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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/01/2009 | Cultura
Brad Pitt nasce velho e morre jovem em ''Benjamin Button''
"A vida seria infinitamente mais feliz se nós pudéssemos nascer com a idade de 80 anos e gradualmente nos aproximássemos dos 18." A partir dessa célebre frase de Mark Twain (1835-1910), o escritor F. Scott Fitzgerald escreveu, nos anos 1920, um conto sobre um homem que nasce velho e morre bebê. Em pleno século 21, a mesma história chega à telona sob o título de "O Curioso Caso de Benjamin Button", que estréia nesta sexta-feira nos cinemas do Grande ABC e de São Paulo.

Dirigida por David Fincher ("Seven" e "Clube da Luta"), essa adaptação do conto de Fitzgerald, e estrelada por Brad Pitt, provavelmente estará entre os filmes com o maior número de indicações ao Oscar deste ano, inclusive nas principais categorias. No Globo de Ouro, seu desempenho só foi prejudicado pela presença de "Slumdog Millionaire", de Danny Boyle, que arrebatou a maior parte dos prêmios. Tanta atenção em torno do longa é justificável.

Pitt dá vida ao protagonista Benjamin Button, um homem que nasceu sob "circunstâncias incomuns", como ele próprio descreve. Enquanto os Estados Unidos comemoram o final da 1ª Guerra Mundial, sua mãe dá à luz um bebê de aparência bem estranha, e morre no parto. Inconformado, seu pai (vivido por Jason Flemyng) o abandona em um asilo de Nova Orleans, onde o menino passa a ser criado pela empregada Queenie (Taraji P. Henson).

Mesmo com poucas horas de vida, Benjamin apresenta problemas de uma pessoa idosa, como catarata e artrite. Todos imaginam que o recém-nascido morrerá logo, mas ele sobrevive e assim vai crescendo, sempre com a aparência de um velho. Imerso em um universo em que todos se parecem com ele, o garoto é visto e tratado como um igual no asilo, apesar de ter todos os trejeitos de uma criança.

Enquanto os anos passam, Benjamin fica mais novo. Seu cabelo cresce, suas rugas desaparecem aos poucos e seu físico se torna mais vigoroso. Em meio a isso, ele conhece figuras como um pigmeu, um capitão de barco com quem viaja o mundo e a mulher de um diplomata que sonha em cruzar o Canal da Mancha a nado (interpretada por Tilda Swinton). Com ela, o protagonista - então com aparência de uns 60 anos - dá o seu primeiro beijo.

Mas o amor da vida de Benjamin é Daisy (Cate Blanchett), uma menina que ele conhece na infância. Enquanto ele fica mais novo, ela envelhece. A diferença física entre os dois é sempre bastante visível, até que, em um determinado ponto, os dois finalmente atingem idades parecidas. Só que não terão o prazer de passar a velhice juntos. Pelo menos não da maneira convencional.

Com fotografia, maquiagem e cenografia impecáveis, "O Curioso Caso de Benjamin Button" lembra em muitos momentos os filmes do francês Jean-Pierre Jeunet ("Eterno Amor" e "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain"), soando mais europeu do que americano. A narrativa também se assemelha a "Forrest Gump" (1994), o que é compreensível considerando que o roteirista de ambos os filmes - Eric Roth - é o mesmo.

A produção só peca pela longa duração, que torna a história um pouco maçante em algumas partes. Mas nada que prejudique o conjunto da obra, que representa um sopro de criatividade em Hollywood.

Por Carla Navarrete - Diário Online / Foto: Divulgação
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