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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/12/2015 | Cidade
Banda Lyra pede socorro
 Banda Lyra pede socorro Foto: Celso Luiz/DGABC
Foto: Celso Luiz/DGABC
Mais antiga do que o município cede, a Corporação Musical Lyra de Mauá, chamada carinhosamente de Banda Lyra, parece estar vivendo um déjà vu. É que ela – que nasceu cinco anos após a Grande Depressão de 1929, grave crise econômica mundial que perdurou pela década seguinte – foi forma que os imigrantes europeus encontraram de relembrar o que deixaram para trás e refazer a vida aqui no Brasil. Passadas oito décadas, novamente há um colapso econômico – agora no País – que atinge também as finanças da banda. Sem subvenção da Prefeitura há três anos, o grupo musical pede socorro.

Referência na música em âmbito nacional – com diversos prêmios no currículo, inclusive neste ano – a banda é Patrimônio Cultural do Município. “Mas a cada ano a nossa subvenção cai e a última, há três anos, foi de R$ 20 mil”, reclama a presidente, Ana Maria de Freitas Silva.

Até o ano passado havia um trabalho nas escolas municipais de inicialização musical. “Tínhamos nove pessoas no projeto, mas tivemos de dispensar todas no início deste ano porque não temos como pagar”, conta o maestro coordenador Carlos Binder. Por conta da falta de ajuda do poder público hoje dão aulas apenas Binder e Ana, voluntariamente.

O ideal, segundo eles, era uma subvenção de R$ 150 mil, que custearia as aulas musicais nas escolas e as demais melhorias na entidade. “Assim poderíamos ter mais três pessoas trabalhando com a gente no projeto das escolas e custear no transporte para os alunos que veem até aqui. Muita gente não aparece porque não tem condições financeiras”, diz Carlos. A escola, que chegou a ter 250 alunos, hoje atende 150. Eles se viram com os custos fixos mensais (água, luz, telefone, internet). que chegam a R$ 1.500. com a ajuda de parceiros e cachês de apresentações.

Além de ensinar a ter disciplina e os preceitos da música, a banda é muito importante como bem cultural do município e para formação de importantes músicos. Foi determinante, por exemplo, para o trompetista Flavio Gabriel, 35 anos, que chegou até a Osesp (Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo) e hoje dá aula de música na Universidade Federal de Uberlândia. “O trabalho da banda foi muito importante para mim. Virar músico foi consequência, mas o que eles ensinam, inclusive a ter disciplina, qualquer um pode usar pelo resto da vida”, diz o músico. Ele lembra que uma vez chegou cinco minutos atrasado para um ensaio e Binder o fez esperar uma hora para tocar. ‘Ele estava certíssimo. Quando estava na Osesp, se chegasse cinco minutos atrasado, seria demitido.”

E esse reconhecimento, aliado à história que a banda tem na cidade, é o que os faz seguir em frente mesmo com a crise. “Estamos dispostos a lutar aqui até o último minuto. Corre o risco de fechar? Corre. Mas não vamos deixar isso acontecer”, promete Ana. Quem quiser ajudar o telefone da banda é 3410-4428.

A Secretaria Municipal de Educação disse, por nota, que o convênio com a banda não pode ser renovado porque ultrapassaria a verba de 25% destinada à educação municipal referente ao ano de 2016, o que iria comprometer outros projetos e parcerias que não podem ser interrompidos e afetaria os mais de 18 mil estudantes atendidos pela rede municipal de ensino.

Por Miriam Gimenes - Diári Online
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