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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/12/2016 | Cultura
Black Sabbath: Mesmo sob chuva intensa, banda entusiasma fãs no adeus ao Brasil
Grupo inglês promete encerrar a carreira após a turnê 'The end'. Apresentação neste domingo teve 1h40 e repetiu roteiro dos outros shows no país.

A chuva veio na noite do domingo (4) em São Paulo como previsto. Apertou, encharcou a plateia e não deu trégua até o final, mas não conseguiu estragar o que promete ser o último show da carreira do Black Sabbath para os fãs brasileiros. O aguaceiro não diminuiu o entusiasmo do público nem a força da performance do grupo que deu forma ao heavy metal quase 50 anos atrás.

Em uma apresentação de 1h40, iniciada com apenas 5 minutos de atraso, a banda inglesa cumpriu à risca o script das performances da perna latino-americana da turnê “The End”, de 13 músicas, quase todas dos três primeiros álbuns e sempre na mesma sequência.

A previsibilidade ajuda a impedir grandes erros dos quase septuagenários, mas priva os fãs de grandes surpresas e da esperança de canções de alguns álbuns favoritos, como “Sabotage” (1975).

O vocalista Ozzy Osbourne comanda o show com seus habituais “I love you all” e “I can’t hear you”, mas poucos momentos parecem fugir realmente do plano. Em um deles, o cantor se juntou ao coro do público que pedia a uma fã sem camiseta que se virasse. “Vira! Vira!”, gritou Ozzy, em bom português.

Não que alguém tenha saído do estádio do Morumbi reclamando. Os três integrantes do quarteto original mantêm um entrosamento que torna difícil acreditar nos anos separados.

Ozzy talvez não consiga atingir as notas mais altas de antigamente, mas é responsável pelo contato direto com o público. Levanta a camisa, mostra a bunda e segura a energia dos fãs mesmo sob o castigo da chuva.

O guitarrista Tony Iommi assina os acordes que dão o peso do som da banda. Cada solo inacreditável parece uma prova de que a luta contra o câncer, que deixou fãs apreensivos nos últimos quatro anos, realmente foi vencida.

E o baixista Geezer Butler pode ser o mais discreto da banda, mas sua contribuição vai além da performance irretocável no palco. Principal letrista do grupo até a saída de Ozzy, em 1979, sua influência é sentida em todas as canções clássicas do show.

Seria perfeito para os fãs, em uma turnê que promete encerrar a carreira do Sabbath, ver Bill Ward na bateria. Divergências sobre cachês e questões de saúde (as versões variam conforme o lado) impediram a despedida com a formação clássica.

Mas a entrada de Tommy Clufetos, da banda da carreira solo de Ozzy, no lugar de Ward teve suas vantagens. Como a bateria depende de vigor físico, um músico com 30 anos a menos fez diferença e os clássicos do Sabbath tiveram o peso que merecem.

Até o longo solo de Clufetos empolgou a plateia. Com mais de seis minutos de duração, que serviram de ligação entre a instrumental “Rat salad” e a introdução da clássica “Iron man”, o baterista conseguiu segurar a atenção do público sozinho no palco, o suficiente para um breve descanso do trio clássico e seu retorno.

O show deste domingo em São Paulo marca o início da contagem das dez apresentações finais do Sabbath. A última performance, apropriadamente, está marcada para Birmingham, na Inglaterra, cidade-natal do grupo. Ozzy, Iommi e Geezer, pelo visto no Brasil, estão fechando de forma digna a história de uma das bandas mais importantes do rock.

Por Cesar Soto e Shin Oliva Suzuki - G1, São Paulo
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