levantadora Dani Lins e a oposto Sheilla; e a líbero Fabi. O maior problema do Brasil no primeiro set foi a falta de agressividade no ataque e no saque.
Em um dos pedidos de tempo, Zé Roberto estressou e foi perfeito na bronca quando disse o seguinte: "com esse ataque ridículo, não vamos ganhar de ninguém". A maioria dos ataques do time era com tapinhas e colocadinhas. Para piorar, as americanas ainda sacavam e defendiam muito bem.
O Brasil até conseguiu ganhar o segundo set, quando acertou a defesa e Sheilla e Fernanda Garay tiveram um aproveitamento melhor no ataque. Aliás, as duas foram as maiores pontuadoras do jogo com 18 pontos. O certo é que durante toda a partida a seleção sofreu com o saque adversário. Para piorar, sacou mal, teve dificuldades no bloqueio e as duas centrais, Thaísa e Fabiana, também não jogaram bem. E para completar o mau dia, no terceiro set as jogadoras se desestabilizaram com uma marcação duvidosa da arbitragem.
O time reclamou que a bola de Paula Pequeno teria caído dentro da quadra. O juiz deu fora. Em vez de uma vantagem de 23 a 21 para o Brasil, os Estados Unidos e ncostaram no placar em 23 a 22. A partir daí, as brasileiras se perderam no jogo. O velho e conhecido problema emocional da seleção.
O técnico Zé Roberto bem que tentou. Começou o quarto set com a Mari no lugar da Garay. Depois tirou a Dani Lins e tentou mudar o jogo com a levantadora Fabíola. Terminou o jogo com as duas ponteiras que não começaram jogando nessa parcial: Sassá e Garay. Nada deu certo. O quarto set foi feio: os Estados Unidos chegaram a abrir uma vantagem de 20 a 12. A oposta Destinee Hooker nem treinou com o time.
Chegou ao Japão para o jogo contra o Brasil e foi muito bem. Ela pega a bola lá no céu. É difícil marcar suas jogadas. Hooker fez 17 pontos. Mas a jogadora eleita a melhor da partida foi a central Danielle Scott. Ela entrou no terceiro set no lugar da Heather Bowm. Detalhe: ela tem 39 anos e joga muita bola.
Nos outros resultados da rodada, a única surpresa foi a vitória da Argentina sobre a República Dominicana por 3 sets a 1 (18/25, 25/17, 25/18 e 25/22). A Itália sofreu um pouco com o Japão, mas venceu também por 3 sets a 1 (25/20, 23/25, 25/18 e 25/15. Nos outros jogos, só moleza: China 3 x 0 Argélia (25/13, 25/14 e 25/19), Alemanha 3 x 0 Quênia (25/19, 25/14 e 25/8) e Sérvia 3 x 0 Coreia do Sul (27/25, 25/22 e 25/22).
Cida Santos, 45, colunista da Folha, é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992.
Ou seja, o Brasil não enfrenta mais as americanas. Para piorar, com o tropeço por 3 sets a 1, não marcou nenhum ponto. Está em sétimo lugar na classificação. Neste sábado, ainda bem que jogo é tranquilo: o adversário será o Quênia.
No início do jogo, a primeira surpresa: o técnico Zé Roberto deixou Mari no banco e começou com as ponteiras Paula Pequeno e Fernanda Garay. A opção foi técnica. As centrais foram Thaísa e Fabiana; a levantadora Dani Lins e a oposto Sheilla; e a líbero Fabi. O maior problema do Brasil no primeiro set foi a falta de agressividade no ataque e no saque.
Em um dos pedidos de tempo, Zé Roberto estressou e foi perfeito na bronca quando disse o seguinte: "com esse ataque ridículo, não vamos ganhar de ninguém". A maioria dos ataques do time era com tapinhas e colocadinhas. Para piorar, as americanas ainda sacavam e defendiam muito bem.
O Brasil até conseguiu ganhar o segundo set, quando acertou a defesa e Sheilla e Fernanda Garay tiveram um aproveitamento melhor no ataque. Aliás, as duas foram as maiores pontuadoras do jogo com 18 pontos. O certo é que durante toda a partida a seleção sofreu com o saque adversário. Para piorar, sacou mal, teve dificuldades no bloqueio e as duas centrais, Thaísa e Fabiana, também não jogaram bem. E para completar o mau dia, no terceiro set as jogadoras se desestabilizaram com uma marcação duvidosa da arbitragem.
O time reclamou que a bola de Paula Pequeno teria caído dentro da quadra. O juiz deu fora. Em vez de uma vantagem de 23 a 21 para o Brasil, os Estados Unidos e ncostaram no placar em 23 a 22. A partir daí, as brasileiras se perderam no jogo. O velho e conhecido problema emocional da seleção.
O técnico Zé Roberto bem que tentou. Começou o quarto set com a Mari no lugar da Garay. Depois tirou a Dani Lins e tentou mudar o jogo com a levantadora Fabíola. Terminou o jogo com as duas ponteiras que não começaram jogando nessa parcial: Sassá e Garay. Nada deu certo. O quarto set foi feio: os Estados Unidos chegaram a abrir uma vantagem de 20 a 12. A oposta Destinee Hooker nem treinou com o time.
Chegou ao Japão para o jogo contra o Brasil e foi muito bem. Ela pega a bola lá no céu. É difícil marcar suas jogadas. Hooker fez 17 pontos. Mas a jogadora eleita a melhor da partida foi a central Danielle Scott. Ela entrou no terceiro set no lugar da Heather Bowm. Detalhe: ela tem 39 anos e joga muita bola.
Nos outros resultados da rodada, a única surpresa foi a vitória da Argentina sobre a República Dominicana por 3 sets a 1 (18/25, 25/17, 25/18 e 25/22). A Itália sofreu um pouco com o Japão, mas venceu também por 3 sets a 1 (25/20, 23/25, 25/18 e 25/15. Nos outros jogos, só moleza: China 3 x 0 Argélia (25/13, 25/14 e 25/19), Alemanha 3 x 0 Quênia (25/19, 25/14 e 25/8) e Sérvia 3 x 0 Coreia do Sul (27/25, 25/22 e 25/22).
Cida Santos, 45, colunista da Folha, é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992.
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