DATA DA PUBLICAÇÃO 14/12/2011 | Cidade
Batoré dá tapa na mesa e ameaça sair do governo de Mauá
Batoré ameaça romper com o governo Oswaldo Dias. Foto: Arquivo
A última sessão legislativa do ano em Mauá foi marcada por um clima tenso entre opositores e governistas, que se desentenderam por causa de um pacote de cinco projetos encaminhados à Casa “em cima da hora” pelo governo Oswaldo Dias (PT). O ponto alto da discussão foi protagonizado pelo vereador Ivanildo Gomes Nogueira, o Batoré (PP), ao ser interpelado pelo secretário de Governo, José Luiz Cassimiro (PT).
Batoré, que integra a bancada de sustentação, tem elevado o tom contra o governo nas últimas sessões, e nesta terça-feira (13/12) chegou a cogitar a hipótese de não votar nos projetos encaminhados pelo Executivo. Outros parlamentares da base, como o professor Betinho (PSDC), também demonstravam-se contrários ao pacote de projetos. Cassimiro, o principal interlocutor do governo na Câmara, foi ao plenário para tentar aplacar os ânimos dos governistas e opositores, e assim, assegurar o trâmite das matérias.
Após conversar pessoalmente com alguns vereadores, Cassimiro e o parlamentar do PP se desentenderam. Batoré foi em direção ao secretário de Governo, que estava conversando com os vereadores na Mesa Diretora, e deu um tapa com bastante pressão na bancada. O barulho chegou a assustar os seus pares. Cassimiro saiu do plenário sem se dirigir ao desafeto, e a sessão foi retomada. Batoré usou a tribuna para se desculpar com os colegas, e aproveitou para desferir duras críticas e ameaças ao governo. “Em algumas situações eu prefiro agir como homem e não como político. Se tiver de sair da situação e ir para a oposição e vou sem problema. Eu pulo do barco na hora que for preciso”, afirmou.
Procurado pela reportagem, Cassimiro não retornou as ligações.
Esse racha evidenciou uma fissura na relação do PP com o governo. O partido detém a secretaria de Administração, que foi coordenada, até agosto por Antonio Carlos de Lima, presidente municipal do PP. Lima disse que deixou a Pasta por questões pessoais, mas chegou a cobrar mais abertura do governo. Batoré conclamou seus pares a buscarem mais autonomia na Casa. “Aqui quem manda somos nós. O tapa que eu dei deveria ser na mesa dele (Cassimiro)”, exclamou. O presidente da Casa, vereador Rogério Santana (PT) contemporizou. “Nós somos seres humanos e às vezes podemos cometer alguns excessos. Mas, nós conhecemos o caráter do Batoré”, disse, descartando qualquer ação de quebra de decoro contra o pepista.
Projetos - Na pauta, os projetos apresentados pelo governo nesta terça alteram dispositivos no estatuto do magistério, muda nomenclaturas em cargos efetivos, mexe no estatuto do meio ambiente e prevê cessão de área para o sindicato dos petroleiros. Na sessão, os vereadores aprovaram mudanças nas regras que regem as eleições do Conselho Tutelar, suspensas pela Justiça por causa de irregularidades na habilitação de conselheiros que buscam a reeleição. Com a proposta, a Prefeitura espera corrigir as deficiêndcias para retomar o pleito ainda neste ano, já que o mandato do atual conselho se expira em 06 de janeiro.
Batoré, que integra a bancada de sustentação, tem elevado o tom contra o governo nas últimas sessões, e nesta terça-feira (13/12) chegou a cogitar a hipótese de não votar nos projetos encaminhados pelo Executivo. Outros parlamentares da base, como o professor Betinho (PSDC), também demonstravam-se contrários ao pacote de projetos. Cassimiro, o principal interlocutor do governo na Câmara, foi ao plenário para tentar aplacar os ânimos dos governistas e opositores, e assim, assegurar o trâmite das matérias.
Após conversar pessoalmente com alguns vereadores, Cassimiro e o parlamentar do PP se desentenderam. Batoré foi em direção ao secretário de Governo, que estava conversando com os vereadores na Mesa Diretora, e deu um tapa com bastante pressão na bancada. O barulho chegou a assustar os seus pares. Cassimiro saiu do plenário sem se dirigir ao desafeto, e a sessão foi retomada. Batoré usou a tribuna para se desculpar com os colegas, e aproveitou para desferir duras críticas e ameaças ao governo. “Em algumas situações eu prefiro agir como homem e não como político. Se tiver de sair da situação e ir para a oposição e vou sem problema. Eu pulo do barco na hora que for preciso”, afirmou.
Procurado pela reportagem, Cassimiro não retornou as ligações.
Esse racha evidenciou uma fissura na relação do PP com o governo. O partido detém a secretaria de Administração, que foi coordenada, até agosto por Antonio Carlos de Lima, presidente municipal do PP. Lima disse que deixou a Pasta por questões pessoais, mas chegou a cobrar mais abertura do governo. Batoré conclamou seus pares a buscarem mais autonomia na Casa. “Aqui quem manda somos nós. O tapa que eu dei deveria ser na mesa dele (Cassimiro)”, exclamou. O presidente da Casa, vereador Rogério Santana (PT) contemporizou. “Nós somos seres humanos e às vezes podemos cometer alguns excessos. Mas, nós conhecemos o caráter do Batoré”, disse, descartando qualquer ação de quebra de decoro contra o pepista.
Projetos - Na pauta, os projetos apresentados pelo governo nesta terça alteram dispositivos no estatuto do magistério, muda nomenclaturas em cargos efetivos, mexe no estatuto do meio ambiente e prevê cessão de área para o sindicato dos petroleiros. Na sessão, os vereadores aprovaram mudanças nas regras que regem as eleições do Conselho Tutelar, suspensas pela Justiça por causa de irregularidades na habilitação de conselheiros que buscam a reeleição. Com a proposta, a Prefeitura espera corrigir as deficiêndcias para retomar o pleito ainda neste ano, já que o mandato do atual conselho se expira em 06 de janeiro.
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