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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/08/2010 | Setecidades
Bebê perde movimentos após operação
Quando Carlos Eduardo de Sá Silva nasceu, em 31 de março de 2010, mexia os pés e as mãozinhas e choramingava. Os médicos do Hospital Nardini, em Mauá, disseram que ele tinha um problema no esôfago que precisava ser resolvido com cirurgia. No mesmo dia, foi transferido para o Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. Especialistas tranquilizaram a mãe, Maria Aparecida Cardoso de Sá: era uma intervenção fácil, apesar da pouca idade da criança.

Em 12 de abril, Carlos Eduardo foi para a mesa de cirurgia. Ao sair de lá, a mãe questionou os médicos sobre o estado de saúde do filho. Carlos Eduardo teria de fazer uma nova cirurgia, que deveria durar meia hora.

Foram mais de quatro horas de aflição. Carlos Eduardo saiu da operação sem os movimentos e com uma sonda na barriga pela qual é amamentado até hoje. De lá para cá foram quatro longos meses em que mãe e bebê estiveram no Mário Covas e também no Centro de Saúde da Mulher, em Mauá.

Gastroenterologista, neurologista, fisioterapeuta, ortopedista, ninguém sabe o que houve. A família crê em erro médico.

- Quando levei meu filho pela primeira vez ao Centro de Saúde em Mauá me informaram que os exames dele haviam sido trocados. O raio-X que eu tinha era de uma criança com câncer no intestino.

No Mário Covas, disseram à mãe que “isso acontece, é normal”. A troca de raio-X fez com que Maria Aparecida perdesse mais tempo para tentar obter os exames do filho.

Bomba-relógio - A mãe também buscou um convênio médico. Não querem aceitar seu bebê.
- Dizem que ele é uma bomba-relógio.

Maria Aparecida depende do emprego de auxiliar de lavanderia, para o qual deve voltar em pouco tempo.

- Não sei com quem deixar meu filho. Dá trabalho alimentá-lo pela sonda, nenhuma creche vai ficar com ele.

Maria Aparecida vive um dia de cada vez. Ela só quer saber o que seu filho tem. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, responsável pelo hospital, o paciente nasceu prematuro, com anomalia congênita grave e complexa no esôfago, e foi submetido a duas cirurgias delicadas, embora a mãe diga o contrário. Durante a internação, Carlos Eduardo teve uma infecção grave e apresentou um quadro neurológico de paralisia dos membros superiores e inferiores, conhecido como doença mielínica. A causa ainda está em investigação.

Por Camila Galvez - ABCD Maior
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