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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/09/2014 | Setecidades
Bicicletas têm 40 quilômetros livres para tráfego no ABCD
Bicicletas têm 40 quilômetros livres para tráfego no ABCD André Moretti participa dos passeios noturnos de bicicleta que são realizados todas as segundas-feiras em Santo André. Foto: Rodrigo Pinto
André Moretti participa dos passeios noturnos de bicicleta que são realizados todas as segundas-feiras em Santo André. Foto: Rodrigo Pinto
Espaços funcionam para lazer ou esporte; ciclistas lutam pela ampliação da cultura da bike

O uso de ciclofaixas no ABCD ainda é prioritariamente esportivo ou de lazer. Em seis cidades, 38,5 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas foram criados em meio às vias asfaltadas para oferecer exclusividade para as bikes. Entretanto, movimentos populares querem forçar a mudança na cultura e fazer com que as bicicletas se transformem em meio de transporte alternativo.

No último domingo (21/09), por exemplo, a Prefeitura de Santo André fechou as principais vias do Centro para um passeio de várias rodas. Ciclistas, skatistas, cadeirantes e outros adeptos de transporte não motorizado formaram um grupo para tomar parte do trânsito e mostrar aos motoristas que é possível dividir o asfalto. Assim como acontece na cidade, grupos noturnos já usam as ruas para o ciclismo em São Caetano, São Bernardo e Mauá.

O comerciante andreense André Moretti, 47 anos, é um dos frequentadores assíduos do passeio noturno que, na cidade, acontece às segundas-feiras. “O importante é tentar expandir essa iniciativa e mostrar que ainda é necessário educar os dois lados, o ciclista e o motorista”, argumentou.

O praticante usa a bike como forma de exercício e lazer. Costuma pedalar mais de 200 quilômetros por semana. Possui um modelo bem equipado, porém, explica que não dá, ainda, para trocar o motor a combustão pela catraca e corrente. “O espaço para andar de bicicleta é pequeno aqui na Região. Os motoristas não costumam respeitar porque não entendem que dá para todos usarem a via”, falou Moretti.

Onda bike - Na Capital, a administração de Fernando Haddad (PT) ampliou as ciclofaixas e os horários de tráfego. As críticas vieram de quem não usa a bike. Para Moretti, o ABCD está começando a engrenar na mudança. “Quando a bicicleta estiver efetivamente nas ruas, não vai ter como tirar. Basta que todos tenham consciência, pois a bicicleta é um meio totalmente sustentável, barato e alternativo para o transporte público”, salientou.

O diretor de Lazer de Santo André, Fábio Guerra, um dos organizadores dos passeios noturnos e do Movimento Sobre Rodas (que aconteceu no domingo) concorda com Moretti. “Aqui na cidade a gente está investindo cada vez mais nessa iniciativa. Esses eventos atraem muitas pessoas que curtem o passeio e também usam a bike como transporte no dia a dia”, argumentou.

O Movimento Sobre Rodas acontece duas vezes ao ano. Cerca de 1.500 pessoas participaram da ação e, de acordo com Guerra, os passeios noturnos são puxados por mais de 500 pares de pedais.

Andar de bike também exige equipamentos de segurança

Capacete, tornozeleira, cotoveleira, roupas leves, protetor solar, porta garrafa d’água, bomba de ar, câmara de ar extra, chave de boca e por aí vai. Não é muito. Antes de subir numa bike, a recomendação de quem já pedala é manter todos os equipamentos de proteção em dia. O mecânico de bicicleta Rafael Antônio Silva, 31 anos, é especialista e entusiasta no assunto. Tanto que há duas semanas se ofereceu para montar uma oficina itinerante para manutenções gratuitas nas bicicletas dos participantes do passeio noturno em Santo André.

Silva alerta que muitas pessoas costumam pedalar modelos precários, que podem causar acidentes. “Além disso, é necessário usar proteção individual. Não é só subir na bicicletas e sair por aí”, acrescentou. Ele costuma perfazer 500 quilômetros semanais sobre duas rodas. “Com o equipamento correto, a bike como transporte ou passeio é uma alternativa muito melhor que ônibus e carro”, exemplificou.

Veja onde estão os espaços exclusivos para bicicletas na Região

Santo André -
Os andreeenses contam com mais de 4,5 quilômetros de ciclofaixa, onde é permitido rodar a qualquer período do dia. Os endereços são avenidas Prestes Maia, Atlântica, Lauro Gomes (entre Prestes Maia e rua Fernando Magalhães), Marginal Cassaquera (entre as avenidas dos Estados e Giovanni Batista Pirelli), av. Waldemar Mattei (entre rua Gamboa e av. Pereira Barreto), av. Lauro Gomes (a partir da Pereira Barreto até rua Urupema), estrada do Pedroso (próximo à entrada do parque).

São Bernardo - No total, São Bernardo conta com 3,2 quilômetros de ciclovias, em três avenidas: Pery Ronchetti (região central), João Firmino (Bairro Assunção) e Nelson Mandela (Vila São Pedro). Atualmente, na av. Kennedy está sendo construído 1,5 km de ciclovia, que atingirá toda a extensão da via, da praça Ibraim de Almeida Nobre até a av. Senador Vergueiro. A cidade também conta com uma ciclofaixa permanente, de dois quilômetros, na av. Presidente João Café Filho (Bairro dos Casa), que funciona como opção de transporte aos ciclistas.

São Caetano - São dois quilômetros de ciclofaixa, na av. Tijucussu, e três quilômetros de ciclovia, na av. Presidente Kennedy. A ciclofaixa funciona aos domingos, das 7h às 16h. A ciclovia é permanente.

Diadema - Ciclofaixa do Campanário tem cinco quilômetros, entre ida e volta. Vai do Bairro Taboão (av. Almiro Senna Ramos e Luís Carlos Prestes) ao Campanário (av. Paranapanema/praça Kaleman), região Norte da cidade. Já a ciclofaixa da av. Ulysses Guimarães tem oito quilômetros, iniciando e terminando em frente ao Grêmio Esportivo 7 de Setembro (Ulysses Guimarães, 463), região Leste.

Mauá - No município é possível pedalar em 11 quilômetros de ciclovias, abertas para a circulação sem restrição de horário. Estão localizadas nos seguintes pontos: av. Papa João 23, rua Santa Helena, av. Washington Luiz, rua Francisco Jardim com rua Manacá.

Ribeirão Pires - A ciclofaixa possui 2,3 quilômetros (da escola Sesi até o Circuito Amarelo de Caminhada, próximo ao Complexo Ayrton Senna) e está localizada na av. Prefeito Valdírio Prisco. A ciclofaixa possui sinalização própria com pintura e demarcação com cones, separando o espaço dos ciclistas e o dos carros, evitando acidentes e promovendo segurança para pedalar.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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