DATA DA PUBLICAÇÃO 15/07/2015 | Cidade
Bebê de Mauá com problema cardíaco luta para sobreviver
Foto: Nario Barbosa/DGABC
A bebê Sophya Vitorino Barros, de Mauá, tem apenas cinco meses e uma vida inteira pela frente. É por isso que a pequena, portadora de cardiopatia congênita, vem lutando dia após dia para sobreviver. A criança precisa de cuidados especiais e a família tem buscado na Justiça apoio para isso.
A cardiopatia congênita se caracteriza pela anormalidade da estrutura ou função do coração que está presente no nascimento, mesmo que descoberta muito mais tarde, como é o caso de Sophya. Nela, o problema foi diagnosticado em maio, após dar entrada no Hospital Dr. Radamés Nardini com quadro de bronquite e pneumonia. Ela ficou internada por oito dias na emergência pediátrica, em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) improvisada, conta o pai Elissandro Pereira Barros, 28 anos.
Na ocasião, médico que fez o atendimento, disse à família: “Ninguém tem a menor intenção de resolver o problema da sua filha. A criança de vocês é cara. Só a vacina que a criança cardiopata tem que tomar custa de R$ 3.000 a R$ 4.000 uma dose. Alguém quer que a criança da senhora continue bem, viva para pagar R$ 3.000 em uma vacina?”, falou o profissional para a mãe de Sophya. O pai gravou a declaração, a qual o Diário teve acesso, com o celular. “Primeiro fiquei indignado, mas hoje, depois de tudo que já passei, penso: se ele não tivesse me falado tudo aquilo, será que eu correria atrás do jeito que estou correndo? Foi um gás que ele me deu”, falou Barros, que vive com a mulher e mais cinco filhos em barraco de dois cômodos em ocupação no bairro Chácara Maria Aparecida.
O Hospital Nardini não possui UTI pediátrica. Desesperada, a família fez um apelo na rede social e conseguiu um advogado que interveio judicialmente para que a bebê fosse transferida a um local que pudesse atender às suas necessidades.
Liminar foi concedida e ela foi encaminhada ao Hospital Cidade Tiradentes, na Capital. A unidade, porém, não tem cardiologista. Os pais agora pedem que ela seja transferida para outro hospital e o processo judicial determina multa de R$ 20 mil diária à Prefeitura de Mauá e ao Estado em caso de descumprimento, assim como o bloqueio das contas de ambas. No entanto, como a transferência não será possível agora, devido a complicações do quadro de Sophya (saiba mais ao lado), a Justiça suspendeu, por ora a possibilidade de autuação. “Não sei se vou conseguir salvá-la,Ver o quando ela está sofrendo é muito doloroso”, lamenta o pai.
Transferência está prejudicada pelo agravo de quadro clínico da menina
A Prefeitura de Mauá informou que durante a internação no Hospital Nardini, a bebê foi assistida em leito avançado de emergência com suporte de médicos 24 horas. O Executivo destacou que é obrigação do município, quando este não possui recursos necessários ao paciente, solicitar vaga à Secretaria de Estado da Saúde, gestora das principais referências de alta complexidade. Já sobre a conduta do médico, foi aberto procedimento administrativo interno para apurar se o profissional faz parte do quadro clínico da unidade.
A Pasta estadual disse que o Hospital Municipal de Cidade Tiradentes, onde a criança está internada, solicitou transferência à Cross (Central de Regulação de Vagas e Ofertas de Serviços de Saúde) apenas no dia 3. No entanto, a disponibilidade de vagas não é suficiente devido ao quadro atual da criança. “É necessário que a paciente apresente condições clínicas de ser transferida e esteja livre de infecções. Tão logo isso ocorra, será transferida para uma unidade de referência”, explicou a secretaria.
A cardiopatia congênita se caracteriza pela anormalidade da estrutura ou função do coração que está presente no nascimento, mesmo que descoberta muito mais tarde, como é o caso de Sophya. Nela, o problema foi diagnosticado em maio, após dar entrada no Hospital Dr. Radamés Nardini com quadro de bronquite e pneumonia. Ela ficou internada por oito dias na emergência pediátrica, em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) improvisada, conta o pai Elissandro Pereira Barros, 28 anos.
Na ocasião, médico que fez o atendimento, disse à família: “Ninguém tem a menor intenção de resolver o problema da sua filha. A criança de vocês é cara. Só a vacina que a criança cardiopata tem que tomar custa de R$ 3.000 a R$ 4.000 uma dose. Alguém quer que a criança da senhora continue bem, viva para pagar R$ 3.000 em uma vacina?”, falou o profissional para a mãe de Sophya. O pai gravou a declaração, a qual o Diário teve acesso, com o celular. “Primeiro fiquei indignado, mas hoje, depois de tudo que já passei, penso: se ele não tivesse me falado tudo aquilo, será que eu correria atrás do jeito que estou correndo? Foi um gás que ele me deu”, falou Barros, que vive com a mulher e mais cinco filhos em barraco de dois cômodos em ocupação no bairro Chácara Maria Aparecida.
O Hospital Nardini não possui UTI pediátrica. Desesperada, a família fez um apelo na rede social e conseguiu um advogado que interveio judicialmente para que a bebê fosse transferida a um local que pudesse atender às suas necessidades.
Liminar foi concedida e ela foi encaminhada ao Hospital Cidade Tiradentes, na Capital. A unidade, porém, não tem cardiologista. Os pais agora pedem que ela seja transferida para outro hospital e o processo judicial determina multa de R$ 20 mil diária à Prefeitura de Mauá e ao Estado em caso de descumprimento, assim como o bloqueio das contas de ambas. No entanto, como a transferência não será possível agora, devido a complicações do quadro de Sophya (saiba mais ao lado), a Justiça suspendeu, por ora a possibilidade de autuação. “Não sei se vou conseguir salvá-la,Ver o quando ela está sofrendo é muito doloroso”, lamenta o pai.
Transferência está prejudicada pelo agravo de quadro clínico da menina
A Prefeitura de Mauá informou que durante a internação no Hospital Nardini, a bebê foi assistida em leito avançado de emergência com suporte de médicos 24 horas. O Executivo destacou que é obrigação do município, quando este não possui recursos necessários ao paciente, solicitar vaga à Secretaria de Estado da Saúde, gestora das principais referências de alta complexidade. Já sobre a conduta do médico, foi aberto procedimento administrativo interno para apurar se o profissional faz parte do quadro clínico da unidade.
A Pasta estadual disse que o Hospital Municipal de Cidade Tiradentes, onde a criança está internada, solicitou transferência à Cross (Central de Regulação de Vagas e Ofertas de Serviços de Saúde) apenas no dia 3. No entanto, a disponibilidade de vagas não é suficiente devido ao quadro atual da criança. “É necessário que a paciente apresente condições clínicas de ser transferida e esteja livre de infecções. Tão logo isso ocorra, será transferida para uma unidade de referência”, explicou a secretaria.
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