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DATA DA PUBLICAÇÃO 04/10/2009 | Cidade
Banda de Mauá enfrenta falta de verba
Que lugar de banda é na rua todo mundo sabe, mas ficar ao relento o tempo todo não é bom. A Corporação Musical Lyra de Mauá, fundada em 1934 e com 12 títulos nacionais conquistados, realiza trabalho social importante junto a jovens de várias idades na cidade. Mas, para continuar este trabalho, precisa de recursos e de readequação da sede. Com os vizinhos, a barulheira já está resolvida.

Na Banda Lyra as aulas são gratuitas para os jovens. Hoje, os ensaios da Corporação Musical acontecem na Praça da Bíblia, em Mauá. Além da necessidade de cancelamentos em razão de garoa, chuva, sol forte e outras intempéries, a banda também enfrenta outros problemas.

"Disputamos o local com usuários de drogas que frequentam usualmente a praça", afirma o presidente e maestro da Banda, Carlos Binder. Mas ele mostra alegria com a resposta do público que assiste a Lyra. "A população sempre manifesta seu carinho com aplausos e comentários positivos com o trabalho realizado", diz o maestro.

Atualmente esta situação de apoio está resolvida, mas nem sempre foi assim. Em 2008, por exemplo, vizinhos chegaram a instaurar processo, alegando muito barulho. O processo foi posteriormente arquivado, com a Justiça reconhecendo o trabalho cultural, social e educacional da entidade. Para resolver o problema com os decibéis que passam do limite estabelecido, seria necessária a implantação de isolamento acústico na sede da corporação musical. A Corporação já contatou empresas especializadas para efetuarem o orçamento, que será enviado para análise da Secretaria Estadual de Cultura.

Balé, jazz, ginástica... - Mas esses não são os únicos problemas para a manutenção da banda, que tem hoje 300 alunos em seus diversos departamentos e atividades: Banda Marcial Sênior, Banda Marcial Juvenil, Banda de Percussão, cursos de balé, jazz, ginástica e expressão corporal. Também há dificuldades para as despesas básicas, segundo Binder, como material de limpeza e higiene, material de escritório e outros. "Sem contar a manutenção, água, luz, telefone, manutenção predial e principalmente manutenção dos instrumentos."

O presidente da Lyra de Mauá também fala da descontinuidade do Projeto Musicalizando, que era feito em conjunto com dez escolas do município. Segundo Binder, as aulas foram paralisadas em novembro passado por falta de verba e a Prefeitura de Mauá não entregou a subvenção anual de R$ 150 mil.

A Banda Lyra, na tentativa de manter o projeto, fez proposta de diminuição dos núcleos, de dez para cinco, e passaria a atender só crianças na faixa de cinco a sete anos. A proposta está sendo analisada pela Secretaria de Educação.

As três maiores reivindicações da corporação nesse momento são o pagamento da subvenção, doação da área para a construção de nova sede e continuidade do Projeto Musicalizando nas escolas. Binder afirma que tudo isso está sendo discutido com a Prefeitura de Mauá.

Apesar dos prêmios no currículo da Banda Lyra de Mauá, o Maestro Binder reclama da falta de reconhecimento. "Em minha opinião, falta sensibilidade. Os prêmios não são mais importantes que o trabalho de resgate social que norteia a entidade e que verdadeiramente deveria ter peso. Responsabilidade social, efetivamente", afirma. SC900,115

Serviço: O endereço da banda é Rua Princesa Isabel,247 - Mauá SP - Telefone: 4543-1533

Música abre oportunidades para jovens
Todos os que passam pela Lyra têm histórias para contar de como a música e as aulas na instituição mudaram sua vida. É o caso do ex-aluno e agora primeiro tesoureiro da Corporação Musical, Josisley de Souza. "Pude conhecer muitas cidades do Brasil e até fora do País; lições de companheirismo, comunidade e pluralidade social foram únicas para minha formação", diz Souza. "O que mudou na minha vida? Simplesmente tudo."

Muitos jovens enxergam a música como futuro para realização de trabalhos com a arte. Kelly dos Santos Expedito, 14 anos, entrou há um ano na instituição a partir do Projeto Musicalizando nas Escolas, e explica o que a Lyra trouxe para sua vida. "Eu gosto de estar na banda, penso muito no futuro a partir de música, acho que aqui é um bom começo."

Alguns jovens se candidatam a voluntários para dar aulas para os alunos da Corporação. Felipe Sangali Gonçalves, de 25 anos, é professor há quatro anos da Lyra de Mauá e mostra seu interesse em ensinar e aprender. "A Banda me dá perspectiva de trabalho no meio musical, me ajuda na formação dos alunos e no aprimoramento do meu conhecimento."

* Aluna do terceiro ano de Jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, sob orientação da profa. dra. Mônica Pegurer Caprino.

O conteúdo editorial desta página é de inteira responsabilidade da Universidade de São Caetano do Sul, com supervisão editorial dos jornalistas Eduardo Borga e Nelson Tucci, da Comunicação da USCS

Por Gabriela Sinelli Martins* - Diário Online
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